Amor doente amor (Romance lésbico)

Capítulo 5

Jurandir chegou e encontrou Luka com uma regata preta e um short branco curto, sentada no sofá e assistindo a um filme. Ele sentou-se ao lado dela e lhe deu um beijo no rosto. Luka nem deu moral, e ele a perguntou:

— O que houve?

— Não é nada.

Ele ficou sem graça e tirou algumas cartelas de loteria que estavam em seu bolso. Luka ficou olhando aquilo e falou:

— Você joga isso?

— Sim. Eu jogo sempre que posso... Mas dessa vez quero que seja um pouco diferente...

— Como assim?

Ele a olhou nos olhos e declarou:

— Eu nunca imaginei que encontraria alguém como você...

Luka se virou para olhar a televisão, e ele continuou:

— Eu sei que ainda não me ama, mas o amor pode ser construído. Não é?

— O que você quer, Jurandir? — perguntou ela.

— Nada demais...Só te provar que confio em você.

— Como?

— Preencha toda essa cartela para mim...E se ganharmos a grana...Te prometo que dou metade.

— Está de brincadeira, né? Eu não tenho sorte.

— Vai me dizer que não teve sorte quando a encontrei precisando de ajuda?

— Ok. Me dê essa cartela. Então promete que vai me dar metade?

— Prometo! Palavra de Jurandir!

Luka começou a marcar os números, e Jurandir saiu da sala. Quando chegou na cozinha falou:

— Bobinha...Atitudes valem mais que palavras.

Após o jantar, Jurandir chamou Luka até o quarto. Ela estava sorridente, e ele deu uma olhada na cartela. Os seus olhos brilharam e a olhou.

—Você marcou ótimos números! Se der certo...Ficaremos ricos!

— Tomara! Quero ser rica...

— Mas enquanto isso não acontece... Me satisfaça! —falou Jurandir ao pegá-la pela cintura.

Ele a beijou e acariciou os seus seios. Em seguida, Jurandir abriu o short dela e o abaixou com a calcinha. Depois tirou o cinturão e abaixou suas calças, deixando o seu membro a mostra. Ele sentou na cama, e ela sentou-se no membro dele.

Jurandir começou a fazer movimentos violentos, e Luka o mandou parar. Ele ficou despontado e falou:

— O que está havendo? Eu não te dou coisas para fazer isso comigo!

Luka começou a vestir a calcinha e o olhou:

— Desculpe, Jurandir...Eu estou com muita dor de cabeça.

— Tem um remédio na gaveta do armário. Pode pegar e vá dormir. Já deu por hoje!

Jurandir foi tomar banho, e Luka abriu a gaveta do armário. Ela levou um susto, porque perto da caixinha de remédio, tinha um revólver. Luka o pegou, mas não sabia como usá-lo.

Enquanto ela observava a arma, Jurandir voltou ao quarto para pegar um shampoo e a viu com o revólver nas mãos. Luka se assustou e disse a ele:

— Desculpe...Eu só vi a arma perto do remédio.

— Ok. Não vai me perguntar por que a tenho?

— Na verdade sim...Porque você tem uma arma em casa?

— Eu a comprei faz pouco tempo...Uma vez tentaram assaltar aqui em casa e eu não pude impedir o bandido.

— Mas não é bom reagir com bandido.

— Eu sei. Mas trabalho duro para ter as minhas coisas e não vai ser qualquer um que vai tirá-las de mim.

— Tem toda a razão.

— Já atirou alguma vez na vida?

— Não.

— Quer que eu a ensine?

— Seria muito bom.

Jurandir sorriu, ficou atrás de Luka e mandou que ela apontasse a arma para a parede. Colocou os dedos dela no gatilho e afirmou:

— Atire!

Luka apertou o gatilho e atirou. Jurandir sorriu, pegou a arma da mão dela e guardou novamente. Ela ficou feliz e disse a ele:

— Eu nunca pensei que fosse tão fácil...

— Sim. Mas é preciso ter mira boa. Já imaginou se o bandido atira primeiro?

— Seria ruim... Mas por que me ensinou?

— Eu confio em você, Luka. As vezes não demostro, mas gosto muito de você. Por isso, te ensinei como proteger a nossa casa. Não é ótimo?

— Sim.

Ele lhe deu um beijo na bochecha dela. Luka já estava saindo do quarto, quando ele fez a pergunta:

— Não vai tomar o remédio?

—Eu já estou melhor, Jurandir.

— Ótimo!

Luka foi para o seu quarto e sentou-se na cama. Antes de dormir, fez uma arma com as mãos e apontou para parede e ao fingir que estava atirando, deu uma leve risada.