Epílogo

75 5 0
                                    

Voltei pra casa sem fôlego e ainda cheia de hematomas, e ensanguentada, pousei na esquina do meu condomínio e fui mancando até lá, entrei chamando atenção de todos no saguão e bati na porta de casa torcendo para que as meninas abrissem rápido.
Mas quem abriu foi Felipe, que já estava estava com cara de poucos amigos e piorou ao ver o meu estado, eu só queria me trancar no quarto, mas ele me abordava e fazia mil perguntas, enquanto eu tentava deixa-lo o mais longe de mim possível, já que meus ferimentos estavam se curando o que o deixaria assustado.
Já previa uma DR rolando sobre o que eu estava fazendo, porque estou sempre com compromissos estranhos, pq tenho tantos segredos e pq estava chegando em casa assim sem nem conseguir formular uma explicação...
Ele não me dava tempo para pensar em resposta nenhuma, e ainda ficava tentando me puxar para me levar a um hospital. Embora me doesse o coração, o empurrei e gritei com ele o mandando ir embora, corri quase chorando e me tranquei no quarto enquanto meu corpo ficava totalmente curado.
As meninas estavam lá, totalmente caladas e quietas cada uma em sua cama e viram todos os machucados do meu corpo e rosto desaparecerem num passar de mágica.
Ouvi o grito de Felipe dizendo que não aguentava mais tudo isso e o som dele batendo a porta com raiva. Sentei no chão ainda apoiada na porta e respirei fundo. Porque toda vez que resolvo um problema, outro aparece??

- Como foi??- Lucy perguntou depois de uns minutos de silêncio.
- Eu tô viva, meus amkgos também, matamos pouca gente e muitos caras maus estão agora sendo interrogados pelo FBI.
- Então parece que foi um sucesso- Lucy falou.
- Parece que sim.
- Ele vai te perdoar se você contar a verdade- Nat falou.
- E você quer que ele me perdoe por acaso??
- Quero- Ela disse engolindo em seco todo o orgulho- E ele vai perdoar.
- Por mentir para ele, ignora-lo, deixa-lo em segundo plano, e fi gir que sou uma pessoa normal e não um experimento de um médico louco em um hospital de meia tigela onde minha mãe biologica me teve e me abandonou, sei não.
- Claro que vai- Nat confirmou.
- Peraí, por você ser o que??- Lucy interrompeu.
- Isso aí que você ouviu. Não sou alien, não nasci uma mutante, nem tomei uma droga que alterou meu dna. Sou uma experiencia de um cara que seguiu a receita de outro cara em um hospital qualquer.
- Chris, se você quiser conversar sobre isso depois, vamos estar a sua disposição, mas agora, você realmente precisa de um banho e jogar essas roupas fora, porque eu não quero o quarto empestiado com cheiro de sangue.
- O que é isso- falei levantando- Vem aqui me dar um abraço Nat.

Disse indo na direção dela, que correu rindo, um segundo depois Lucy já tinha entrado na zueira e quando vimos já estavamos as três abraçadas e pedindo desculpa pelos últimos dias.
Tomei um banho. Coloquei um roupa decente e sai de casa. E fui para o lugar que eu devia ir.
Quando bati na porta de casa, meus pais me atenderam surpresos, fazia mil anos que não os via, e estava com saudade demais para suportar mais tempo.
Fiquei duas horas lá mais ou menos e fui para a casa de Lipe. A mãe dele atendeu, e me deixou entrar.
Bati na porta do quarto dele pedindo para entrar, mas ele simplesmente ignorou, então abri mesmo assim.
Ele estava deitado na cama mexendo no celular de pijama, mesmo não sendo nem seis horas da noite ainda. Quando se virou para mim, o queixo caiu.

- Como você... Como desapa... O que aconteceu com seus ferimentos de sei lá o que??
- Amor, eu sinto muito mesmo pelo que tem acontecido esses últimos tempos- Eu disse sentando na cama, ao lado dele.
- Como??- Ele respondeu ainda boquiaberto, tocando no meu rosto onde antes estava um corte.

Abaixei a mão dele e fiquei a segurando.

- Eu tenho algumas coisas para te contar...

#----#----#----#-----#-----#-----#------#----#

1 semana depois:

-Eu já vou- Lipe disse pela décima vez aquela noite.
- Vai ué, tô te segurando??- respondi rindo.
- Não fisicamente- ele respondeu, me dando um beijo- Tirando que você pode estar controlando a minha mente, como eu vou saber??
- Você não vai- Respondi fazendo minha cara de mistério.

Ele riu, levantou e pegou o casaco. Levantei também para leva-lo até a porta.

- Se eu tivesse contralando a sua mente, você não iria embora agora- Eu disse, dando um beijo de despedia.

Depois que voltei para o quarto, me joguei na cama, as meninas tinham ido para uma festa com seus namorados, só eu e Lipe tinhamos preferido ficar em casa. Peguei meu celular e fui ver as mensagens não lidas. Uma coisa que me surpreendeu foi a quantidade de mensagens do grupo que tinha feito com Suzie, andrew (que depois da esperiência de quase morte, finalmente tiveram coragem de se pegar logo, o pedido de namoro de Drew foi a coisa mais fofa ♡), Chandler e os treinadores. O grupo estava morto a quase uma semana.
Para resumir eram umas 150 mensagens deles falando como tinham saudades de estar trabalhando em algo maior, os treinadores reclamando de como estava chato voltar a trabalhar normalmente na agencia, e os meninos que estavam com nostalgia até dos treinos, de tris gritando com a gente e ficarmos acabando um com a cara um do outro, e que deveriamos nos reunir um dia desses para acabar com alguns bad guys.
Quando terminei de ler, vinheram umas novas mensagens.

"Tris: Um dia desses?? Que tal vários dias desses?? Que tal sempre??"
"Chandler: Pois é, né, afinal sempre vai ter gente má precisando de uma lição."
"Andrew: Então meio que seria um bem para a humanidade a gente se dispor a ser aqueles que dão uma lição, kkkk"
"Capitão: Falando sério, quem topa??"
"Henry: Eu"
"Suzie: Eu"
"Tris: Eu"
"Andrew: Eu"
"Chandler: Vocês não iriam conseguir sem mim."
"Andrew: Chris, dá para ver que você tá lendo tudo, diz aí, tá dentro??"
"Porque não "

Bulletproof GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora