Em busca da Verdade

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Dois dias se passaram, depois da aparição do meu pai. Quando Carlos me contou sobre a reação dele, ao saber da decisão da minha mãe, não consegui me controlar... Ri bastante. Juro que queria muito ver a cara dele de decepção. Alguns dias se passaram, mas não consigo esquecer do dia em que vi minha mãe morta. Eu achava que a solidão era minha melhor amiga..mais estava enganada. Me sentia cada vez mais só... Chorava toda noite, ao lembrar da minha mãe. Mais não era só isso... Tinha algo à mais. Que eu não sabia o que era. Quando contei pro Carlos o que sentia... Ele sugeriu que eu fosse ao culto dessa vez... E que todas as minhas perguntas seriam respondidas. Dessa vez eu topei... Vamos ver se seu Deus me dará respostas. Disse ainda desconfiada. Mais o que eu tinha a perder?... E também sinto que pode até dar certo.

Fui pro meu qurto me arrumar... Mais como era de se esperar, eu não tinha nenhuma roupa apropriada. O Carlos me emprestou um vestido que era de sua esposa... Fiquei parecendo uma velha... Ta bom... Nem tanto assim. Até que era bonitinho. Não usei maquiagem... Mais meu cabelo não mudava, então fui com ele assim mesmo.

Disse as escadas, e todos já estavam me esperando na sala. Quando me viram ficaram em silêncio, só me observando. Então Carlos falou ainda surpreso.

- você se parece com ela.- diz ainda me olhando.

Fiquei sem jeito com todos me olhando daquele jeito. Estavam parecendo que viram um fantasma. Então cortei o silêncio.

- não pensem que vou ficar como aquelas velhas escandalosas, gritando aleluia toda hora não. - digo retirando eles do transe e fazendo eles rirem.

Enquanto andávamos em direção ao carro, David sussurrou no meu ouvido, me deixando envergonhada. -

- está linda.

Fiquei com muita vergonha... Não sei porque. Talvez pelo fato dele nunca... Nunca mesmo... Me elogiar. Enfim chegamos... E senti muita vontade de desistir... Mais o David não deixou, me arrastando para dentro. No momento pensei que todos me jogaria, por causa da minha aparência... Mais estava enganada. Todos me cumprimentavam, com paz do senhor, o pastor tinha que ficar explicando a cada um que me cumprimentava, que eu não era evangélica. Confesso que aquilo me fez rir um pouco... Não por maldade... Mais por ser um pouco vergonhoso pra mim também.

Sentei junto com a Geovana, e o David. Minutos depois chegou uma menina loira, olhos azuis, bem bonitinha. Ela sentou do lado do David... Nós cumprimentou, e ficou dando em cima dele. Fiquei muito indignada, as assanhadas vem pro culto pra dar em cima de macho. Que pouca vergonha. Talvez nem todas sejam assim... Talvez eu esteja com ciúmes...mas que bobagem que pensei agora. Eu com ciúmes dele? Me poupe. Durante todo o culto, eu me sentia cada vez melhor... Sentia uma paz interior. Talvez seja apenas coisa da minha cabeça... Mas seja lá o que for, me senti melhor.

rebellious soulOnde histórias criam vida. Descubra agora