Capítulo 7: Nunca crescer

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Capítulo 7: Nunca crescer

Cinderela

                Depois de todo o desespero do Phelipe com a chegada da prima dele, eu realmente fiquei preocupada e nem consegui entender o que ela influenciava na vida do Lucas para o Phelipe ficar tão esquisito. Ela parecia meio falsa, talvez seja só minha primeira impressão, mas não gostei muito dela. Sei exatamente qual era o tipo de sorriso que ela deu para o Bruno quando ele chegou, cheia de interesse, bem safada.

                Quando saímos do colégio o Noop me deixou em casa, tivemos uma briguinha idiota porque eu acho essa coisa de namoro meio desnecessária. Eu gosto dele, estou com ele e acho que isso não precisa de status,  obviamente ele discordou e disse que é necessário que todos saibam que somos namorados, enfim aí vamos nós!

                 Passei o dia no meu quarto lendo O morro dos ventos uivantes, eu tenho adorado essa leitura, e sinceramente é um dos meus hobbys prediletos, além de andar de skate, surfar e cantar no chuveiro. Quando a noite chegou, eu tomei um banho e sentei-me em minha escrivaninha que ficava bem ao lado da única e maravilhosa janela do meu quarto, liguei meu notebook e me cadastrei no facebook! Acredite, eu não usava as redes sociais, até que a Mariana me convenceu de que ela tinha as suas utilidades e não era apenas um local de futilidades e fofocas. Assim que me cadastrei, procurei meu mais novo grupo de deslocados, e encontrei o facebook do Noop, claro. Ele tinha mais de mil amigos e muitas seguidoras, além de usar twitter e instagram. Eu não agüentei de tanto rir das fotos em que ele parecia um idiota com a irmã na viagem para Orlando, e para me deixar levemente com raiva, havia uma postagem da Karol no perfil dele. Tinham apenas dois dias aquela postagem e dizia coisas sobre como ela nunca iria esquecer dele e de como eles sempre seriam ligados um no outro pelo amor. Patético! Subiu algo quente pela minha garganta, queria cuspir fogo nela. Aquela garota realmente achava que iria reconquistar um homem assim? Burra, homens são caçadores que odeiam serem caçados!

                Quando eram mais ou menos oito horas da noite, uma de minhas empregadas bateu em minha porta e disse que eu tinha uma visita, desci pra ver quem me incomodava, muito surpresa encontrei a Gabriela em minha porta com um grande sorriso.

—  Oi Cind!— Eu fiquei ainda no pé no da escada.

—  Olá! Vamos pro meu quarto! — Fiz um gesto com a mão chamando-a e ela subiu as escadas com pressa.

Entramos no meu quarto e a Gabi deitou em minha cama, enquanto eu voltei a olhar meu feed de notícias, em minha escrivaninha.

—  Conte-me tudo sobre você e Phelipe! Quero saber o que conversaram lá no Shopping!— Ela riu um pouco envergonhada, sentou na cama, suas bochechas já estavam levemente vermelhas.

—  Ele veio me pedir desculpas por ter se afastado um pouco. Digamos que ele voltou a ser o mesmo Lipe de sempre! —  Sorri de  lado e deu uma olhada no face, percebi que o Noop já havia me aceitado como sua amiga.

—  Você não está contando tudo.— Falei depois de um breve silêncio entre nós duas. Ela pegou uma almofada e a abraçou bem forte, em seguida pronunciou as palavras tão rápidas que não sabia se eu tinha escutado direito.

—  Ele me beijou! — Em seguida afundou a cabeça na almofada abafando um grito. Eu pulei na cama morrendo de rir e levantei seu rosto.

—  Como assim? Conta sua vaca! —  Ela levantou a cabeça e seu rosto estava completamente vermelho, e então ela começou a falar lentamente. Odeio esse suspense.

— Bom, no dia do shopping a gente conversou muito, ele disse que gostava muito de mim, mas não disse se era como amiga apenas. Então, ele me contou várias coisas sobre a infância dele, e como ele sentia falta da avó materna e também sobre o quanto ele e a irmã são muito grudados e tal.

4 Amigas e os Passos de CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora