4 Amigas e os Passos de Cinderela

Capítulo 6: Nada acontece ao acaso

Capítulo 6: Nada acontece ao acaso

Noop

        Confesso que queria esganar a Cinderela quando ela puxou meu cabelo, não tinha necessidade daquilo. Eu não estava a ignorando, simplesmente precisava conversar com a Mariana, ela tem sido muito minha amiga nos últimos tempos, e eu não queria que ela ficasse de vela entre a gente. O Bruno já estava de olho nela há muito tempo, mas nunca teve coragem de chegar e falar com ela do nada, principalmente porque ela está sempre rodeada de amigos, então eu e Phelipe decidimos dar uma forcinha, por isso fiquei muito tempo conversando com ela, queria saber como ela estava, seus sentimentos, suas duvidas, enfim sem querer acabei deixando a Cinderela de fora disso, e acho que ela ficou meio chateada, por isso teve uma atitude tão estressante. Na hora eu fiquei com muita raiva, porém quando fiquei observando as atitudes dela, percebi que por mais que ela seja estressada e arrogante, ela foi humilde e reconheceu o erro dela. Ela com certeza é a minha complicada e perfeitinha. Durante o filme senti vontade de beijá-la todo o tempo, mas era meio constrangedor, principalmente porque havia dado um fora nela. Então decidi acompanhá-la até em casa, não era previsto entrar na casa dela, entretanto aconteceu.

        Quando ao acaso eu entrei em sua casa, ela fez sinal de silêncio ao entrar e eu simplesmente me senti como um adolescente que estava pulando muro da casa de um estranho na calada da noite, aquela sensação agonizante de frio na barriga. A casa dela era gigante, eu com certeza ficaria perdido se tentasse entrar lá sozinho. Ela subiu dois lances de escadas e depois de um corredor longo, delicado e totalmente refinado do luxo burguês, enfim chegamos  ao final dele e entramos em uma porta  grande de madeira escura e então lá era o quarto da realeza. A casa dela era bem luxuosa, mas seu quarto nem tanto, tinha coisas caras, mas não era nada patricinha. Era bem grande, porém nada fora do normal, principalmente pro padrão de vida dela. Ela entrou e trancou a porta do quarto com a chave, tirou o casaquinho e sentou-se na cama, olhou pra mim que estava em pé observando tudo e disse: — Gostou?   — Eu dei um sorriso grande  e sem jeito.

— Confortável, nada patricinha. Você é a menina ideal.— Ela deu risadas e me puxou para a cama, eu sentei-me ao lado dela,.A cama dela era enorme, do tamanho para um casal GG. aquela cama king muito conhecida. Ela deu um meio sorriso e eu fiquei sem graça, aquela sensação de friozinho na barriga não cessava.

— Não tenha vergonha, esse é só o meu quarto.—  Ela disse passando a mão em meu cabelo, com um gesto carinhoso.Então deitei-me na cama e disfarcei minha vergonha. 

— Ótimo, tire meus sapatos por favor.— Ela jogou uma almofada na minha cara e riu, como ela era delicada!

—  Se manca mané! — Ela ligou a televisão para mim e foi em direção ao closet dela.

— O que vai fazer? — Questionei intrigado.

— Trocar de roupa, já volto! — Eu ri.

— Não precisa ficar com vergonha, esse é seu quarto, pode se trocar aqui.— Ela riu ironicamente. — Obrigada por me lembrar disso, então caia fora para eu me trocar!— Eu ri.

— Prometo ficar de olhos fechados! 

Ela saiu correndo do closet, estava de pijama, nada sensual como aqueles cheios de rendas que as mulheres usam para seduzir os homens, e sim a sedução funciona. Porém, era uma calça e uma blusa, um pouco largos em seu corpo, o estilo de roupa confortável para se dormir, era rosa com coelhinhos brancos. Ela pulou na cama e eu não contive a implicância.

— Nossa! Como está sexy! — Ela deu uma risada irônica.

— Hahaha! Muito engraçado! — Então eu tirei meu tênis e deitei-me confortavelmente na cama, ela se deitou ao meu lado.