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Até que era legal
Marcenaria, prego e pau
Uma miséria no fim do mês
Pra rangar a filha da Inês.
Ele não achava ruim
A vida de marceneiro
Quando os meses chegavam ao fim
Usava bem seu dinheiro.
Zefinha, boa menina
Curtia uma cocaína
E na hora de fazer sexo
Deixava o rapaz perplexo.
Tudo era bom
Era animal
Mas algo faltava
Ele não se controlava
Só aquilo não bastava
Ele queria mais
Além de ser um bom rapaz.
Ele ficou grande
Fez quinze, dezesseis
E nada foi tão bom
Como o fim daquele mês.
Mandou a formiga pro caralho
Fez amizade com a cigarra
Largou o seu trabalho
E comprou uma guitarra.
Era ele e três mendigos
Que ficaram seus amigos
Foi assim que aconteceu
Três mendigos e um plebeu.
Três mendigos e um plebeu
Três mendigos e um plebeu
Foi assim que aconteceu
Três mendigos e um plebeu.
Suas músicas no rádio
Povo enchendo estádio
CD na vitrine
E mulheres de biquíni.
Ele não sabia mais
O que fazer com tanta grana
Além de ser um bom rapaz
Também comia muita chana.
Oh, deus, abençoe deus
A vida dos plebeus
Não se esqueça que um dia
Criou-lhes como filhos seu.
E ninguém sabia mais
O que a história escreveu
Todo mundo só queria
Três mendigos e um plebeu.
Três mendigos e um plebeu
Três mendigos e um plebeu
A história escreveu
Três mendigos e um plebeu.
Mingau Ácido (Marcelo Garbine)Leia mais em: mingauacido.com.br
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Letras & Músicas
PoesiaLivro Interativo. Seleção de letras de música e poesias de Marcelo Garbine. Este trabalho contém letras e músicas que podem ser ouvidas e também a sincronização de poemas, imagens e músicas em vídeos que podem ser assistidos. Os áudios e os vídeos d...