Capítulo 6

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Luka amanheceu mais disposta e tomou café com Jurandir. Ele disse a ela para que fosse logo abrir a lanchonete, porque ele teria que ir na lotérica para registrar a cartela. Luka concordou e foi em seguida. Depois de abrir as portas, ela viu Bárbara acabando de estacionar o carro. Luka cruzou os braços, e a sobrinha de Jurandir ela apareceu de mãos dadas com Caio. Ele sorriu e disse a Luka:

— Eu estou com muita fome...Faz dois X-Tudo para nós?

— Com certeza! Só esperem um momento...A Vera ainda não chegou.

Bárbara virou o rosto quando Luka tentou olhar para ela. Caio percebeu um clima estranho, mas não quis dizer nada no momento. Os dois escolheram uma mesa. Logo após, Bárbara começou a olhar o celular e, Caio chamou a sua atenção:

— Vai preferir mexer nessa droga, do que conversar comigo?

— Nós já conversamos tanto...

— É sério, Bárbara! Você anda insuportável! Eu realmente não devia ter te dado esse celular de presente.

— Qual é, hein? Larga de ser chato!

Caio ficou quieto e depois declarou:

— Eu não sei por que anda ignorando tanto essa lanchonete...Você não era assim.

— Caio, para de dizer bobagens!

— Sabe o que eu posso jurar?

— O quê?

— Você só pode estar assim por causa dessa nova atendente daqui.

— O que quer dizer? — Bárbara o olhou.

— Eu notei que ela te come pelos olhos!

— Você só pode estar vendo coisas.

— Tomara, Bárbara! Porque eu não vou perder você para ninguém. Ouviu?

Bárbara o olhou assustada, mas voltou sua atenção para o celular. Logo, Vera chegou e começou a ajudar Luka a atender os clientes. Jurandir chegou também e viu sua sobrinha e Caio comendo os sanduiches. Ele os cumprimentou e ainda disse que o suco era por conta da casa. Quando terminaram de lanchar, Bárbara foi até o banheiro. Caio ficou a esperando na mesa e chamou Jurandir para conversar.

— Posso te perguntar uma coisa, Jurandir?

— Pergunte o que quiser, garoto!

— Eu gostaria de saber se essa sua sobrinha e atendente é hétero.

— Claro que sim. Por quê?

— Ela veste que nem um hominho!

— A Luka é descontraída, só isso...

— Sei.

Bárbara estava retocando o batom no espelho, e Luka apareceu. Bárbara ficou indiferente a sua presença e Luka ficou atrás dela e encostou em seu bumbum, alisando as suas coxas. Bárbara se virou e disse a ela:

— Você não desiste, né?

— Por que eu desistiria de uma patricinha como você?

— Simplesmente porque não tem dinheiro para me sustentar.

— Eu ainda vou calar essa sua boca...

— Como?

Luka chegou mais perto para beija-la, mas Bárbara virou o rosto e falou:

— Cale a minha boca, mas com dinheiro!

Bárbara saiu do banheiro, e Luka ficou sem graça. Bárbara chamou Caio para ir, e ele foi. Os dois entraram no carro, e Caio olhou para ela:

— Você está bem, Bárbara?

— Claro. Por quê?

— Eu detesto quando você fica em silêncio.

— Ora, Caio. Está tudo certo.

— Vamos para o meu apartamento?

— Vamos sim!

Enquanto Luka foi colocar o lixo para fora, Caio deu um beijo em Bárbara. Depois, ele funcionou o carro e fez um olhar ameaçador para Luka.

Caio morava sozinho em seu apartamento e estudava Direito em uma universidade. Quando chegaram, eles começaram se beijar. Bárbara tirou toda a sua roupa e montou no corpo de seu namorado. Eles foram para cama se beijando, e ela cavalgou em seu membro. Bárbara gostava muito de sexo e gemia alto durante o ato. Em seguida, ela ficou de quatro, enquanto ele a penetrava. Após o ato, eles se vestiram. Depois Caio disse a ela:

— Bárbara, pegue os meus óculos na gaveta...

Bárbara abriu a gaveta do armário e viu uma caixinha de veludo na cor azul. Ela mostrou a ele e perguntou:

— Posso saber o que é isso, Caio?

Ele vestiu sua cueca preta, levantou-se e foi até ela.

— Abra!

Bárbara abriu e viu um anel de ouro com brilhantes. Ela ficou muito sorridente, e ele pegou o anel e colocou no dedo dela. Bárbara perguntou:

— Mas o que significa isso, Caio?

Ele se ajoelhou aos pés dela e disse:

— Quer se casar comigo, Bárbara?

Bárbara ficou séria e sem palavras ao ouvi-lo.

Na lanchonete, Luka estava passando o pano em uma mesa, quando Jurandir passou a atrás e disse ao ouvido dela:

— Se você atrapalhar a relação da minha sobrinha...Eu te mato!

Ela se afastou e o olhou assustada. Jurandir sorriu e voltou para o balcão. Luka ficou insatisfeita com isso e foi até ele:

— O que isso quer dizer? Por acaso está insinuando que eu estou dando em cima da sua sobrinha?

— Sim. É justo. Você não é nada feminina e....

— E, o quê?

— Não sei nada sobre você...Nem de onde veio. E nós dois devíamos conversar mais...

— Isso é ridículo! Eu já disse que estou sozinha nesta vida!

Jurandir ficou calado, e ela continuou:

— Você duvida que eu realmente seja hétero? E as nossas trepadas?

Jurandir apertou a boca dela e falou:

— Fala baixo, mocinha! Quer colocar tudo a perder? Sou capaz de te deixar na mesma rua que te encontrei. Duvida?

Luka tirou a mão dele e foi para o banheiro. Jurandir ficou sem graça, e Vera veio falar com ele:

— O que está havendo com você e sua sobrinha?

— Nada demais. Ela só está com um pouco de preguiça...

— Não é por nada não... Mas você já percebeu que ela adora ir ao banheiro quando a Bárbara está também?

— O que isso tem a ver, Vera? Volte ao trabalho, mulher!

Luka ficou se olhando em frente ao espelho, pegou um batom na pia que alguém esqueceu e escreveu assim:

— Foda-se! 

Amor doente amor (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora