Capítulo 28: Comptine d'un autre été.

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"August." Maria sussurrou, sua voz ecoando em minha mente. Meus olhos ainda estavam focados na mancha, eu me afasto mas paro ao sentir uma mão em meu ombro.

"Vamos tomar um banho." Maria disse antes de pegar meu braço e me tirar da cama. Preocupação podia ser ouvida em sua voz, que estava instável e sem confiança. Quando estávamos de pé, ela me leva para outro cômodo sem dizer nenhuma palavra. Na verdade, eu nem sequer tenho palavras. Minha mente estava gritando, motivos que poderiam esclarecem porque eu havia vomitado sangue rodam flutuando dentro de minha cabeça.

O chuveiro é ligado, o barulho na água batendo no chão preenche o silêncio do banheiro. Maria se vira e olha para mim com um olhar interrogativo mas eu estava em transe, por dentro eu estava em pânico, com medo do que podia estar de errado com meu corpo.

"Deve ter sido a adrenalina da briga." Maria diz e me dá um sorriso, mas eu podia ver que era falso, assim como o tom calmo em sua voz. Mais uma vez sem confiança. Ela para em minha frente e me ajuda a tirar minha roupa, me segurando em seu ombros quando ela tira minha calça, ficando apenas de lingerie preta rendada.

"Você pode tirar sua roupa interior. Tome um banho com o tempo que precisar." Ela diz e sorri de novo, dessa vez um sorriso acolhedor. Eu sorrio fracamente de volta antes de ela passar por mim e fechar a porta atrás dela. Olhando para o chão eu suspiro puxando as alças do meu sutiã de meus ombros. Eu viro o sutiã, colocando o gancho de frente para mim. Eu o desprendo e vejo ele cair no chão. Tiro minha calcinha e minhas meias antes de entrar lentamente no chuveiro.

A água morna abraça minha pele até se tornar vermelha, sinalizando que a água estava quente demais para minha pele. Mas eu precisava disso. Encosto minha cabeça na parede sob o chuveiro, eu fecho meus olhos e sinto a água caindo sobre minha cabeça, escorrendo pelo meu cabelo. Com a ponta do dedo, eu lentamente traço padrões eu meu estômago. Me viro e apoio às costas na mesma parede. Eu decido não pensar no que poderia ter causado isso, Maria provavelmente estava certa e eu também não conseguia pensar em outra razão.

Eu fiz uso do chuveiro, lavo meu cabelo com shampoo duas vezes, ponho o condicionador, enxaguando meu corpo com a água. Eu fiz tudo duas vezes, não querendo me sentir suja. Quando termino, eu saio do chuveiro e o ar frio me envolve, me fazendo tremer. Pego uma toalha que estava dobrada na pia e seco meu corpo antes de envolver a toalha em volta do meu corpo. Eu nunca seco meu cabelo, sempre deixo ele secar naturalmente, já que irá ajudar meu cabelo. Evito o espelho, sabendo que eu estava com a aparência horrível, eu rapidamente coloco a roupa que Maria queria me dar antes. Quando abro a porta para sair do banheiro, ouço os gritos vindos do andar de baixo.

"Você não pode tratar sua filha assim! E você não pode tratar sua ex esposa dessa maneira também!" Maria grita me fazendo agarrar a porta do banheiro com força enquanto ouço a conversa, porém eu não queria ouvir.

"Você não sabe nada sobre isso para agir como você está agindo!" Meu pai grita de volta, tentando lutar com a declaração de Maria.

"Não, isso não é verdade. Mas eu sei que o que você está fazendo com sua filha e sua ex esposa é totalmente errado!" Maria defende. Eu rapidamente fecho a porta do banheiro e caminho até a porta que separa o corredor da escada. Eu fecho a porta, e suas vozes desaparecem e eu suspiro de alívio.

Olhando para o corredor a minha frente, vejo que havia um monte de portas, o que significa um monte de quartos. Vou até a uma porta a minha direita. Abro porta lentamente, eu espreito pela porta para ver que as paredes eram cobertas com prateleiras de livros e um sofá no meio da sala. Lentamente, eu entro e fecho a porta atrás de mim. À luz que entra pela janela brilha em meus olhos, a janela estava bem em cima, então não havia chance de escapar por ela, nem olhar para fora. Meus dedos escovam os livro quando passo por eles, com meus olhos fixos neles. Eu olho para cima e viro minha cabeça, mas paro quando de repente vejo uma porta em minha frente. Franzindo minha testa, eu ando até ela e quando alcanço a maçaneta, olho por cima do ombro para me certificar que não havia mais ninguém ali. Quando confirmo, giro a maçaneta e a porta se abre.

Let Me In |h.s| traduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora