The survival » h.s

XLII

POV Harry

Raios de sol entravam pelo meu quarto quando eu acordei, na verdade não foi por causa dos raios de sol mas sim pelas dores que eu tinha. Foi complicado dormir, passei quase a noite toda com dores na testa devido à ferida e o sítio onde a tenho não facilitar nada.

Decido então levantar-me e vou até à casa de banho para fazer a minha higiene matinal. Volto para o meu quarto onde escolho umas calças pretas, como sempre, uma camisola verde e por fim as minhas botas.

Desço para ir tomar o pequeno almoço e encontro o Louis pelo caminho que me pergunta como estou e se vou hoje para Resvan. Isso não é pergunta que se faça. Não é por uma ferida na testa que vou deixar de ir para Resvan, eu gosto de ir e acompanhar os treinos de todos.

"Ou para ir ver a Amy." O meu subconsciente fala.

Ignoro-o e quando chegamos ao refeitório dou os bons dias à Emma e peço então o meu pequeno almoço, e enquanto o meu melhor amigo pede o seu, eu sento-me numa das mesas mais perto. Não se encontra muita gente aqui e também não vale a pena irmos para uma mesa mais longe já que o pequeno almoço dura dez minutos ou nem tanto.

Ambos fazemos a nossa refeição em silêncio, confesso que estou com sono e essa é uma das razões pela qual mal falei ainda. Para além de sono, também me sinto cansado mentalmente.

Estava quase tudo pronto para seguirmos para Resvan, apenas faltavam duas pessoas que tinham ido buscar algumas coisas para levarmos. Enquanto esperamos, eu sento-me em cima duma pedra ligeiramente grande, não é o sítio mais confortável para se sentar mas sinceramente estou cansado.

Dez minutos depois já nos encontramos a caminho de Resvan. Como é habitual eu e o Louis vamos atrás.

Estamos neste momento a passar pelo sítio onde fui raptado e memórias daquele dia vêm à minha cabeça. Foi dos piores momentos, pensei sinceramente que ia ficar ali durante imenso tempo mas a Amy e os outros não deixaram que isso acontecesse.

Quando vi a Amy entrar dentro daquele armazém foi como se voltasse a ter vida. Ela arriscou tudo para me salvar e sei que não descansou enquanto não descobriu onde eu estava. O Louis ontem contou-me que ela foi mesmo incrível, não parou de me procurar e mandou também alguns tropas logo no mesmo minuto que o Louis lhe disse que não sabia nada de mim.

Avisto as torres de Resvan e sorrio sem que ninguém perceba. Hoje era mais um dia em que iria estar com a Amy e que talvez lhe arrancasse um sorriso, aquele sorriso que eu tanto adoro.

POV Amy

Hoje decidi ir já à enfermaria de manhã, para ficar já despachada da troca do penso. Andava com isto no braço à pouco tempo mas já estava farta. Já não tenho qualquer tipo de dor e não sei se é graças aos comprimidos ou se já estou mesmo melhor.

Acordei cedo e rapidamente me despachei e comi. Hoje tomei o pequeno-almoço sozinha porque os rapazes acordaram mais cedo e quando eu cheguei ao refeitório, eles estavam a sair. Cumprimentei-os, nomeadamente ao Niall que ia com pressa para acabar de arrumar umas coisas no armazém antes dos membros de Firafox chegarem.

Assim que chego à enfermaria, a minha mãe sauda-me, abraçando-me de imediato. "Amy! Como estás meu amor?"Pergunta, referindo-se à minha ferida.

"Bem mãe, obrigada. Já não tenho dores e vou agora ter com a Rose para saber quanto tempo vou ter que andar com isto" Digo, apontando para o penso colado ao meu braço.

Desde a tarde de ontem até esta manhã nenhum sangue era visível no tecido branco e isso deixava-me feliz. A ferida estava a sarar magnificamente. Na verdade, só tinha de ser assim, eu não tenho esforçado o meu braço de forma nenhuma. A única coisa que tenho feito é correr e isso não me prejudica de forma alguma apesar de quando estou com o braço descoberto, o vento me magoar ligeiramente.