rebellious soul

Será?

Hoje acordei bem tarde, corri pra me arrumar, e desci as escadas as pressas. É claro que eu poderia cair, mas nem ligava, estava atrasada e não poderia faltar aula. Matei muita aula esse ano, se faltasse mais um dia, com certeza iria reprovar.

David como aluno exemplar, acordou cedo e nem me esperou. Cheguei na escola quase tendo um ataque cardíaco, mas graças a Deus chegue a tempo.

Quando terminou aquela tortura, que chamam de aula, consegui enfim me acalmar. Estava muito apreensiva, as provas estavam perto e eu não sabia de nada. E é nessas horas que me arrependo de ter matado aula pra ficar com aqueles idiotas babacas. Eu sei que não devo usar esse tipo de linguagem, mais ninguém muda em tão pouco tempo.

Quando já estava quase fora da escola, sinto que alguém está me seguindo. Me viro rapidamente, e levo um baita susto.

- ai seu idiota, quer me matar do coração?.- grito

- hahaha... Você tinha que ver sua cara. - gargalha

- Nossa, estou morrendo de rir. Parabéns David, você tem talento pra ser palhaço. - falo irônica

- ta ,desculpe, só queria chamar sua atenção...

- belo jeito de chamar atenção.... Matando a pessoa.

- já pedi desculpas estressadinha. Mais mudando de assunto... Eu queria te fazer um convite.

- haaam. Que convite?, espero que não seja mais uma de suas gracinhas.

- não, não é isso... Eu queria te chamar pra dar um passeio amanhã.

- passeio? Aonde?.

- isso é segredo, mais não se preocupe... Não vou tentar abusar de você ou coisa parecida. - diz sorrindo

- ta legal... Eu topo. Só não tente nada, eu irei armada. - digo rindo e fazendo ele rir também.

Fomos todo o caminho conversando, e planejando o dia de amanhã. Espero que não seja mais uma piada sem graça dele, seria muito doloroso pra mim saber que ele só quer rir de mim. Depois de tanto tempo convivendo juntos, acabei me apaixonando por ele. Mas não sei se ele sente o mesmo, estou muito nervosa. Está noite será a mais longa da minha vida.

No dia seguinte, acordei com um pulo, e acabei escorregando no tapete. Felizmente não cheguei a me machucar. Imagina... No meu primeiro encontro com ele, apareço com um galo na cabeça...nem morta.

Desci as escadas devagar, para não demonstrar desespero. Dei de cara com ele na cozinha, ele sorrir pra mim, e tomamos o café da manhã juntos.

- está pronta?. - pergunta já se levantando.

- sim. - levanto também.

Ele abriu a porta, e saimos. Andamos por um longo tempo, talvez uma meia hora, antes de chegarmos no local. E nossa... que lugar lindo. Era um campo cheio de flores e grama, aqueles lugares perfeitos pra piquenique.

- Que lugar é esse?.

- eu gostava de vir aqui quando era pequeno. As vezes quando estava chateado, ou quando estava confuso. - diz olhando pra mim.- ou até mesmo, quando... - dá uma pausa, e se aproxima ainda mais de mim. - quando quero me confessar pra garota que amo.

Ai meu Deus... Será que é o que estou pensando.

- então... Por que me trouxe aqui. - me faço de desentendida.

- não torne isso mais difícil Amanda, sabe do que estou falando. - diz se aproximando ainda mais. - eu gosto de você... E sei que você também gosta de mim.

Antes que me desse conta, já estávamos nos beijando. Tentei me fazer de difícil, e recusar o beijo, mais não consegui. Ele fai muito carinhoso comigo... Me beijava com amor. Diferente do Diego, que me beijava apenas pelo prazer. O David era diferente... Agora sei que ele também gosta de mim.