Don't

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Despertei com os murmúrios de Justin.

— Acorda doutora. – senti suas carícias em meus ombros desnudos e eu me espreguicei ainda sem abrir os olhos. — Você quer que alguém nos pegue aqui? Sabe que eu não tenho nenhum problema com isso...

Sentei na cama irritada, me cobrindo com o lençol.

Meu Deus, o que eu fiz?! Devo estar parecendo uma qualquer agora.

É isso que você quer Annelise? Ser tratada como uma vadia?

Meu subconsciente gritou em reprovação, aumentando a minha culpa.

— Nós não podíamos ter feito isso. – falei levantando da cama e procurando minhas roupas.

— Drama agora cedo não, por favor. — Justin falou calmamente enquanto tragava seu cigarro, totalmente despreocupado.

— Drama?! Drama?! – gritei aborrecida — Você tem noção do que aconteceu? Nós...

— ...transamos. E daí? Eu queria, você queria. Só adiantamos o inevitável, uma hora ia acontecer.

— Você não entende. – falei vestindo minha lingerie sob seu olhar.

— É Annelise, eu não entendo... Porque ontem você estava toda safada para o meu lado e agora, quer bancar a Virgem Maria. – eu abri a boca inconformada.

— Eu não acredito que você falou isso seu idiota. Eu sou a sua psiquiatra. – ele me olhou com tédio.

— E aquele lance de que você não iria ser mais uma médica? Íamos ser pessoas normais, jogando conversa fora... Esqueceu doutora? Eu tenho uma boa memória, uma ótima na verdade. — eu desviei de seu olhar, vestindo meu jeans.

— Isso só é válido na minha sala. – murmurei.

— Ótimo, da próxima vez, transamos nela.

Grunhi irritada indo até ele, distribuindo socos por todo seu peitoral.

— Você é um idiota, ninfomaníaco... – gritei exasperada — Idiota, Justin Bieber! Qual é o seu problema? Eu falo tudo isso para no final você dizer que vamos transar de novo? Novidade para você Bieber, eu não cometo o mesmo erro duas vezes, então é melhor você calar a boca e... — ele ria e eu parei de me debater — Por que você está rindo? Parece engraçado para você saber que posso perder meu emprego? Era isso que queria não é? – antes que eu pudesse perceber, ele me puxou para a cama novamente, ficando sobre mim.

— Você é bem mais bonita quando está me beijando, sabia? – ele esbarrou nossos lábios enquanto sussurrava e eu, lutava contra o meu corpo para não fechar os olhos. — Na verdade, você poderia fazer isso agora.

— Justin... Você não dá a mínima para o que eu falo, não é? – suspirei sentindo seus beijos pelo meu pescoço.

— Você pensa tão pouco de mim, doutora... – ele mordiscou minha pele e eu reprimi um gemido.

— Por que diz isso?

— Porque você é uma das únicas pessoas que eu escuto.

Meu estômago revirou com a revelação. Ele me ouvia? Realmente? Então já era um grande passo. E foi isso que me fez empurra-lo.

— Qual foi Annelise?

— Transar não vai ajudar em muita coisa agora. – me levantei da cama e procurei por minha blusa.

— Ia me deixar satisfeito. — ele sorriu sarcástico e eu o olhei irritada.

— Ah, então é isso que eu sou? Uma vadia que você usa para te deixar satisfeito? Eu esperava mais até de você. Outra novidade, eu não sou uma Rachel da vida.

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