Sei que não era como se fosse
Ficava tudo por conta do doce
Rompiam-se as fronteiras com o passado
Pude senti-los ao meu lado.
Quem abriu a porta foi Engels
Segurando, na mão, colher
Estava fazendo o almoço na cozinha
Com seu avental de mulher.
Marx, sentado na sala,
Escrevia o Manifesto
Uma ideia fugida, tentava sacá-la
E Engels dizia: "eu te contesto".
Marx usou sua voz rouca
Pra mandar Engels calar a boca
Engels saiu correndo até o banheiro
Rebolando como uma dama de p.u.t.e.i.r.o.
O Gesto daquela menina safada
Foi interpretado por Karl Marx
Que correu pela escada
Dizendo que precisava passar um fax.
Trancaram-se no lavabo
E eu ouvi os gemidos
Engels gritava: "Põe no rabo!"
E Marx atendia o seu pedido.
Marx dizia que eu nem nasci
E não devia estar ali
Mas eu... eu vi Marx comendo Engels.
Tanta coisa me comove
Aqui no século dezenove
Mas pro presente eu voltei
Fui intrometido, isso eu sei.
Marx dizia que eu nem nasci
E não devia estar ali
Mas eu... eu vi Marx comendo Engels.
Mingau Ácido (Marcelo Garbine)Você pode ler mais em: mingauacido.com.br
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Letras & Músicas
PoetryLivro Interativo. Seleção de letras de música e poesias de Marcelo Garbine. Este trabalho contém letras e músicas que podem ser ouvidas e também a sincronização de poemas, imagens e músicas em vídeos que podem ser assistidos. Os áudios e os vídeos d...