POV Liesel Collins
— Muito bem, minha querida! Fez um ótimo trabalho! — Peter me felicita.
— Obrigada, Peter.
— Sabe que o que fez pode me ajudar muito com meu objetivo, não é?
— Sei, mas sei também que se ele matar Scott, você não vai poder ter esse gostinho, já pensou nisso?
— Claro que já! Mas não importa, se ele estiver morto, poderei terminar com meu plano, e você sabe muito bem disso.
— Claro que sei!
— Já levaram Oliver para a casa dele?
— Já, claro, e também tiramos aquele tapete cafona que fica ao lado da cama dele, já que está totalmente manchado de sangue, do meu sangue.
— Eu sinto muito, mas seu braço já está bom, certo?
— Pronto para outra!
— Nem brinque com isso! — depois de alguns segundos de silêncio, ele completa — E... Liesel? Sabe que vai ser recompensada pelo que você, brilhantemente, fez, não sabe?Isso! Consegui! Ganhei a confiança de Peter! Mas em minha resposta, ignoro minha excitação interna e respondo calmamente.
— Mais ou menos, como assim "recompensada"?
— Você ganhou minha confiança, e está, a partir de agora, na posição que Kylie exercia.
— Na presidência? Vou poder participar das reuniões importantes?
— Exatamente! Meus parabéns!
— Mas... E quanto à Kylie?
— Na posição que você exercia.
— E por que não podemos ser igualadas?
— Vários motivos, o principal é que ela anda me decepcionando.
— Decepcionando como?
— Ela fez uma coisa, a qual não posso contar, que pode me prejudicar muito.
— O que ela fez?
— Liesel, pode me dar licença? Preciso me retirar.
— Com certeza — Falo saindo da luxuosa suíte de Peter.
O que Kylie pode ter feito para prejudicar o chefe? Seja lá o que for, preciso falar com ela, agora!
— Kylie! Precisamos conversar, e tem que ser agora!
— Saia daqui!
— Olha, sei que está com raiva, mas não pode me trancar para fora do meu próprio quarto! Também preciso tomar banho e trocar de roupas! — Alguns segundos depois, ouço um barulho da porta sendo destrancada, e quando ela é aberta, vejo a garota com o rímel completamente borrado, marcado com formas de lágrimas no rosto e com as bochechas e olhos inchados, ela estava chorando, é evidente!
— Pode entrar agora! O quarto não é só meu, me desculpe.
— Ei! Por que estava chorando?
— Por nada, esqueça isto, ok?
— Não! Tem alguma coisa a ver com algo que fez que pode prejudicar Peter?
— Então já sabe?!
— Não, não sei! Só sei que você fez alguma coisa ruim.
— Fiz, algo péssimo. Mas não estava chorando por isso.
— Então por que?
— Por Oliver! Pelo que mais?
— Pare com isso! Ele não merece suas lágrimas!
— Merece, quando minha companheira apaga a memória dele e faz ele esquecer até o próprio nome!
— Não! Eu só apaguei a parte de ele ter me visto!
— Mentira!
— Verdade! Pode perguntar para Heitor e Jack!
— Tudo bem, eu pergunto! Com licença!
— Toda.
Sei que vacilei com minha amiga, que provavelmente me odeia agora, mas foi necessário!
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POV Kylie Lawrence
Que garota idiota! Que ódio! Nunca mais vou confiar nela! E eu sou patética! Saí do quarto para ver se ela estava falando a verdade, isso é desespero, eu nunca agira assim normalmente!
Ao invés de ir atrás daqueles dois patetas, vou para o quarto de Peter pedir explicações e desculpas pelo que eu fiz.
— Ei! Peter? Posso entrar?
— Depende,Kylie, o que quer?
— Conversar? Pedir desculpas? O que mais?
A porta se abre e lá está Peter.
— Entra! Senta, fica à vontade.
— Obrigada. Olha, Peter, vou direto ao assunto: o que eu fiz foi errado e quero me redimir.
— Desista! A sua posição aqui no Esconderijo agora é da Liesel!
— Espera aí! Como assim? Não está falando sério, né?
— Se estou falando sério? Estou!
— Enlouqueceu?
— Não, eu diria que quem enlouqueceu foi você! Agora me faça o favor de se retirar!
— Claro!
Saio dali e vou em direção à meu quarto, onde se encontra minha mais nova inimiga, Liesel Collins.
Abro a porta e ela está deitada em sua cama mexendo no celular.
— Sua idiota! Você veio a esse mundo só para me arruinar!
— O que eu fiz agora?
— O que você fez? — a pego pelo pescoço e pressiono contra a parede, a enforcando — Roubou meu posto e a confiança de Peter!
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POV Stiles Stilinski
Oliver não apareceu na festa, algo muito estranho já que ele não perde nenhuma festa da cidade! E todos nós ficamos preocupados, tanto que ligamos para ele, pelo menos vinte vezes cada um. Sou o único que aceita a ideia de ir até a casa dele, mas ninguém concorda comigo! Se tem algum lugar que ele pode estar, esse lugar é em casa!
— Olha, não sei vocês, mas eu vou fazer alguma coisa. Fui! Beijo, tchau!
— Onde você pensa que vai, Stiles?
— Onde você acha, Scott?
— Ah, claro! Vamos matar os dois últimos horários de aula e ir até a casa dele? Olha... Qualquer coisa é melhor do que ficar aqui na escola. Vou com você!
— Não consigo ficar quieto, você sabe! Ainda mais sabendo que ele tem notícias da Liesel!
— Beleza, vamos então?
Não respondo, apenas pego minhas chaves e balanço no ar, e depois, viro de costas e vou em direção do Jipe, com Scott logo atrás de mim.
...
Ao chegarmos lá, entramos no quarto, o qual está vazio, mas foi deixado há algum tempo, pouco, porque no lençol da cama, tem sangue fresco.
— Sangue? Como pode? Se Oliver se machucou, ele não deveria se curar?
— Sim, claro... — Scott responde e logo depois começa a olhar fixamente para a parede, pensativo — Não! Não exatamente! Se tiverem o machucado com algum veneno, como acônito, não.
— O que nos leva a uma única pessoa! Alan Deaton!
— Por que?
— Quem você procuraria se estivesse prestes a morrer?
— É, realmente. Se ele está com Deaton, está seguro, não vai morrer, então precisamos encontrar uma pessoa.
— Quem?
— Me dê a chave.
— O que? Por que?
— Anda, Stiles! Me dê a chave!
— Tudo bem — Falo enquanto entrego a dita para ele.
...
O nosso destino era a escola, novamente.
— Por que nos trouxe aqui? Quer me fazer assistir à aula de química?
— Não, a nossa pessoa está aí! Isabella Owen!
— O que quer com ela? Jade não pode nos dizer nada.
— Errado! Isabella não pode nos dizer nada, mas Jade pode!
Olho para Scott com uma cara de desapontamento.
— Jade!? Você quer que consigamos fazê-la lembrar de tudo? Agora? Sem ajuda?
— Aham!
— E você fala isso na maior calma? Você é louco!
— O que ela tem agora?
— Ela faz química comigo.
— Bom isso! Então vamos, não podemos perder essa oportunidade, está na hora da mudança de salas!
— Que ótimo! — Falo carregando o máximo de sarcasmo que eu consigo encontrar em mim.
— Ah! Qual é! Vai ser divertido!
— Vamos logo! Quanto mais rápido, melhor!
Entramos no colégio e começamos a andar em direção do laboratório de química, normalmente, como se nós não tivéssemos matado um horário, e lá estava ela.
— Isabella! Isabella! — grito no momento em que a vejo.
Ela para, vira de costas e quando nos vê, revira os olhos. Quando a alcançamos, Scott começa a falar.
— Olha, sei que tivemos um começo difícil, mas podemos consertar isso! Agora!
— Tá, então consertem.
— Não, não pode ser aqui.
— Por que? Espera... Querem que eu mate aula?
— Sim!
— Mas nem pensar! Estão loucos?
— Olha... Nos matamos quase todas as aulas do ano, e sempre passamos. — eu, brilhantemente, falo.
— O que? Já disse que não vou matar aula! Depois dela nós conversamos em algum lugar mais reservado.
— Ok...
Olha para Scott com uma cara de ódio, sabia que voltar para cá ia fazer com que nós assistimos esse horário!
— Por que? Sabia que ia acabar nisso!
— Por que sim, agora aguenta!
— Mas você não tem química agora, tem?
— Não, eu tenho inglês!
— E vai ficar aqui? Aff! Seu burro!
— Vou assistir à aula de química, sim! Algo contra?
— Tudo!
— Entra logo!
Depois de incessantes trinta minutos, a aula que eu achei que nunca mais ia acabar, acabou! E no momento que acabou, Jade ou Isabella, vinha em nossa direção.
— Olha, sei que você vai ficar muito brava conosco pelo que vamos fazer, mas é necessário, e depois você não vai se lembrar de nada, eu acho...
— Que? Onde vão me levar?
— Scott! Assustou a garota! Agora ela não vai querer vir!
— Não mesmo!
— Imaginei que teria essa reação — Scott responde olhando para o chão e escondendo as mãos nos bolsos da calça, e, previsivelmente, quando ele levanta a cabeça, a cara completamente peluda, com presas afiadas e também tira as mãos dos bolsos, com as garras à mostra — Se não quer morrer, venha conosco.
— Tudo bem — ela responde totalmente horrorizada.
— Precisa mesmo disso?
— Precisa, Stiles — ele me responde, agora completamente humano.
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POV Oliver Singer
Acordo em minha cama com uma dor de cabeça estonteante e aguda, além de uma dor nos pulsos,e quando olho para eles, tem uma ferida aberta, muito estranha, já que eu deveria ter me curado há alguns segundos.
Acônito.
Só pode ser acônito ou algo assim. Levanto rapidamente da cama e troco de roupa para ir direto para a clínica encontrar Deaton, porque se tem alguma pessoa que pode me ajudar agora, é ele!
Entro no meu carro e dirijo para meu destino tão rápido que acho que passei de três sinais vermelhos e ganhei milhares de multas.
Ao chegar no meu destino, sinto uma dor aguda se alastrar por todo meu corpo, me fazendo encolher no banco do carro. Isso não é bom, preciso entrar correndo para ver o que Alan pode fazer por mim.
— Alan! — Grito ao entrar no local — Alan! Pelo amor de Deus me ajude!
— Oliver? O que... — ele não termina de falar porque ele vê meus pulsos pingando sangue — Por que não se cura?
— Não consigo! Tem acônito!
— Venha cá, vou te examinar. Sente aqui!
...
— Olha, Oliver, é um tipo fraco de acônito, mas pelo que tudo indica, você ficou com isso na corrente sanguínea por tanto tempo que passou a ser mortal.
— Fraco? Então tem um antídoto? Ou algum procedimento?
— Tem, mas eu não tenho esse antídoto. Até eu conseguir você já vai estar morto. Já sei! — ele retira o telefone do bolso e liga pra alguém — Alô? Harry? Preciso do antídoto para um acônito fraco. Consegue arranjar para mim? — Depois de alguns segundos de silêncio, que obviamente era o tal Harry falando, Deaton responde — Pode? Ótimo! — mais tempo de silêncio — Para agora! Tenho um paciente quase morrendo aqui! Daqui meia hora você pode? — mais uma vez — Beleza!
— E...?
— Ele vai trazer daqui meia hora.
— Quem é ele?
— Meu fornecedor, ué! Todo mundo precisa de alguém que forneça o produto.
— Ah! Cla... — antes de eu conseguir terminar de falar, sinto uma queimação no meu estômago e ao mesmo tempo, eu vomito sangue.
— Ui! Isso não é bom, nada bom!
— Ah! Eca! Me dá um copo de água, pelo amor de Deus! — com isso, Deaton some adentro da clínica e volta com meu desejado copo.
— Tome... Tenho que fazer uma coisa que vai atrasar sua morte... Depende se você vai querer.
— Qualquer coisa para viver! — Falo virando o conteúdo do copo garganta adentro. E então Alan some novamente e volta com uma seringa com uma agulha gigantesca.
— Você que sabe! Vai doer um pouco.
— Não tanto quanto a dor que estou sentindo. Vá em frente! — ele levanta a manga da minha blusa e enfia o tal conteúdo que dá uma ardência em todas minhas veias, a qual me faz desmaiar.
POV Alan Deaton
Sei que Oliver não tem meia hora, por isso ligo de novo para meu parceiro.
— Oi Harry! Não temos mais tempo! Dá para acelerar? Eu pago qualquer multa que você receber.
— Ok, cara! Considere que eu já cheguei!
— Beleza, ótimo!
Desligo o telefone checando se Oliver está com febre, e ele infelizmente está, isso não é nada bom.
Depois de pouco mais de cinco minutos, meu fornecedor chega.
— Acho que eu devo ter passado dez sinais vermelhos e minha velocidade estava acima de cento e vinte quilômetros por hora. Boa sorte para achar dinheiro para pagar minhas multas!
— Não temos tempo para brincadeiras! Me dê o antídoto logo!
— Tudo bem! Aqui está — ele fala me entregando o produto.
— Ótimo! — me viro de costas para meus amigos e começo a enfiar o líquido em uma seringa para injetar no nosso garoto.
— Ei, Alan! Acho que nossos esforços foram inúteis — me viro e vejo Harry com o dedo indicador e médio no pescoço dele — O coração dele não está batendo.
— O que? Não! A seringa está pronta! Posso injetar!
— Ele morreu, cara, desiste! Quer que eu soletre? M-O-R-R-E-U!
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Opostos Teen Wolf
LobisomemPeter consegue fugir da Eichen House e de repente começa a acontecer muitos sumiços de bandos, todos provocados por ele, que tem um plano que pode destruir Scott McCall de uma vez por todas. Oliver Singer um cara bem atraente e encrenqueiro que foi...