Because of you

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"Ela me deixou preso entre minha fantasia e o que é real
Eu preciso disso quando quero, quero quando não preciso
Digo para mim que pararei todo dia, sabendo que não vou"

Point Of View Annelise Williams

Estudei suas reações, enquanto minha respiração estava ofegante.

— Talvez eu não queira ficar.

— Deveria.

— E por quê? — questionei o desafiando e ele desviou o olhar mordendo os lábios.

— Porque talvez eu goste da sua atenção... – murmurou e eu me aproximei suspirando.

— Você tem o poder de me confundir.

— E você tem o poder de me deixar louco. – ele fechou os olhos como se estivesse perdido nos seus melhores pensamentos — De me deixar excitado, querendo mais e mais. – sua mão foi em direção ao seu membro, o apertando.

Eu ofeguei mais uma vez, em voz alta o fazendo soltar um riso anasalado, mordendo os lábios.

— Eu vejo você nua e completamente submissa em meus sonhos, te tomando em meus braços, te preenchendo... — ele respirou fundo, gemendo logo após.

— J-Justin... – gaguejei, tentando paralisar meus músculos, para que evitasse o meu desejo de estar na mesma cama que ele.

— Annelise...

Mordi os lábios desviando o olhar e reprimindo a vontade de chorar, que não sabia de onde havia saído.

— Eu não aguento mais Justin, não aguento seus joguinhos. – murmurei lhe dando as costas.

— E se eu disser que não estou de brincadeira? Que você foi a única mulher com quem eu passei o maior tempo depois de uma noite? – encarei seus olhos repletos de promessas.

— O problema é que eu não quero ser como todas as mulheres que passaram pela sua cama!

— Eu acabei de falar que você foi a única... – o interrompi.

— Você fala isso agora... – senti as lágrimas delinearem o contornos do meu rosto. — Hoje cedo disse que eu era apenas uma transa fácil. Eu não quero palavras jogadas assim ao vento, porque não quero passar o resto da minha vida me arrependendo.

Olhei para o meu paciente uma última vez e saí do quarto, deixando um Justin frustrado para trás.

Point Of View Justin Bieber

Continuava encarando a porta, aquela que Annelise havia acabado de sair. A frustração eminava em meu corpo, me deixando irritado. Primeiro tentam me matar, depois Patrícia vem me atormentar, trazendo meus pesadelos à tona. E agora, Annelise vem com declarações e cobrando sentimentos que não poderiam sequer existir, na verdade, eles não existem.

— Você ainda vai me dizer louco, doutora. – suspirei colocando as mãos no rosto e esfregando meus olhos. — Mas não se eu não puder te enlouquecer antes.

Fechei meus olhos bufando e juntei minhas mãos na altura do nariz, como se estivesse rezando, fazendo uma súplica. Bom, talvez eu estava. Implorando para Ele, que adiantasse minha salvação, talvez estivesse suplicando para a pessoa errada, pois Deus nunca me daria a sorte de me livrar do vício.

Vício de heroína, vício de Annelise.

Eu tinha que admitir que sou um dependente. Dependente do seu cheiro, do seu corpo, do seu gosto, da sua boca que saía coisas tão inteligentes, mas ao mesmo tempo que me irritavam tanto. Sua pele quente e macia, que arrepiava-se com tanta facilidade com o meu toque. Sua nuca deliciosa e com um aroma único, sedutor e angelical.

HeroinOnde histórias criam vida. Descubra agora