Same drama, different day

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"Eu deveria deixar você ir, diga-me coisas que eu preciso ouvir. Parece que eu me afogo em cada palavra sua e cada respiração que há no meio. De alguma maneira você me deixa onde realmente dói e isso está matando cada parte de mim."

Point Of View Annelise Williams

Comprimi os lábios, pensativa, enquanto sentia os dedos longos de Justin percorrem as minhas costas em uma carícia preguiçosa. Subi meus olhos para encara-lo. Seu rosto estava machucado e mais magro, seus lábios estavam entreabertos e um pouco inchados pelo corte no canto da sua boca.

Seu olho ainda estava muito lesionado e mesmo que fosse contra a minha vontade, agradeci a Rachel mentalmente por ter cuidado de seus ferimentos.

Esmaguei meus lábios com o polegar. Não conseguiria mais ficar longe desse homem. Nós temos mais do que uma simples atração sexual um pelo outro. Preciso ter suas mãos em mim o tempo inteiro. Só em me concentrar em seus dedos em minha pele, já consigo querer seu corpo sobre o meu novamente.

— Annelise, será que você pode parar de gemer? Eu estou tentando dormir.

Me assustei com seu murmúrio e sentei na cama, enquanto ele sorria com os olhos fechados.

— Eu não estava gemendo, seu bruto.

Ele abriu os olhos e me encarou com a sua típica expressão sonolenta. Seus olhos eram um pouco caídos e eu sabia que isso tinha acontecido por conta das drogas.

— Você estava quase sentando em mim. – seu tom pretensioso me fez revirar os olhos.

— Você está muito sonhador ultimamente, bebê. – frisei seu apelido e lhe virei as costas, ficando de joelhos no colchão para pegar meu sutiã na ponta da cama.

Mal deu tempo de sentir uma tapa forte na no traseiro e eu já estava com o rosto no colchão. Ouvi a gargalhada de Jay e levantei irritada.

— O que você tem hoje?

Ele parou de rir e deu de ombros, sorrindo maliciosamente.

— Vontade de foder.

Bufei.

— O que eu poderia esperar de você? – peguei meu sutiã e tentei vesti-lo, mas Justin me puxou para o seu corpo, jogando a peça no chão.

— Você sabe o quê...

Mordi o lábio tentando reprimir o sorriso.

— Não gosto quando esconde o meu sorriso favorito. – murmurou e puxou meu lábio com o polegar, o livrando de meus dentes.

— Como você consegue ser um ogro e logo depois ser gentil?

— Anos de prática me fizeram experiente.

Revirei os olhos.

Levantei do seu colo e apanhei minha lingerie, a vestindo rapidamente antes que ele me impedisse.

— O que está fazendo? – perguntou e eu o olhei confusa.

— Indo embora? – perguntei como se fosse óbvio.

— Não mandei você se vestir, Annelise.

Eu ri, achando aquilo divertido.

— Desculpe, papai. Esqueci que preciso da sua autorização para vestir roupas. – me aproximei — Mas acho que não gostaria que eu saísse nua por aí. – dei leves tapinhas em seu rosto e ele grunhiu, agarrando a minha mão.

— Estamos voltando aos velhos tempos? Provocando um ao outro mesmo sabendo onde tudo isso vai acabar.

— Eu sei onde vamos terminar. Você na sua cama e eu na minha. – pisquei meus cílios repentinas vezes e selei nossos lábios em um beijo rápido, livrando a minha mão do seu aperto.

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