Capítulo 5

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-Porque ele é da polícia. -Eu a olhei confusa.

-Polícia? Ele é professor da minha escola, se ele fosse polícia, nos iamos saber, você tem certeza disso?

-Tenho certeza absoluta! Eu vi o distintivo, eu o vi de uniforme! -A mulher dizia agora aos gritos.

-Porque ele te prendeu aqui? -Eu disse olhando ao redor, era uma porão arrepiante.

-Eu sei porque...Ele precisa de um... -Mas ela se cala quando um barulho de uma porta se abrindo invade o porão -É ele. Você tem que sair daqui, vá para a cozinha, se esconda como puder.

-Mais você não contou...

 -Vai logo!

Eu abri a porta e corri para a cozinha sem ser vista, me escondi debaixo da mesa, era um esconderijo horrível mas naquele momento eu não conseguia raciocinar direito.Eu não estava ouvindo nenhum grito, choros ou discussões. Mais logo depois eu ouvi um tiro, dois na verdade. Dois tiros seguidos. Eu juntei toda a coragem que eu tinha, contei até triste e fui em direção a porta da cozinha, eu girei a chave e abri a porta e corri ate não aguentar mais.

Ele tinha um arma? E claro que tinha, ele é policial. E ela nem acabou de dizer o porque de ele estava fazendo isso com ela. Será que ele matou ela? Agora eu sei que tudo isso e real. Eu estava tão chocada que fui direto para a casa, eu não sabia o que fazer, se ela estiver morta, isso me faz uma testemunha de assassinato! Eu peguei meu celular e vi que tinha várias ligações perdidas de Jaira.

-Meu Deus! Eu tentei te ligar várias vezes, eu não consegui distrair ele por muito tempo, espero que você tenha conseguido fazer o que precisava.

-Eu acho... Foi muito difícil distrair ele?

-Na verdade não muito, ele parecia com pressa, falava todo atrapalhado, eu não conseguia a atenção dele de nenhum jeito, acho que só consegui por 5 minutos, no máximo. Foi o tempo de ele sair da sala dele e sumir na multidão quando chegamos no portão da escola.

-Espera, você disse 5 minutos?

-Talvez menos, porque? -Isso não era possível, a casa dele era menos de 3 minutos da escola, literalmente na mesma rua, e pelo tempo que eu fiquei lá, ou ele passou em algum lugar antes de chegar, ou não era ele lá em baixo. -Ei, você ainda está ali?

-Perdão eu...tenho que ir.

Eu estava tão confusa e de cabeça cheia que acabei dormindo sem perceber, eu acordei assustada, mas felizmente eu estava em casa. Eu tirei meu uniforme e fui ate a cozinha, fiz um sanduíche e um suco e me sentei na frente da tv, estava passando o jornal local.

-Hoje as 4 da tarde , foi encontrado um corpo de uma jovem mulher debaixo de um ponte, foi encontrado por um policial  que estava fazendo ronda com seu cachorro pela beira do lago.

Eu olhei para a tela, não mostraram todo o corpo, mas eu pude ver seu cabelo loiro, estava molhado, e sua blusa azul escapando do plástico escuro que tampava seu corpo, no canto da tela, aparecia sua foto, jovial, sorridente, parecia feliz, eu soube que era a mesma mulher de hoje cedo.

O resultado dos exames deram que a causa da morte foi pelos 2 tiros que ela levou na cabeça.

Os tiros não a surpreenderam tanto quanto o fato de Jensen estar do outro lado de sua tela, dando seu depoimento

Eu lamentei muito quando eu a encontrei, ela parecia ser uma mulher muito jovem e bonita , mais eu aposto que ela morreu por alguma divida ou ate mesmo por seu marido Paul Gold que tem problemas com bebidas, e fica o recado, não devemos nós meter dos assuntos de outras pessoas, hoje foi ela, quem sabe quem sera amanhã?

Ele disse aquilo olhando para a câmera, mas parecia que ele estava na minha frente, dizendo aquilo para mim.

Continua...





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