Capítulo 13

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Apesar de tudo que aconteceu, eu consegui dormir bem essa noite, talvez porque eu estava exausta, mas também porque quando eu dormia parecia que meus problemas não existiam, mas na manhã seguinte eu acordei ainda com problemas, eu fiquei mais feliz por ser o primeiro dia das nossas férias de verão, assim eu teria mais tempo para pensar em alguma coisa.

Samuel me questionou sobre as nossas opções, mas agora que nos estávamos de férias e consequentemente Jensen também, era mais difícil seguir os passos dele, por isso iria significar que ele teria mais tempo livre, por fim eu e Samuel não conseguimos pensar em nada. Quase no final do dia, Jaira me chamou para ir na feira livre hoje a noite, onde eu só aceitei porque queria tirar aquilo tudo da minha cabeça.

Então Jaira bateu na minha porta as sete em ponto.

-Como você se sente? -Perguntou Jaira quando estávamos quase chegando.

-Muito confusa, e frustrante não poder fazer nada.

-Sim, eu entendo. O pior é que parece é que não tem ninguém que a gente possa pedir ajuda. -Disse Jaira se distraindo com alguns chaveiros.

-Nem me fale! -Eu disse indo até o Acerte o Alvo.

-Eu vou ao banheiro, já volto, não saía dai! -Disse Jaira correndo ate o banheiro que nem eu sabia onde estava. Eu então me aproximei da barraca.

-Vamos tentar a sorte! 3 dardos são R$5 e você leva qualquer pelúcia. -Eu tirei minha última nota do bolso e entreguei para o homem da barraca, ele me entregou 3 dardos, onde havia vários balões girando em argolas diferentes, e quem estourar os 3 balões de cada argola levava o prêmio.

-Eu quero...o pato amarelo! -Eu disse e peguei os 3 dardos, o primeiro eu acertei sem dificuldade, o segundo foi pura sorte, mas o terceiro eu errei por muito, e então alguém joga o dardo e acerta o último balão que eu estava tentando. -Eii, isso não é justo! -Eu disse desanimada.

-Parabéns senhor, o que vai querer? -Perguntou o homem da barraca.

-Eu vou querer...o pato amarelo! -Disse a voz familiar, quando me virei era o policial Sam.

-Policial Sam! -Eu disse surpresa, ele estava de uniforme, ele pegou seu prêmio e estendeu a pelúcia para mim.

-Você merece! Foi por muito pouco. -Eu pego a pelúcia de suas mãos e lhe dou um sorriso.

-Obrigada, você não precisava, aliás o que faz aqui?

-Eu estou fazendo ronda, alguns jovens rebeldes costumam dar muito trabalho e...

-Perdão, só um minuto. -Eu disse o interrompendo quando meu celular toca, era meu irmão Samuel. -Alo, Samuel, o que houve?

-Mary, a Anette...eu não sei bem como aconteceu, mas ela estava em coma, a situação dela não é boa.

-O que? Meu Deus, eu estou indo ai agora! Eu tenho que ir, é a minha irmã ela está em coma, eu preciso ir vê-la.

-Meu Deus, eu posso te dar uma carona se quiser, meu carro está bem ali. -Disse Sam preocupado. Eu não ia aceitar, mas como eu estava preocupada, eu não tinha certeza se ia conseguir pedir um táxi, eu assenti e ele me levou até seu carro, eu disse em que hospital eu precisava ir, assim que ele parou o carro eu saí depressa, minha família estava sentada nas cadeiras da recepção, Samuel se levantou ao me ver, ele também olhou estranho para o policial que veio atrás de mim.

-Como ela está? O que aconteceu? -Eu perguntei para ele eufórica.

-Ainda não temos certeza, o estado dela piorou de repente, o médico diz que ela teve uma parada cardíaca.

-Meu Deus! -Eu disse dando um passo para trás, Sam coloca a mão em meu ombro.

-Quem é você? -Pergunta Samuel olhando para Policial Sam.

-Policial Sam, Mary me contou o que aconteceu, eu só dei uma carona para ela até aqui. -Disse Sam assumindo o controle da situação, o médico chegou e quis conversar a sós com minha mãe e meu irmão, eu me sentei e Sam se sentou ao meu lado.

-É grave? A situação da sua irmã? -Ele perguntou, com mais preocupação do que curiosidade.

-Anette sofreu um acidente de carro, ela está na fila por um transplante de coração, acontece que...o ex namorado dela está a perseguindo e Anette disse que talvez o acidente dela pode não ter sido acidental...ele estava com ela no momento do acidente.

-Isso é uma acusação séria! Ela já tentou falar com a polícia?

-A situação é mais complicada que isso, ele também é policial, e no final das contas, não temos nenhuma prova concreta sobre isso. É muito frustrante ver ele andando por ai como um bom homem e inocente. -Eu disse tentando não chorar, Sam segura minha mão e sorri gentilmente.

-Eii, vai ficar tudo bem, sua irmã está em segurança aqui, e se eu puder fazer alguma coisa para te ajudar, não hesite em pedir, você tem meu número, lembra? -Eu sofri diante daquilo, por incrível que pareça eu me sentia mais calma, quando minha mãe e meu irmão voltaram, Sam tira sua mão da minha, na mesma hora eu sinto falta do calor da mão dele.

-Alguma novidade?

-Não, ela ainda está desacordada, você devia ir para casa, eu e seu irmão vamos ficar aqui, qualquer notícia nos te ligamos. -Disse minha mãe, mas eu não tinha forças para discordar.

-Eu posso te levar para casa, se quiser. -Disse Sam ao meu lado.

-Obrigada por cuidar da minha filha, policial Sam. -Disse minha mãe sorrindo para Sam.

-É o meu trabalho, vamos te levar para casa. -Disse Sam e levando ate seu carro, meu não precisei falar meu endereço, pois ele mesmo chegou la sozinho, eu desci do carro e ele desceu junto, onde me acompanhou até a minha porta 

-Não sei como agradecer tudo que você fez... -Eu disse sem graça, Sam olhou para os próprios sapatos sorrindo.

-Não precisa agradecer, aliás... -Ele disse indo até o carro e trazendo consigo o pato amarelo de pelúcia. -Espero que ele te faça se sentir melhor. -Eu sorri diante daquilo, eu senti um nervosismo incomum, Sam era muito bonito, eu devia admitir, e o fato dele estar sendo tão gentil comigo não facilita as coisas.

-Eu...Obrigada. -Então eu fiquei na ponta dos pés e dei um beijo da bochecha dele, eu me arrependi e na mesma hora entrei dentro de casa e fechei a porta atrás de mim, eu não sei porque estava agindo daquele jeito, eu suspirei e levei o pato de pelúcia até meu quarto, eu o coloquei em cima da minha cama, mas então recebo uma mensagem, pego o celular depressa para ver se eram notícias de Anette, mas não eram...

Meu Professor Obsessivo | Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora