Heroin

You got options

"Se é errado amar você, então meu coração não vai deixar agir certo."

Point Of View Justin Bieber

Assim que Rachel terminou de me dar as sobras da comida, se afastou esfregando as mãos em seus braços.

— Como está aguentando esse frio? Justin, eles estão querendo matar você.

Bufei.

— Como se eu não soubesse disso... – murmurei contra gosto e ela sentou em meu colo com cuidado para não me machucar.

Desviei o olhar e a alertei.

— Rachel...

— Eu só vou abraçar você. – sussurrou esperando alguma reação minha.

Virei o rosto incomodado.

— Rachel, eu acho melhor você ir. Não quero que alguém veja você aqui.

Ela riu.

— Annelise não vai aparecer aqui, Justin.

A olhei irritado.

— Não estou falando da Annelise.

— É claro que está. – disse revirando os olhos — Você fica estressadinho só de ouvir o nome dela. Mas olha só, a doutora Williams não está aqui. – desviei meu olhar e ela segurou meu rosto entre as suas mãos me forçando a encara-la — Eu estou.

Bufei, fechando os olhos e contando mentalmente para me acalmar.

— Rachel, é melhor você ir... – repeti — Não quero fazer algo que me arrependa depois.

— Justin, você está algemado. – disse rindo da minha ameaça.

— Você ficaria surpresa com o que ainda posso fazer. – grunhi.

— Eu gostava quando me dava uma surra. – sua provocação me atiçou, mas controlei meus instintos.

Eu estou com Annelise e quando ela não estiver junto a mim, sou obrigado a pensar com a cabeça de cima.

Respirei fundo.

— Essa surra não vai ter nada haver com prazer.

Balancei a cabeça rudemente a fazendo soltar meu rosto.

Ela me olhou surpreendida.

— Você mudou. – murmurou sem me olhar e levantou do meu colo com ainda mais cuidado. — Não vai me agradecer pelos curativos?

Acenei com a cabeça em um agradecimento frio.

— Alguém vai saber que estiveram aqui. Os curativos e o quarto limpo...

Ela havia limpado o vômito espalhado pelo chão e jogado o veneno para ratos, no lixo.

— Foda-se. Ninguém vem na solitária. Não é a primeira vez que venho para esse inferno. – murmurei contragosto.

— Como você consegue agir tão normal?

Bufei.

— Eu lido com a loucura há anos. Já tive mil e um motivos para me matar...

Eu tenho que me manter vivo aqui, porque nunca daria o gosto da minha morte a James.

Ela me interrompeu.

— Prometo que trago comida e venho sempre limpar os ferimentos todos os dias que estiver aqui.

Assenti. Não queria colocar o emprego de Rachel em jogo, mas pela primeira vez eu estava precisando de alguém.