O sol estava quente e os carros passavam deixando poeira pelo asfalto. E ao longe, uma moça de dezoito anos vinha andando, com cabelos loiros bem curto, olhos azuis, magrinha, vestida em uma calça jeans com detalhe rasgado, uma regata cinza, um tênis na cor vermelha com cadarços brancos e uma jaqueta jeans amarrada na cintura. A sua expressão era séria e um pouco agressiva. Não olhava para os lados. Ela estava focada em chegar a algum lugar. Mas nem ela sabia direito para onde estava indo. Já pedira carona, mas ninguém lhe dava atenção. Pelo suor no rosto, ela já devia estar andando algumas horas sem parar.
De onde ela tinha vindo? Quem ela era? Se pelos menos, os seus lábios contassem, mas até os seus olhos eram um mistério. Mocinha ou bandida? Talvez, nenhum dos dois rótulos. Era uma moça normal ou quase isso. Ao notar as sua olheiras e a sua falta de jeito, dava para perceber que ela não fora tão agraciada pela vida. Tinha vontade de chorar, mas não queria que ninguém a vesse assim. Ainda mais estranhos que passavam! Só restava andar até onde os pés pudessem alcançar. Se surgisse uma alma caridosa nesse momento, seria um milagre.
Luka! Este era o seu nome. Mas o resto dessa moça ainda era um mistério, que logo iria ser desvendado ou não. Logo, ela parou embaixo de uma árvore. Era branquinha, mas acabou sendo um pouco judiada pelo o sol. Abriu a mochila e verificou alguns de seus pertences. Tinha apenas duas mudas de roupa, alguns produtos para a higiene pessoal e uma garrafinha com água pela metade. Ela pegou essa garrafinha e bebeu as últimas gotas de água. Em seguida, pegou o colar em seu peito e o abriu. Tinha a foto de sua mãe e seu pai. Luka ficou perdidamente triste ao ver a foto. Queria chorar, mas não podia. Não ali! Algumas lágrimas custosas caíram de seu rosto.
De repente, uma camionete verde parou perto dela. Luka limpou as lágrimas com as costas da mão. Quem dirigia a camionete era um homem bem moreno, de bigode preto e gordinho. Devia ter mais ou menos quarenta anos. Ao olhar para Luka, a perguntou:
— Está indo para onde, mocinha?
— Eu não sei dizer.
— Não tem para onde ir?
— Não, senhor. – disse Luka olhando para baixo.
O homem pensou um pouco ao olhar para o corpo da moça e falou:
— Vem comigo para a capital! Vou te dar um emprego lá. Aceita?
Luka ergueu a cabeça e perguntou:
— O senhor está falando sério?
— Vamos logo! Antes que eu mude de ideia.
Luka ia indo para a carroceria da camionete, quando ele gritou:
— Ei, moça! Você vai vir comigo aqui na frente.
Luka ficou um pouco pensativa, mas abriu a porta e sentou-se ao lado dele. Nesse momento, o homem deu um sorriso malicioso, encostou na perna dela e falou:
— A sua vida vai mudar, moça!
Ele funcionou a camionete e saíram. Durante o caminho, ele a perguntou:
— Qual é o seu nome, moça?
— É Luka.
— Nome bonito. O meu é Jurandir. Eu sou dono de uma lanchonete no centro da cidade.
Luka ficou calada, e ele continuou:
— Tem quantos anos?
— 18.
— Tem mãe? Pai? Irmãos?
— Eu estou sozinha nessa vida, senhor.
—Não vai ficar mais. Você vai trabalhar para mim e morar na minha casa.
— Mas eu ainda não tenho como pagá-lo.
— Calma! Eu te direi como vai me retribuir tudo isso.
Luka gelou por dentro, e Jurandir continuou sorrindo maliciosamente. Eles ficaram calados durante as próximas horas. Quando chegaram na capital, já era noite. Jurandir levou a moça até a sua casa. Era uma casa na cor azul, com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. Tinha muro, área e um belo jardim em volta.
Luka ficou feliz e um pouco sem graça ao mesmo tempo. Jurandir a chamou para dentro. Ela sentou-se no sofá e ele sentou-se em uma poltrona na sua frente. Ele cruzou a perna e a perguntou:
— O que achou da minha casa?
— É bonita e aconchegante.
— É bom ouvir isso de você.
— E então? O que vai ser o meu emprego?
— Vou gosta de ir direto ao ponto...Gosto disso! –Ele falou ao se levantar.
Luka ficou o olhando, e ele sentou-se ao seu lado no sofá. Ele sorriu e acendeu um cigarro. Ela estava um pouco com vergonha, mas observava cada passo que ele dava. Jurandir finalmente se pronunciou:
—Você vai trabalhar como atendente na minha lanchonete. Terá que servir as mesas, limpar os banheiros e satisfazer as minhas necessidades de homem. Em troca, te darei dinheiro, roupas, joias e outras coisas.
Luka ficou um pouco furiosa, mas disse algo:
— Vou ter que transar com o senhor para ter essas regalias?
—Isso mesmo! E posso fazer com carinho se for virgem...
Luka ficou com estômago revirado só de pensar.
— Eu não sou virgem, senhor.
— Então, podemos nos dar muito bem. O que acha? –disse ele encostando os dedos no rosto dela.
Luka pensou um pouco e como estava cansada de levar porrada da vida, concluiu:
— Eu aceito a sua proposta!
— Tem certeza que quer se entregar a esse velho aqui?
— Sim. Antes que eu mude de ideia. –Luka falou ao apertar os lábios.
— Você é muito tentadora... — disse ele com a mão na perna dela.
Ele então a chamou para o quarto. O quarto dele tinha uma cama de casal com lençóis brancos e travesseiros na cor verde-claro. Tinha um guarda-roupa enorme, uma televisão e um armário. Ele trancou a porta do quarto e ficou observando Luka arrancar a roupa. Em seguida, ela foi até ele e o acariciou. Jurandir estava quase louco de tanto tesão por aquela moça. Ele a pegou pelo pescoço, a jogou na cama e tirou a sua roupa também. Luka abriu as pernas e ele a penetrou violentamente com o seu membro. Durante o ato, Jurandir batia na bunda na moça, que gemia sentindo dor. E ainda a xingava.
— Cadela! Você agora é só minha.
Após o ato, Jurandir vestiu a roupa e disse a ela:
— Vá tomar banho! E faça o meu jantar!
— Mas...
— Mas o quê, cadela? — disse ele com o cinturão na mão.
— Nada.
Ele saiu do quarto, e Luka sentou-se na cama. Algumas lágrimas saíram de seu rosto. Mas ela disse algo bem baixinho:
—Isso vai ter fim... — ela se olhou no espelho e era nítido a fúria em seus olhos.
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Amor doente amor (Romance lésbico)
RomancePLÁGIO É CRIME! É PROIBIDA A DISTRIBUIÇÃO OU CÓPIA DE QUALQUER PARTE DESSA OBRA SEM O CONSENTIMENTO DA AUTORA! © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Sinopse: Luka é uma garota de 18 anos com um passado misterioso. Ao andar por uma estrada, ela recebe a...