4 Amigas e os Passos de Cinderela

Capítulo 19: O Reencontrar de si mesmo

Capítulo 19: O Reencontrar de si mesmo 

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"Como saber quanto é demais? Demais, cedo demais. Informação demais. Diversão demais. Amor demais, ou demais pra se pedir de alguém? Quanto é demais de tudo pra que consigamos suportar?" (Grey's Anatomy BR)

        De fato finalizamos nossa conversa ali, um silêncio absoluto reinou entre nós e o Noop parecia procurar algo em mim, algo que não sabia bem o que era exatamente. Eu fingi que não percebi seus olhares indagadores, nem suas rugas de preocupação estampadas no rosto, o Noop era uma boa pessoa, mas com certeza de todos os meus novos amigos ele era uma das últimas opções para quem eu iria me abrir. 

         Por fim chegamos ao nosso destino, Deodora a mãe da Gabi nos atendeu com uma das melhores e mais gentis recepções, ela como sempre estava elegante em um vestido vermelho justo ao corpo, um Chanel é claro. O bom gosto e a elegância sempre foram as marcas de Deodora Coutinho. Em seguida a Gabi veio nos recepcionar com o seu grande e largo sorriso no rosto.

— Oi gente, que bom que vieram. Achei que tinham desistido. —  Ela abraçou a mim e ao Noop um de cada vez, um abraço afetuoso e gentil.

— Acabei me atrasando e atrasei a Lo também. — Com um sorriso fechado e simples o Noop respondeu.

— Ah, sem problemas. Todos já chegaram, só faltavam vocês. Entrem! — Demos juntos uns passos largos seguindo a Gabriela e a sua mãe, a sala era bem próxima da porta de entrada da casa e logo vimos nossos amigos. Juro que fiquei um pouco surpresa ao ver a Cinderela e o Phelipe disputando no Guitar Hero, achei que iríamos ver filme.

— Fiquem a vontade crianças! — Disse a Deodora.

— Mãe já disse que ninguém aqui é criança. — Revirando os olhos a Gabi reclamou.

— Pra mim vocês sempre serão umas crianças. — Ela deu um beijinho no rosto do Phelipe que estava super concentrado em seu jogo e em sua guitarra. Ele apenas sorriu, enquanto Deodora lançou uma piscadela e disse: — Ganhei um novo filho, estou tão feliz! Sempre quis ter um menino sabe¹ —  Ninguém poupou a Gabriela das risadas, é claro que ela estava pagando um miquinho básico.

— Que bom mãezinha, agora vai ver os aperitivos porque essas crianças aqui vivem com fome. — A Gabriela começou a empurrar sua mãe para um corredor, enquanto eu e Noop nos confraternizávamos com nossos friends. 

         Sentei-me no sofá ao lado do Bruno, o qual estava com um copo de coca bem gelado na mão. Ele puxou meu cabelo e disse com um sorriso de canto de boca: — Preciso falar com você. — Olhei para ele que expressava um olhar oculto e cheio de segredos.  

— Pode falar.

— Tem que ser em particular. — Ele coçou o nariz.

— Tudo bem.

— Posso te deixar em casa?

— Sem problemas, mas e a Mari?

— O Noop vai deixar ela em casa.

— Hm. Como sabe disso?

— A irmã dele está saindo com o irmão da Mariana, e digamos que ele esteja um pouco enciumado com essa situação, ele não irá se importar de deixar a Mari em casa.

— Ata. Interessante. — Dei um sorriso de leve.

— E vocês estão bem? — Perguntei despreocupada.