Capítulo 10

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Quando acordei, eu estava em uma cama macia e confortável, mas não era a minha cama, assim que levantei a cabeça do travesseiro uma dor insuportável quase me fez cair na cama, eu olhei ao redor devagar, minha visão estava muito melhor. Eu me levantei e olhei ao redor, eu estava em um quarto comum, eu não estava amarrada e nem tinha que eu havia sido. E então estava ali, em cima da cômoda, um cartão. O cartão que eu precisava. Acesso livre a propriedade privada, fácil demais.

Eu abri a porta, não estava trancada, aparentemente não havia ninguém em casa, a porta dos fundos estava aberta, como se ele estivesse me deixando ir embora, mesmo sabendo que ele não estava ali, e não tinha ninguém atrás de mim, mesmo assim eu corri, o mais rapido que pude, meus pulmões doíam e eu estava sem ar, mas não parei até chegar em casa.

Quando cheguei em casa, estava Samuel andando de um lado para o outro.

-Meu Deus! Eu tentei te ligar várias vezes. 

-Ele...me perdeu lá. Ele sabe de tudo! Sabe o que nos vimos, ele me deu algo que me deixou muito tonta, depois eu tentei atacar ele, mas parece que ele me acertou com algo, eu acordei em uma cama e isso estava na cabeceira. -Eu mostrei para ele o cartão que eu estava buscando.

-Como se...ele quisesse que a gente fosse lá.  -Samuel disse, lendo meus pensamentos.

-É uma armadilha!

-Não podemos ficar aqui parados sem fazer nada.

-Eu não...eu estou com medo.

-Se ele realmente for o cara que colocou nossa irmã no hospital, então temos que fazer isso.

-Não temos certeza...

-Vamos descobrir!

-Samuel, ele é perigoso.

-Marly, ele já sabe de tudo, ele está nós dando pistas, se ele quisesse nos matar, já teria feito. Isso significa que ele precisa de nós vivos! Eu vou ligar para Jane e contar que você está bem, ela ficou muito preocupada. 

Disse Samuel e subiu para o andar de cima, eu me sentia sem ar. Eu abri a porta para tomar um pouco de ar, quando eu o vejo, bem na minha frente.

-Oh, eu estava prestes a tocar a campainha. -Ele disse com um sorriso amigável, bem diferente de como ele agiu mais cedo.

-O que faz aqui?

-Eu vim trazer sua mochila! Você esqueceu na minha casa, acho que estudamos tanto que você acabou dormindo.

-Voce sabe que não foi isso que aconteceu!

-Foi exatamente isso que aconteceu! Ou então eu te denuncio.

-Me denunciar? É sobre qual acusação?

-Invasão de domicílio! Isso dá três, quase quatro anos de prisão.

-É homicídio? São quantos anos?

-Homicídio sem provas? Nenhum.

-O que você quer de mim? Eu posso te acusar, eu sei o que você fez, porque não me matou naquela hora como fez com as outras? -Eu perguntei com raiva.

-Tudo ao seu tempo, Marly. -Ouvir meu nome sair de sua boca me deu arrepios -Mais fique certa de uma coisa, eu sempre cumpro minhas promessas, se te matar estivesse nós meus planos, não estaríamos tendo essa conversa agora. Eu prometi para ela, que não ia deixar nada acontecer com você.

-Q-Quem?

-Começe a cuidar da sua própria vida, antes que se arrependa do que vai ver.

Ele disse aquilo e jogou minha mochila no chão aos meus pés, eu suspirei. Logo Samuel aparece.

-Jaira disse que é melhor nos falarmos pessoalmente, vamos? -Disse Samuel atras de mim

-Vamos.

-Você esta bem? -Ele perguntou olhando em mais olhos 

-Eu só quero acabar logo com isso.

.

Continua...



Meu Professor Obsessivo | Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora