Maria
Vou abrindo meus olhos lentamente, mas fecho quando tenho um contato brusco com a luminosidade que me atinge.
Xxx-Senhor San Roman ? - vejo que uma voz feminina fala, porém não conseguir abrir meus olhos de imediato.
-Aonde estou ? ... Quem é você? - questiono ainda com os olhos fechados.
Xxx- O Senhor está em um hospital e eu sou a enfermeira - ela para de falar - Abra os olhos senhor San Roman, já fechei as janelas.
O meu subconsciente fica na dúvida de abrir ou não, mas sem pensar muito abro meus olhos devagar e dessa vez aquela luz não me atinge.
-O que aconteceu? - digo quando confirmo que estou em um hospital.
Enfermeira-O senhor sofreu um acidente de carro, mas agora está tudo bem - fala sorrindo para mim.
Começa a vim lembranças do acidente e me vem na cabeça o motivo de está naquela velocidade toda.
-A minha esposa, cadê? - pergunto nervoso e ela faz careta
Enfermeira- Vou chamar o doctor - diz saindo do quarto batendo os pés.
Percebo que a mesma não gostou nada que perguntei sobre a Maria, mas isso não importa porque nesse momento estou preocupado somente com a Maria e meus filhos. Tento levantar e quando consigo pelo menos sentar percebo que estou com o corpo todo machucado.
Tento levantar novamente, mas vejo a porta se abrir e deito para disfarçar minha tentativa frustrada.
Doctor- Como está? - entra arrumando o jaleco.
-Estou todo dolorido, mas sem pensar nisso estou ótimo - falo rápido- Faz quanto tempo que estou nesse lugar? - pergunto com uma cara de desgosto.
Doctor- A dois dias - fala me fazendo arregalar meus olhos.
-Cadê minha esposa?
Doctor- Não se preocupe, depois do acidente os polícias viram que estava tentando rastrear um número e foram atrás e acharam ela - fala me deixando mais preocupados.
-Mas ela está bem ?
Doctor- Sim, ela está nesse hospital , por isso sei de tudo.
-E os meus filhos ?
Doctor- A sua mulher chegou aqui e tudo parecia que os bebês iriam nascer, mas foi um alarme falso e ainda eles continuam na barriga dela.
-Posso vê-la? - pergunto ansioso.
Doctor- Sim, mas com alguns cuidados.
- E quais são? - tudo para os ver.
Doctor- Primeira: você tem que ir de cadeira de rodas para não ocorrer lesões não desejadas, segundo: Não estressa sua esposa porque provavelmente o quase aborto foi por estresse e por último ela ainda não acordou por causa que foi medicada.
-Mas algo?- questiono irônico.
Doctor- Não, só isso e não esqueça que ela não pode ficar nervosa!
*****
O doctor que ainda nem sei o nome e nem faço questão me ajudou a sair da cama e se sentar naquela droga de cadeira, nem preciso dessa cadeira de roda pra mim poder ver a Maria e meus filhos.
Já estava na frente da porta do quarto da mesma, me ergo um pouco para alcançar o trinco da porta e esse movimento fez meu corpo doer por inteiro o que me faz pensar que preciso mesmo dessa cadeira idiota.
Quando abro a porta vejo o "objeto" da minha raiva desses meses que passaram. Ela estava deitada desacordada e podia-se ver nitidamente que ela estava bem pálida e frágil. Vejo ela abrindo os olhos assustada e colocando as mãos na barriga desesperada.
-Eles estão ainda ai - digo debochado.
Maria- Aonde estamos e o que você está... me encontrou ? - fala confusa e tudo enrolado.
-Você me ligou pedindo ajuda- digo simples
Maria- Liguei? - questiona mais para si.
-Agora está tudo bem, não se preocupe - respiro fundo - Que ideia é essa de ficar em um apartamento sozinha na época que está quase ganhando os bebês? - não consigo me segurar e pergunto com muita raiva.
A mesma fica quieta como se tivesse tendo uma lembrança.
Maria - Eu não estava sozinha- fala se encolhendo um pouco.
--Então estava com quem?
Maria- Com o Luciano, mas chamei ele e o mesmo não venho - fala ainda meio desorientada.
-Desgraçado, falou que não sabia aonde estava - dou um soco na cama fazendo ela se assustar - Por que ele não te ajudou? - pergunto com o "sangue fervendo" e nisso aperto os dois braços dela com força o que faz ela tenta se soltar e para a segurar levantei da cadeira, o que me faz sentir uma dor forte que ignoro.
Maria- Solta, está doendo - ela fala com os olhos marejados, fico morrendo de dó, mas preciso saber a verdade.
-Me fala de uma vez , daí solto - falo apertando ainda mais os braços dela.
Maria- Porque ele confessou o amor dele por mim - fala me fazendo relaxar um pouco as mãos dos braços da mesma- E confessei que já sabia que ele me amava e disse que ele
não passava de um empregado - fala me fazendo soltar uma risada debochada e soltar os braços da mesma - Por que tá rindo idiota?-É bom que seja assim - fala e vou dar um beijo nela que rejeita - não vai me beijar? - seguro o rosto dela e a beijo, mas no começo ela finge não querer e como esperado ela acaba correspondendo e rindo- você é tão fresca e malvada.
Maria- Eu sei - fala convencida - Por que você está machucado e em uma cadeira de rodas? - pergunto confusa.
-Agora que reparou? - ironizo e ela balança a cabeça me fazendo rir.
Conto tudo para ela e a mesma arregala os olhos. Tenho a certeza que ela não me ligou de propósito para salva-la.
Isso é óbvio!
Uma semana depois
Continua...
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Armas de papéis - Concluída
De TodoEles são o perigo Eles são a maldade Os soberbos A ireaquia Os que mandam ***** Minha primeira história aqui na plataforma e é bem curta! ***** Plágio é crime!