10- Carta Para O Céu

99 6 2
                                    

Ao aproximar a espada do meu pescoço, a porta se abre transferindo a atenção do garoto para a pessoa que entrará por ela.
Então Cyber vê um homem entrar no armazém cujo tem uma ferida vertical no rosto. Após eu absorve a adrenalina do meu corpo, identifico este como o homem que me entrevistou na sala para saber de Ayla.
-Solte, ele agora! - Diz O homem segurando uma pistola nas mãos.
O garoto levanta a espada.
-Sugiro que saia daqui humano inferior.
-Cyber temos que ir, com certeza ele não é o único - Sugere sua amiga tocando no braço dele.
-Eu consigo matar todos eles.
-Sei e é isso que temo, haverá um massacre, não viemos fazer isso, vamos! - Afirma ela.
O garoto teima mas felizmente sua amiga baixinha consegue convence-lo.
Cyber utiliza a espada para cortar a parede, ela desmorona do lado oposto , assim os dois pressionam os pés sobre o chão para conseguir impulso e voam pró além.
O homem vem em mim direção, retirando a corda que prendia meu corpo ao teto.
-Você está bem? - Pergunta ele preocupado.
-Sim.
-Equipe entrem!
Um batalhão passa pela porta, examinando o local.
-O que aconteceu? - tento disfarça para fingir de desentendido.
-Acho que você já sabe.
Fico um tempo sem falar. Parece que esse homem me conhece muito bem.
Ele chama um Rapaz de colete que aparenta ter uns 20 anos.
-Leve o garoto para nossa sede, cuide bem dele.
Quando ele fala essas palavras, alguma voz vem na minha mente "NÃO CONFIE".
-Se não se importar prefiro ir para minha casa, meu Tio deve estar esperando.
-Você será levantado para a sede, é o único lugar seguro.
Novamente a voz em meu pensamento " NÃO CONFIE".
-Entendo sua preocupação é o seu trabalho mas eu tenho o direito de fazer minhas escolhas - falo isso virando as costas para sair dalí.
-Alguém pediu para que eu cuidasse de você.
-Quem? - volto a olhar para ele.
-Sua mãe.
Como assim ele conhece minha mãe?, ela está viva? ela se lembra de mim?
-Da onde você conhece ela?
-Austin - ele coloca a mão sobre meu ombro, estranho a intimidade - Você não deve se lembrar mas eu sou seu pai.

***

Naquele mesmo dia fui encaminhado para a sede da S.D.T, no carro encobriram minha cabeça para que eu não soubesse a localização.

•••
Hoje já faz uma semana que estou aqui e ainda não andei por todos os lugares e alem disso as pessoas me tratam bem, não sei se é por causa do meu pai ou do meu jeito extrovertido.

•••
Já faz um mês que não vejo Ayla ou qualquer que seja o ser sobrenatural e amanhã começo o treino para aprender a lutar, essa idéia foi do meu pai, ele disse que vou ser um soldado.

•••
Depois de longos seis meses o meu treino está prestes a acabar, mas sinto um vazio que nenhuma luta pode encher, porém alguém pode, Ayla sinto tanto sua falta.
Contudo paro de pensar nela para não me torturar e como meu treino acabou cedo, aproveito para tomar um banho.
Vou rápido para o corredor que intercede o banheiro e nesse corredor passa Lydia, uma garota que conheci a pouco tempo no laboratório de genética, ela é muito inteligente supera muitos aqui.
-Oi Austin - Fala ela sorrindo para mim enquanto eu corro.
-Olá Lydia.
Ao chegar na porta do banheiro passo meu dispositivo que parece com um relógio no painel do lado da porta.
Em seguida a porta abre, entro já indo procurar o chuveiro do canto esquerdo, pois é o mais frio, ele sempre relaxa meu corpo depois do treino e a porta se fecha antes que eu entre debaixo do chuveiro.

Do banho fui para meu quarto, fiquei deitado na minha cama pensado em Ayla e aonde ela estaria.
No entanto tive um idéia peguei um papel e uma carta a qual eu utilizará para mandar mensagens ao meu Tio.
Fui para o laboratório a procura da Doutora Letícia. Achei ela testando uma espécie de teleporte que só conseguia teleporta coisas pequenas.
-Doutora - Falo num tom baixo para que ninguém saiba.
-Fala Austin.
-Preciso de sua ajuda.
-Para?
Olho dos lado para me certificar que ninguém Ouça.
-Preciso mandar uma carta para o céu.

I Love AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora