I'm not your heroin

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Point Of View Annelise Williams

Justin continuava me fitando com seu olhar confuso e eu, comecei a pensar se tinha feito a decisão certa. Sabia que havia muito mais que um vício, muito mais que uma dependência em heroína e isso, vinha me deixando a beira da loucura. Me sentei na cadeira novamente, cansada de toda essa humilhação.

- Annelise... - ele murmurou fazendo uma pausa logo após - O que você está fazendo é uma completa perda de tempo...

Eu o olhei reprimindo as forças que queriam me fazer desistir.

- Por que você diz isso? Por que você sempre... - ele me interrompeu

- Annelise, eu não quero ser salvo. Entende, acha que na primeira oportunidade que eu tivesse, não fugiria daqui? Isso é o significado de querer ajuda na sua língua?

- Não é agora, mas garanto que se você aceitar a minha ajuda, as coisas podem ser diferentes. Não quero ser uma heroína na sua vida, só quero que você aceite ser ajudado, ajude a si mesmo a se libertar desse vício. - ele me fitou paralisado e com os olhos um pouco arregalados - Justin?

- O que você disse?

- O que eu disse? - foi a minha vez de o fitar confusa - Justin, você está bem?

Ele balançou a cabeça em um gesto negativo, como se isso fosse o suficiente para afastar seus pensamentos.

Pensamentos esses, que eu estava curiosa para descobrir.

- Esqueça. - ele sussurrou com uma voz cortante.

- Justin, você precisa se abrir comigo, eu sou sua psiquiatra. - ele voltou com seu sorriso sarcástico e eu revirei os olhos.

Ótimo, voltamos a estaca zero.

- Eu sei o que você é doutora, é exatamente isso que torna as coisas ainda mais excitantes. - eu suspirei cansada.

Ele continuava em pé, com seus braços cruzados na altura do peitoral, que parecia ficar mais tentador a cada dia que passava, e sua regata branca reforçava a ideia.

- Justin você sempre confunde nossas sessões, isso aqui não é uma brincadeira. É a sua vida que está em jogo, sua saúde, não só física. Eu preciso saber da sua saúde psicológica... - eu fiz uma pausa - Se bem que você não me parece nada anormal. - ele riu.

- Se você diz que não é brincadeira, como minha vida pode estar em jogo? - Justin se aproximou da minha cadeira e respondendo aos seus atos, as batidas do meu coração começaram a acelerar cada vez mais. - Eu estou louco para avançar e dar o xeque-mate.

- Justin... - o alertei incapaz de levantar dali e manda-lo embora.

Eu era fraca. Principalmente quando ele estava por perto.

- Shh... - ele pediu silêncio - Chegou a minha vez de cuidar, doutora. Prometo que vou ser mais carinhoso e menos mandão do que você. - ele apoiou uma das mãos na cadeira que eu estava sentava sentada. - Nós vamos devagar... - sussurrou próximo a minha boca - Bem devagar... - contive a vontade de fechar os olhos que pareciam cada vez mais pesados.

- E o que você vai fazer? - murmurei um pouco intoxicada pelo seu cheiro e hálito ricocheteando em meu rosto.

- Primeiro eu vou tocar aqui... - seus dedos dedilharam meu lábio inferior - Ugh, doutora você sabe o quão macios eles são? Eu imploro para sentir o gosto deles novamente. - ele foi dando leves apertões e beliscões nos meus lábios cada vez mais dormentes. - Depois eu vou sentir seu cheiro... - Justin se inclinou afastando meus cabelos loiros para um só lado e percorrendo meu pescoço e nuca com seu nariz - Deliciosa... - murmurou com os lábios naquele local tão erógeno. Senti seus dentes cravarem na minha pele levemente, meus lábios soltaram um gemido de aprovação, contra a minha vontade.

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