11 - Os Leões da Savana Olimpo

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No limiar, onde acabam ruas

Começa o mar das imagens suas

Depois dos postes e dos muros

Há dois dos bosques mais escuros.




O primeiro, repleto de vagas lembranças

Prisioneiro tão certo das intemperanças

Hábito cultivado, querer por querer

Hábil, estar prostrado, eu, junto a você.




O segundo, mais adiante

Mais profundo, agoniante

Você mais viva, efígie forte

Sua saliva, gosto de morte.




Brenha sombria, leões que rugem

Venha macia, monções na nuvem

Pairando em cima, é poma, mamar

Bufando a lima, aroma pomar.




Tomo seu suco com gosto de leite

Bebo do muco, encosto, deleite

Mandíbula aberta, o líquido orgânico

A fíbula aperta, jorrar oceânico.




Seu DNA pra dentro de mim

Delinear do centro ao fim

O fluido que engulo, que sorvo, que trago

Descuido, ejaculo, escorvo, apago.




Floresta, eu deixo. Felídeos, abandono

Sem festa, me queixo. Sem lítio e com sono

Urbano me faço. Alamedas, eu trilho

Insano, escasso, em veredas sem brilho.




Epílogo:




Espanto, não logrei o "desenrosque"

Quando me embrenhei no bosque

Para ter com os Leões-Reis.




A permissão para, somente desta vez,

Poder reger as próprias leis

Pra que nós dois fôssemos três.


Marcelo Garbine

Você pode ler mais em: marcelogarbine.com.br

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