Amor doente amor (Romance lésbico)

Capítulo 12 -(Final)

Luka acordou assustada no outro dia. Ela deu graças a Deus por tudo ter sido apenas um pesadelo e Bárbara ainda estar ao seu lado. Ela ficou olhando o rosto de sua amada e, por um momento, pensou em pegar o revólver e acabar com tudo aquilo, mas apenas levantou-se, foi até a escrivaninha e escreveu um bilhete. Deixou o bilhete em cima da mesa, acabou de vestir a sua roupa, pegou a sua mochila e saiu do quarto.

Mil pensamentos estavam passando pela cabeça de Luka, enquanto ela andava pela casa. Será que o pesadelo queria mostrar algo a ela? Luka não sabia, mas precisava saber a verdade. E quem queria matar Luka? Aquilo estava muito estranho. Então, ela resolveu entrar na camionete e sair da mansão.

Meia hora depois, Bárbara acordou e percebeu que Luka havia saído. Ela, então, viu o bilhete na escrivaninha e resolveu ler o que era. E leu em voz alta:

"Eu não quero mais prender você. Pode ir embora e voltar para a sua vida. Finja que nada aconteceu. Se quiser ir atrás de mim, terá que se arriscar...Eu não quero ser encontrada tão facilmente. Além disso, terá que saber se realmente me ama de verdade. Não quero sofrer, Bárbara. Já sofri demais. Te deixo livre para fazer o que quiser, por mais que isso doa dentro de mim."

Pista para me encontrar: Eu não tenho mais nada a perder.

Bárbara terminou de ler e não sabia o que fazer diante daquilo. O que Luka estava pensando? Ela tinha deixado quase todo o dinheiro e a mansão. Ela pensou um pouco, pegou uma mochila com algumas roupas e saiu. Como não tinham comprado outro carro, Bárbara andou um pouco até achar um orelhão. Ela discou o número da casa do pai e falou:

— Pai?

— Bárbara, é você?

— Eu precisava ouvir a voz do senhor... — ela começou a chorar — Eu sinto muito a sua falta.

— Onde você está? Você sumiu depois da explosão na casa do seu tio. O que está acontecendo?

— Eu não posso voltar...

— Com quem você está, filha?

— Não posso dizer, mas estou bem.

— O Caio me disse que você pode estar com a atendente do Jurandir. É verdade?

— Pai, não me entenda mal, mas eu amo essa garota. E meu tio mereceu morrer.

— Você só pode estar brincando!

— Não estou! Lembra que o meu tio ganhou milhões? Ele tinha prometido dar para Luka.

— Que seja! Será que não entende que essa tal de Luka é uma assassina? E vai te matar!

— Não, pai. Eu demorei muito a perceber isso...Se eu pudesse voltar atrás...Eu tenho culpa nisso. Eu disse a ela que ficaria ao lado dela se tivesse dinheiro.

— Bárbara...Eu não acredito que isso esteja acontecendo!

— Me perdoa! Por favor!

— Bárbara...Eu te amo, minha filha. — disse ele aos prantos.

— Pai, eu quero que fique bem...Eu vou procurar a Luka.

— Filha...Por favor! Volte para casa!

— Um dia, pai. Eu não posso deixar a Luka sozinha...Ela precisa de mim.