Epilogo 2

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Marly ganhou uma bolsa na faculdade que ela tanto queria. Nós não estávamos tão próximos desde que o Jensen foi embora. Ela ficava com muito medo de eu resolver, de uma hora para a outra, sair e procurar o Jensen. Talvez foi por isso que ela se afastou, ficou com medo de me perder então resolveu me esquecer, talvez não doesse tanto perder o que não se tinha. Eu sei que é isso. Ela me escreveu algumas cartas, duas na verdade. Perguntando porque eu tinha ido embora, mesmo sabendo a resposta. Perguntando se eu iria voltar. Eu ainda não tinha achado Jensen, e talvez não vou achar tão cedo. Na verdade eu nem sei o porque de eu ter saído para procurado, acho que o meu lugar não era com a Marly, não lá com ela. Por isso que eu a escrevi uma carta contando tudo que eu fiz por lá.

Marly

Depois que eu fiquei trés semanas na Noruega procurando o Jensen. Eu fiquei sem dinheiro e tive que arrumar um trabalho, para eu comer e para poder pagar o apartamento, então eu arrumei um emprego de garçom, foi o melhor que eu achei e ainda tinha um bom salario. A unica coisa que eu tinha que fazer era anotar os pedidos, levar os pedidos ate a cozinha e depois levar-lo ao cliente. Coisa fácil, mas que dava um cansaço dava. Foi lá que eu conheci a Paula, ela chegou dois dias antes de mim, no inicio a gente nem se falava, até porque nem nós conhecemos direito. Mas um dia ela chegou atrasada e o nosso chefe mandou ela ficar lá ate uma onze e meia e ela perdeu o ônibus e ai ter que voltar sozinha para a casa, então me  ofereci para leva-la ate sua casa. Ela disse que não precisava mas eu insisti, ela acabou cedendo. Ela não falava nada, eu também não. Quando chegamos na sua casa, já eram duas da manha, e eu estava apertado para ir no banheiro, perguntei a ela se podia usar o seu, ela meio receosa disse que era para eu esperar um pouco que ela já volta, e fechou a porta na minha cara, dois minutos depois ela abriu e disse que era no andar de cima eu subi e abri a porta do primeiro quarto, mas não era o banheiro, era um quarto azul cheio de brinquedos espalhados pelo chão, tinha uma cama azul também. aquilo parecia mais um quarto de criança, mas ela não tem filho, bom, eu acho pelo menos, ou talvez é o irmão dela. Eu abri a segunda porta e era o banheiro. Logo depois eu desci e disse que ia embora,mas antes eu a perguntei se ela tinha um filho, ela se assustou e disse freneticamente que não. Co certeza aquele quarto era do irmão dela, ela só tem 20 anos, e muito nova para ter um filho, e pelo quarto ele devia ter uns dez anos, pensando bem...as garotas de hoje em dia estão tendo filhos muito cedo. Mas não acho que é filho dela não. 

Com o tempo nós fomos ficando mais próximos, nós saiamos de vez em quando ,as vezes nós finais de semana, simplificando: Ficamos muito amigos, aquele tipo de amigos que contam tudo um para o outro, em uma noite, nós fomos a uma festa em uma boate famosa aqui, eu acabei bebendo demais e contei tudo que tinha acontecido comigo, contei sobre Jensen, sobre a Anette, sobre você (Marly). Ela me levou ate sua casa e eu acabei dormindo lá, só dormi, não aconteceu nada. Um mês depois eu tinha arranjado outro emprego, com um salario bem melhor, mas eu continuei conversando com a Paula. Eu fiquei sabendo por uma amiga dela que ela tinha perdido o emprego e não tinha me falando nada, a conta de luz, de água, de gaz...tudo ela estava devendo. Eu também não sabia que ela tinha sido despejada. Só fiquei sabendo quando fui no apartamento dela e estava vazio. Eu ligava para ela mas ela não atendia, as amigas dela também me evitavam, eu não sei porque eu sentia tanta falta de ver-la de falar com ela, só sei que ela fazia falta. 

Eu juro que a procurei em todos os cantos, mas não a achei. Ate que uma semana depois, uma outra amiga dela me ligou perguntando e eu queria saber onde ela estava,eu disse que sim,ela me passou um endereço e disse que antes de eu vê-la, eu tinha que ver outra coisa. Eu fui ate lá no mesmo endereço e horário que ela falou, ela abriu a porta e foi ate corredor, depois voltou e perguntou se eu gostava da Paula. Eu disse que sim. Ela perguntou se eu conseguiria aceitar isso. Ela chegou para o lado, revelando um menininho de uns dez anos no máximo, ele olhou para baixo envergonhado. Ela disse que ele é o filho da Paula, eu perguntei porque ela não tinha me contado isso antes, falou que ela realmente gostava de mim, e achou que se conta-se que tinha um filho, eu iria fugir, como os outros caras que ela gostava, eu jurei que não faria isso, e de que eu aceitaria o filho dela numa boa.

Eu fui ate o garotinho me ajoelhei em sua frente e perguntei seu nome. Ele disse que era Davi e depois me chamou para brincar com ele em seu quarto, eu disse que era para ele ir na frente. Eu perguntei a amiga da Paula se eles estavam bem vivendo aqui. Ela disse que esta difícil por Paula ainda não arranjou um emprego, eu disse que a partir de agora eu iria cuidar deles dois. Ela saiu e disse que já voltava. Eu fui para o quarto do Davi,que na verdade era dividido com o da mãe dele. Nós ficamos brincando um pouco quando ouço. ''O que esta fazendo aqui ? '' Paula tinha chegado. Nós fomos para sala. Eu disse para ela que eu gostava dela de verdade e que sentia sua falta. ela disse que queria me falar uma coisa que me faria desistir dela, eu falei que eu já sabia de seu filho e de que eu não me importo que ela tenha filho. Depois eu a beijei e pedi para que ela fosse morar comigo. ela hesitou no inicio, mas uns meses depois ela aceitou. Um ano depois nós casamos. Eu coloquei meu sobrenome no Davi e hoje ele tem 11 anos. Continuamos vivendo aqui na Noruega.

Eu queria te escrever esta carta para que você perceba que eu estou feliz aqui,espero que você também esteja.

Sam

- O que esta fazendo ? -Perguntou Paula.

-Escrevendo uma carta.

-Para quem ?

-Uma velha amiga. Pode...colocar no correio para mim ?

- Só se você der banho no Davi.

-Ah. Ele já tem dez anos, sabe tomar banho sozinho.

-Sim, claro que sabe. Eu quero que você o ache, já procurei esse garoto na casa toda.

-Deixa comigo.

Sam levantou da cadeira e foi ate o quarto de seu filho, olhou em baixo da cama, dentro do armário...nada. Ele percorreu  com os olhos o quarto, e viu um tapete se movendo para fora do quarto.

-Hum...onde será que o Davi esta ? -O tapete começou a se mover mais rápido. Sam correu ate ele e puxou as pernas do filho o arrastando no chão ate o quarto.

-Ah, pai. Você sempre me acha.

-Eu sou o super Sam. Agora vai tomar banho. 

-Papai. Fiz uma coisa para você. - Disse o garoto tirando da mochila um cartão. Sam pegou o cartão e estava escrito. ''Para o melhor pai do mundo'' -Eu te amo papai. -Disse o abraçando.

-Eu também te amo. - Disse o abraçando de volta.

Fim.


Meu Professor Obsessivo | Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora