11. O plano

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POV Liesel Collins
Assim que chegamos na clínica, Kylie é encarregada de me dar cobertura e avisar caso alguém esteja vindo.
Eu estava munida de um molho chave (para abrir a porta de entrada da clínica e da casa de Liesel),uma pistola, uma faca e wolfsbane. Além de um rádio para comunicação com Kylie.
Quando abro a porta, entro, agachada para não ser vista caso tivesse alguém lá. Ao perceber que está completamente vazia procuro por uma gaveta "H7B2", não entendo o porquê do nome. São tantas gavetas que demoro certo tempo para encontrar o tal veneno. Mas, quando já estou quase indo embora, ouço meu radio:
— Liesel? Na escuta?
— Positivo.
— Se esconda, Alan Deaton está voltando.
— Enrole-o, eu tenho q achar um bom lugar.
— Positivo.
Enquanto procuro um lugar, ouço vozes ao fundo e alguns segundos depois, o ruído da porta. Ainda não encontrei um lugar. Entro no banheiro e tranco a porta o mais silencioso possível.
Olho para os lados, me sentindo um pouco claustrofóbica, exceto pelo fato de que tem uma janela pequena ao lado da pia, pequena, mas grande o suficiente para que eu passe por ela.
Destranco a porta, devagar para não dar nenhum ruído incriminatório, subo na parte de mármore da pia , abro a janela e salto, o que, infelizmente traz um som desagradável e chamativo.
No ato sinto uma dor muito forte no pulso esquerdo, eu usei apenas ele para amortecer a queda, já que na outra mão eu estava com o veneno. Me levanto e corro em direção ao carro, ainda com muita dor.
— Ky, você dirige, acho que torci o pulso.
— Como conseguiu fugir? — ela fala, pegando a chave que eu joguei para ela.
— Entrei no banheiro e fugi pela janela.
— Esperta você, hein? Deve ser por isso que Peter está tão interessado em você.
— Obrigada.
Entramos no carro, cada um em seu devido lugar e eu fiquei examinado o tal veneno, era uma planta dentro de um pote de vidro, lacrado.
— Parece perigoso. — Falo alto, mas isso estava fora dos planos.
— O que?
— O veneno. Se não fosse perigoso, não estaria em um pote lacrado.
— Faz sentido.
A conversa acabou aí. E eu deixei o pote no porta luvas e alguns minutos depois eu já nem lembrava de sua existência. A única coisa que eu conseguia pensar era na traição que eu estava fazendo com meus amigos.
— Chegamos. Tome cuidado, Liesel.  Vou vasculhar a casa toda, não vai sobrar nenhuma arma.
— Ok, obrigada.
Subo as escadas e antes de entrar no quarto, pego a gaze e pingo o sonífero nela. Entro no quarto e rapidamente tampo o nariz e  a boca de Jade.
— Shhhh! Calma, não vai durar muito. — falo quando ela abre o olho aterrorizada e logo depois desmaia.
Pego o rádio e falo:
— Kylie, missão cumprida.
— Leve-a para o carro, a chave está em cima da mesa da sala de jantar.
— Positivo.
Desço rapidamente para pegar a chave e subo de novo para buscar a Jade. Pego a garota no colo e, com dificuldade desço as escadas, parando a cada dez segundos. Ela parece em forma mas está bem gorda.
— Ei! Kylie! Pelo amor de Deus, me ajuda aqui. Tá bem pesado.
— Ahh... Não vai dar. Primeiro eu tenho que me livrar de uma peste.
Largo Jade no sofá de qualquer jeito e sigo em direção da voz da garota.
— Ah não! Não é possível! Odeio o Scott para sempre.
— O que o cachorro tem a ver com o Scott?
— Foi ele que deu para a Jade.
Olho de novo para o cachorro que, se eu não me engano, chama Wolverine, ele está rosnando para nós duas pronto para nós morder e começar a latir para acabar com nossos planos.
— Pega a gaze!
— Pra que?
— Vamos testar se esse remédio funciona em cães.
Pego a gaze e pingo o sonífero de novo. Estendo a mão para entregar a dita para Kylie.
— Toma!
— Ei, cachorrinho,vem cá! Não vou te machucar, só quero evitar um escândalo. — ela fala se aproximando dele calmamente, até o momento que ele avança e ataca minha colega, ela o agarra e coloca a gaze no focinho dele, a agitação termina e o cachorro cai desmaiado no chão — Vamos, rápido!
— A Jade está na sala. Vem! — falo indo em direção dela.
— Pegue aqui, eu pego ali. No três agente levanta ela. Um, dois, três! — faço o que a garota pede e levamos Jade até o carro.
— Missão cumprida.
— Missão cumprida!
— Você pegou todas as armas?
— Todas.
— Ótimo, então vamos para o Esconderijo.
...
Com a ajuda de um lobisomem, conseguimos levar todas as armas de Jade e a própria. Foram quatro sacos de arma cheias até o topo.
Me viro para Jade ainda desacordada para agradecer.
— Obrigada, vou me esbaldar com suas armas, vão ser muito úteis. Pelo menos sua coleção vai servir para algo. — no segundo seguinte da minha fala, sinto uma mão apertando meus punhos, Jade acordou.
— Ei! Gente? Ela acordou! — grito para ninguém em especial.
— Liesel...? O que? Onde eu estou?
— Me desculpe, Jade. Me desculpe mesmo.
— Pegue a adaga e o veneno, Liesel! Transformei-o em líquido. — Peter fala, segurando os braços dela.
— Esse em cima da mesa?
— Isso.
— Tá, e agora?
— Mergulhe a adaga no veneno. — faço uma cara de interrogação, mas realizo o pedido.
— Agora corte os pulsos dela com a adaga.
— O que vai fazer comigo? — Jade pergunta desesperada, se debatendo.
— Calma, já vai passar.
— An? — falo, quase tão desesperada quanto Jade — isso não vai matá-la?
— Não, confie em mim. — ele responde, me forçando a fazer o que ele pediu.
— Me desculpe — falo para Jade, me sentindo muito culpada.
Corto o primeiro pulso e quando o veneno entra em contato com o sangue dela, ela urra de dor, me deixando preocupada. Será que estava a matando?
Olho para Peter, sem coragem para cortar o outro.
— Vá, corte!
Corto o outro pulso, mas ao invés de ouvi-la gritar, faz-se um silêncio enlouquecedor, ela está desmaiada.
— O que aconteceu?
— Saia daqui, chame Elena, por favor.
— Tudo bem — falo já saindo dali e indo em direção de onde está minha mãe — Mãe, Peter está chamando você.
— Estou indo.
...
Alguns minutos depois, minha mãe vai em direção do salão, e eu vou atrás, sem que ela perceba, com o intuito de descobrir o que eles vão fazer com a coitada.
— Repita comigo, Elena: seu nome é Isabella Owen, uma garota delicada que nunca pegou em uma arma e nunca foi presa.
— Seu nome é Isabella Owen, uma garota delicada que nunca pegou em uma arma e nunca foi presa.
— Não conhece Peter Hale, Scott McCall, Stiles Stilinski, Derek Hale, Kira Yukimura, Lydia Martin, Liesel Collins, Oliver Singer, Isaac Lahey, Elena Collins, Xerife Stilinski, Hayden Romero, Alan Deaton.
— Não conhece Peter Hale, Scott McCall, Stiles Stilinski, Derek Hale, Kira Yukimura, Lydia Martin, Liesel Collins, Oliver Singer, Isaac Lahey, Elena Collins, Xerife Stilinski, Hayden Romero, Alan Deaton.
— Seus pais morreram em um acidente de carro.
— Seus pais morreram em um acidente de carro.
— Você é nova em Beacon Hills e é uma ótima aluna.
— Você é nova em Beacon Hills e é uma ótima aluna.
— Como você se chama? — Peter fez um sinal para que Elena não o imitasse.
— Isabella... Isabella Owen. — Jade responde, como se memorizasse seu novo nome. Seu nome e todo o resto.
Minha paciência chega no limite e eu entro na sala.
— Que porcaria é essa? Estão manipulando a garota?
— Saia daqui, Liesel! Agora!
— Não, mãe, não saio!
— Sim, Liesel, se essa era sua pergunta, já tem sua resposta, sim. — Peter interrompe a discussão.
— Vá embora! Depois damos explicações.
Indignada, dou meia volta e sigo para meu novo quarto, como se não bastasse, esse mesmo tempo que vou ficar longe dos meus amigos, vou ficar longe de casa.
O quarto no qual, vou ter que dividir com aquela cretina da Kylie, tem uma bicama, queria muito dormir em cima, mas como Kylie é mais forte, e podia me destruir com suas garras e presas, preferi não discutir.
Deitei na minha cama e fiquei pensando na outra pessoa que estava com Jade. Então pensei em uma possibilidade, e com ela, me desesperei. Fui correndo para a sala procurar Peter, mas ele não estava lá. Fui para seu quarto, batendo na porta.
— Peter? Está aí?
— Sim, pode entrar.
— Precisamos conversar.
— É, eu sei. Sobre a Jade... Nós estávamos...
— Não, não é sobre isso. Sabe aquela noite que eu e Breaden lutamos contra alguns de seus lobos?
— Anteontem?
— Isso! Foi na madrugada de ontem que Jade estava com alguém estudando o seu plano?
— Foi, por que?
— Não, nada, só para conferir, mesmo.
— Liesel, está mentindo. Seus batimentos estão acelerados. — Com essa afirmação, tentei ficar calma, tentei desacelerar os batimentos.
— Mentindo sobre o que?
— Não sei.
— Eu não estou mentindo! Que saco! Com licença!
— Toda...
Saio dali pisando fundo, isso foi algo fora dos planos e desesperada, rezando para que minha imaginação esteja fértil demais. " Ah, Stiles, não me diga que você estava na casa da Jade" penso como se ele pudesse me escutar e responder, assim como o Thomas e a Teresa do livro The Maze Runner.
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POV "Isabella Owen"
Acordo com uma dor de cabeça que ameaça me matar, tive um sonho terrível, mas eu não me lembro de quase nada. Só me lembro de imagens embaçadas e espaçadas. Me lembro do rosto de uma menina de mais ou menos dezessete anos e de eu estar em uma maca.
Levanto da cama em que me encontro para buscar algum remédio. Desço as escadas e vou em direção à cozinha, lá encontro meu cachorrinho, Wolverine, se não me engano, que pula em cima de mim, parecendo faminto. Após botar comida para ele e tomar um remédio para a dor, vou para a sala assistir algo. Ainda bem que estou em casa.
Sou nova em Beacon Hills, amanhã vou me matricular na escola, e espero que dê tudo certo. Gente nova, vida nova.
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POV Liesel Collins
Eu e um tal de Heitor tivemos que levar a Jade, ou Isabella Owen, de volta para casa, e ao chegar lá, fui encarregada de apagar do telefone dela todos os contatos com o bando de Scott e derivados, demorou certo tempo, mas consegui. Além disso, vasculhamos a casa toda em busca de mais alguma arma, mas não encontramos nenhuma, então fomos embora.
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No dia seguinte...
POV "Isabella Owen"
Ao chegar na escola, sigo até a secretaria e peço meus horários.
— Bom dia, pode me entregar meus horários?
— Seu nome, por favor?
— Isabella Owen.
— Ah, sim! Seu tio veio aqui fazer sua matrícula ontem à noite. Aqui está. — ela me entrega a folha, me deixando muito confusa, tio? E isso faz com que eu me toque que não me lembro de nada da minha vida antes de Beacon.
— Ah... Qual tio? É que eu tenho tantos...
— David Owen.
— Ahhhh — Finjo reconhecimento — Muitíssimo obrigada.
— Disponha — sorrio sinceramente em despedida.
Depois de dar as costas para a mulher, dou uma olhada no meu horário, para esquecer o assunto do meu tal tio. O primeiro tempo é biologia. Preciso encontrar o laboratório, mas não conheço nada aqui, então vou perguntar a alguém.
— Ei, por favor, onde é o laboratório de biologia? — o garoto para e me observa como se estivesse indignado por eu não saber onde é.
— Jade? Você está bem? Por que usou "por favor"? Nem parece você!
— Ah, não, você deve estar me confundindo com outra pessoa, meu nome é Isabella — o garoto ri, como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada.
— Jade, sou eu, Stiles! Você está passando bem?
— Olha, se estiver tentando zuar com minha cara, eu dispenso.
— Tá bom, Isabella, o laboratório é a porta à direita no final do corredor.
— Obrigada, passar bem. — viro de costas para ele e sigo para minha aula.
— Tchau.
Que garoto estranho, agora eu não posso nem falar "por favor"! Precisava de tanta coisa para me indicar o caminho para o laboratório? "Jade", onde já se viu? Que nome feio, por que alguém teria esse nome? Eu, hein!?
Entro na sala e sento na fila do meio, esperando o professor chegar, até que uma garota ruiva maravilhosa me cutuca.
— Oi, Jade, por que não atendeu meus telefonemas ontem à noite?
— Meu Deus, essa tal Jade de novo! Eu não me chamo Jade! Meu nome é Isabella!
— Calma, Jade! Não precisa ficar tão estressada!
— Isabella! Isabella Owen!
— Tudo bem, Isabella, meu nome é Lydia. — olho desconfiada para a menina, será que ela é o tal de Stiles combinaram de me chamar assim? Que saco!
— Prazer...
— Pare com esse joguinho! Está brava comigo?
— Eu nem te conheço! Como posso estar com raiva?
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OLÁ WOLFIES DO MEU,
Tudo bem?
Então,essa foi a segunda parte do último capítulo, espero que tenham gostado.
Ily .

Opostos Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora