Capítulo 18

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"Foi numa noite sombria,que olhei pro céu, percebi a decepção, abri meus olhos e Fechei meu coração. - Frases de um psicopata anônimo"

Novamente sozinha,fui em direção à escola. Caminhando lentamente,sem vontade nenhuma de ir à tal lugar. Cruzo os portões e vejo uma multidão de alunos.

Tento me esconder,mas logo eles me acham. Brandon,o líder do time de futebol americano da escola,pega minha mochila e entrega para seus amigos.

Ele puxa meu cabelo e me arrasta até o banheiro masculino. Nathan, seu braço direito,tranca a porta e sou jogada brutalmente no chão. Então Chris se pronuncia.

"O que uma garota bonitinha faz perdida em um corredor cheio de alunos?"

Admito,estava com medo do que poderiam fazer. Pedi para sair,mas negaram. Fechei os olhos,pedindo que tudo fosse mais um sonho ruim. Mas não era. Brandon mandou Ben,seu braço esquerdo,me levantar.

Ele me levantou e senti lágrimas escorrerem por minhas bochechas. Não havia barulho algum lá fora,parece que todos os alunos foram para a aula. Brandon começou a falar.

"Eu adoraria tocar nesse seu corpinho virgem. Você sabe,ninguém nunca vai querer você. Uma menina isolada e inútil. O que faremos com você agora, nunca mais acontecerá na sua vida."

Cuspo em seu rosto,foi uma ato merecido. Ele olha pra mim com raiva e logo seus amigos entendem. Nathan e Ben me seguram,e ali começa o que eu mais temia.

Brandon distribui socos em meu rosto,barriga e intimidades. Com a boca sangrando,peço a ele que pare. Mas ele apenas ignora. Grito por socorro e me ameaçam. Chris retira sua blusa do time,completamente suada,e a coloca em minha boca.

Ameaço vomitar,mas era apenas uma enganação. Nathan me joga no chão e ali começa o outro tipo de violentação. As lágrimas não acabam,muito menos o sangue.

Ao terminarem,jogam água sanitária em meu rosto. Riem da minha aparência e tacam fogo,saindo em seguida. Me levanto,rapidamente,e corro para a torneira. Enfiando meu rosto por debaixo da água.

Meus gritos foram ouvidos pelas faxineiras,e as mesmas entraram correndo no banheiro,vendo a minha cena desesperadora. Se aproximaram para observar melhor o meu rosto e disseram que me levariam para o hospital.

Com a visão pouco embaçada, percebo estar nua. Visto minha roupa e acompanho as faxineiras. Entro em um carro e logo chego ao hospital. Entro e vou para a emergência. A enfermeira disse que teria de ficar internada por uns três dias.

Tentaram encontrar meus pais,responsáveis ou algum parente próximo. Mas não havia ninguém. Ela enfaixou meu rosto e disse que iria tirar somente no dia da minha alta.

DIA UM

Estava deitada na minha "cama/maca" e faço esforço para ter um bom sonho,mas minha tentativa é falha. Ouço a porta ser aberta,e por conta de meu rosto estar enfaixado,não pude perguntar quem era.

Logo quem adentrou o quarto,se aproximou do meu ouvido esquerdo e cochichou.

"Encontre essa sua decepção de agora,não deixe passar por despercebido. Feche o seu coração e se vingue."

Logo a "estranha voz" se vai. Imagino o que eu poderia fazer para dar a minha total e merecida vingança. Minha noite é perdida por pensamentos.

DIA DOIS

Ouço a enfermeira me dar "bom dia" e avisar que iria trocar meu soro de hoje. E foi o que fez. Ela disse para eu não me preocupar,que estarei curada logo logo.

Ela pergunta se queria ouvir música e nego com o dedo. Faço linguagem de sinais e peço para ela colocar uma seção de filmes de terror. E ela o faz.

Minha tarde foi baseada em ouvir os filmes de terror e trocar soro. Os filmes poderiam me dar mais ideias sobre o que faria com os jogadores de futebol da minha escola.

Anoitece e ouço a porta novamente ser aberta,penso ser a enfermeira. Mas meus pensamentos são enganados. Ouço um cochicho em meu ouvido esquerdo.

"Encontre sua decepção de agora,não deixe passar por despercebido. Feche seu o coração e se vingue."

DIA TRÊS

Finalmente iria colocar o meus planos em prática. A enfermeira adentra o quarto animada. Sinto a faixa se soltar de meu rosto. Ao ser totalmente retirada,abro meus olhos e dou um suspiro de alívio.

A enfermeira me olha sorrindo e me entrega um espelho. Dizendo para eu não me assustar caso minha aparência estivesse mudado totalmente. E era isso,eu estava completamente diferente. Estava medonha,meu rosto estava bizarro.

Ganhei alta e peguei minha mochila,indo em direção à minha casa. Ao chegar,jogo a mochila no sofá e vou em direção ao banheiro. Me observo no espelho por um tempo,minha aparência transmitia tristeza.

Corro até a cozinha e retiro da gaveta uma faca grande e afiada. Volto para o banheiro e corto um sorriso em meu rosto. De orelha a orelha. Minhas gengivas estavam à mostra,e a pia estava coberta de sangue.

Limpo tudo,principalmente minha boca e meu novo sorriso. Vou até o porão e preparo algumas ferramentas para que meus planos dêem certo. Junto-as e vou em direção ao meu quarto.

Pego uma blusa com capuz preta e tranco toda a casa. Coloco a chave debaixo do tapete e pego as ferramentas.

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