Capítulo 12: Os Cinco Elementos

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Não consigo acreditar que estamos de volta à cidade. Quem diria que eu sentiria tanta alegria ao rever todos aqueles humanos? Passamos a noite na casa da Cande. Depois do incidente na mansão Conway, pareceu mais seguro e conveniente. Acordei antes do amanhecer e decidi ir sozinho à mansão. Jessy precisava de algumas roupas, e eu não tinha nenhum suplemento na cidade. Precisava me alimentar com meu estoque refeito. O quarto de Jessy estava revirado, os bruxos claramente tinham procurado algo.

"Talvez seja o que Jessy queria me contar no hotel, mas acabei me esquecendo. Droga, o que será que procuravam? Espero que aqueles malditos não tenham encontrado."

Enquanto guardava as malas no carro, Jessy apareceu de táxi na mansão. Quando me viu, dispensou o taxista, agradecendo com um sorriso que fez meu coração derreter. Mas o encanto se quebrou rápido, e meu coração voltou a congelar quando ela me lançou um olhar fulminante.

- O que faz aqui sem mim? Você não tem jeito mesmo! - parecia que ela me devorava com os olhos, cuspindo as palavras entre os dentes - me deixou sozinha na casa da Cande. Não sabia para onde tinha ido, se havia ido embora, ou sei lá, fugido!

- Disse que te ajudaria a encontrar seu pai, lembra? Precisamos de roupas limpas e eu também preciso me alimentar! - disse calmamente enquanto Jessy me seguia - Seu quarto está uma bagunça! Eles estão procurando por algo, aqui não é seguro. Por isso vim sozinho!

- E o que será que estão procurando em meu quarto? - Jessy ficou pensativa.

- Não sei, mas talvez você queira me contar o que tinha no vídeo. O que Macoy esconde no pendrive? - perguntei recolhendo as chaves no escritório - O que iria me dizer no hotel?

Andávamos próximos à piscina, e Jessy, com aquela fome incontrolável, perguntou:

- Podemos tomar café primeiro? Estou faminta.

- Já pensou em ir ao médico? Acho que você tem verme, garota, e dos grandes!

- Idiota! - ela reclamou, dando um tapa no meu braço. As chaves caíram, e quando me abaixei para pegá-las, Jessy as chutou direto para a piscina.

- Oops! Desculpe, não foi minha intenção.

- Não precisa se desculpar, porque você vai buscá-las...

Jessy gargalhou, negando com a cabeça. Mas eu não desvie o olhar.

- Nem pense nisso! - Jessy parou de rir, petrificada com meu olhar.

- Um, dois, três...

- Caio, você consegue abrir as portas sem chave! Droga - Jessy saiu correndo em direção ao carro.

Para sua surpresa, eu já a esperava, de braços cruzados, encostado no carro.

- Suas últimas palavras? - A peguei no colo. Meu corpo estremeceu ao sentir sua pele quente, e em segundos estávamos diante da piscina.

- Você não se atreveria a...

Jessy não pôde concluir a frase, pois eu a lancei na piscina. Quando voltou à superfície, estava tremendamente brava - e sexy com aquela roupa justa. Arrependi-me por alguns segundos, mas logo os risos tomaram conta. Jessy, furiosa, me lançou água.

- Pegue as chaves, vamos!

- Qual o seu problema? Em um minuto você brinca e no outro é totalmente grosso. Já pensou em passar por um psicólogo?

- Não temos tempo para brincadeiras de criança!

- É assim que me vê? - disse ela, saindo da piscina - Ah, quase me esqueci... fútil também!

Dois Mundos: Sangue e MagiaOnde histórias criam vida. Descubra agora