4- Cuecas

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Vincent olha para dentro do quarto muito assustado, imagino que já deve estar ciente.
-Tio eu posso explicar
-Como garoto parece que um furacão passo nesse lugar
-O quê ?
Corro para dentro do quarto, há roupas jogadas, livros, cadernos tudo fora do lugar.
-Então explique ?
-É... Foi um furacão
Ele faz uma cara de cansado das minhas brincadeiras, não retruca e sair do meu alcance.
Ao mesmo momento fecho a porta do quarto, procuro debaixo da cama, no armário em todos os lugares mas não acho.
-Será... Que estou louco ?
-Posso garantir que não
A voz suave vem do lado de fora da janela que está aberta, corro para a janela, a face do anjo fica de frente com a minha, dou um sorriso como gesto simpático e recuo para ela entrar.
-Mas que merda você fez aqui ?
Ela olha pra mim com muita raiva, seres puros como ela não dever gostar de palavras severas.
-Eu só Fiquei curiosa com suas coisas e quando fui ver já tinha andado e tocado em tudo e deixei largado
-Até as cuecas ?
-Bem...
Novamente suas bochechas colorem, ela dobra as asas e começa a recolher as coisas no chão, eu a ajudo.
Terminado de ajuntar as bagunças, faço minha cama, viro para pegar um travesseiro no compartimento superior do armário.
Indo colocar os travesseiros na cama, Ela já está deitada e cochilar toda estendida no colchão
-Ta de brincadeira
Falo um tanto rindo, coloco os travesseiros no chão, deitado minha cabeça sobre eles fecho meus olhos.
-Você acha que a humanidade tem chance ?
-Pensei que estava dormindo
-Estava fingindo, não to afim de dormi no chão
A atitude marcante nela é a sinceridade, a que gosto mais.
-Chance ?
-Chance de ser boa
-Não acredito nisso, mas sei que muitos tentam e poucos conseguem
Depois disso a conversa encerra, somente se ouve o vento do lado de fora.

I Love AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora