Notas da autora: Hi peoples, primeiro vou pedir para que adicionem na biblioteca de vocês o meu livro de avisos dessa fanfic, porque toda a história está sendo REFEITA, então pode haver alguns erros e convergências nos capítulos mais antigos, okay? Então peço que tenham paciência para que eu consiga finalizar as revisões e voltar a atualizar, tudo bem? Boa leitura!
OBS: O prólogo é apenas um flashback do passado da Lauren para poder explicar como ela é tia de Verônica.
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LAUREN
Havia muita polícia, muitas luzes e tantas pessoas que ficava difícil absorver toda a informação que os homens fardados e alguns vestidos de enfermeiros vieram nos trazer. Já estava sendo tarefa quase impossível conseguir respirar e raciocinar o suficiente para poder entender todo o acontecido.
Era tanto barulho e os gritos estridentes de minha mãe que seria impossível não serem escutados por todo o quarteirão. Tudo parecia estar em câmera lenta, eu me sentia tonta e queria conseguir ajudar minha mãe, mas minhas pernas estavam fraquejando e eu não pensava em absolutamente nada que eu fosse capaz de entender.
Eu podia ouvir minha mãe gritar, porém sua voz apenas ficava cada vez mais fraca e as luzes iam se diminuindo cada vez mais. E eu corria, na verdade, era ético dizer que virei um carro de corrida, pois eu corria numa velocidade além do normal até para eu mesma poder entender. Não conseguia absorver aquilo tudo e talvez fosse porque eu não queria ter de aceitar que aquilo havia mesmo acontecido. Eu estava em modo avião e nem ao menos dava conta de ler as placas para saber em que canto de Miami meu corpo estava me levando, no entanto meus olhos não estranhavam aquelas ruas. Eu entraria em pânico a qualquer momento e ele já não estaria mais aqui para me ajudar, pois ele se foi... Para sempre. Era estranho usar essa palavra e pensar que todas as vezes que eu a usava ele pedia para que não a usasse, pois o "sempre" sempre acaba. Mas desta vez ele estava errado, pois não acabaria nunca.
Quando finalmente consegui parar de correr, a primeira vista, eu não consegui reconhecer o local e minha respiração estava tão forte quanto a de um touro. E eu só soube onde exatamente eu me encontrava quando consegui levantar minha cabeça e avistar ao outro lado da rua uma grande casa da qual antigamente havia um grande e lindo jardim a sua frente, esse que fora destruído com a chegada de Bethowenn, um cachorro adotado por Verônica.
Na realidade, eu não sabia por que meu corpo havia me traído e me trazido até aqui. E, por mais que eu estivesse totalmente em modo avião, ainda assim, com o pouco de consciência que me restava, consegui imaginar que eu estivesse correndo até meu ponto de refúgio onde eu tentava esquecer-me de tudo, até mesmo meu nome e toda a minha vida. Pelo menos por algumas horas.
Porém, inconscientemente eu sabia porque estava aqui. Tudo era novo para Verônica pelo fato de ela ainda ter apenas nove anos de idade, pois ela era esperta de mais e poderia não estar sabendo do acontecido com seu pai ainda, mas talvez nem precisássemos contar.
Provavelmente ela estaria dormindo agora por já ser de madrugada. No entanto, mantínhamos um segredo em que a qualquer hora eu poderia aparecer e entrar em seu quarto pela pequena sacada em que ela mantinha a porta destrancada. E pelo jeito, hoje seria mais um dia desses em que eu escalava a enorme árvore em frente ao quarto e me sentia uma verdadeira ninja.
Era raro eu tentar entrar e a porta estar trancada, na maioria das vezes era Lize quem trancava. Acho que ela sentia ou algo do tipo, deveria ser aquele tal sexto sentido de mães. Sempre achei isso estranho.
Assim que subi na árvore pude ver que a luz do quarto de Verônica estava acesa, provavelmente estaria acordada. Posicionei-me corretamente e em seguida caminhei muito lentamente sobre o galho da árvore que não era tão grande, mas eu sou grande e era obvio que eu não estava com nem um pouco de vontade de cair de cara no chão a metros de altura.
Sem demorar muito e tentando não fazer muito barulho eu pulei, por muito pouco não caí, dei impulso e passei por cima da grade de proteção olhando para a rua para observar se ninguém havia me seguido ou me visto. Concluindo que não havia ninguém, eu segui meu caminho entrando no quarto e fechando a porta, mas assim que me virei para ir atrás de Verônica senti seu pequeno corpo se colidir contra o meu e apenas olhei para baixo lhe lançando um sorrisinho. Eu não sei muito bem, mas no momento em que seus olhos encontraram-se com os meus o meu corpo clamou por protegê-la até mesmo com a minha vida se fosse preciso.
- Tia Laur! - acho que pelo seu tom de voz choroso ela já deveria estar sabendo de tudo.
- Não se preocupe tudo bem? Eu prometo cuidar de você por ele - sussurrei indo para cama com ela e nos deitamos.
- Ele se foi para sempre, não é? - perguntou-me deitando sua cabeça sob minha barriga e comecei a acariciar seus cabelos compridos.
- Foi sim meu amor, mas agora ele vai cuidar de você seja lá onde ele esteja. E eu vou ficar com você para sempre, tudo bem? - ela assentiu com a cabeça e lhe lancei outro sorriso - me conta quem te falou sobre o acidente?
- Ninguém me contou, não ainda. Eu estava voltando da cozinha e ouvi a mamãe no telefone, acho que ela ligou pra vovó número dois e - no caso a vovó número dois era minha mãe - eu acabei ouvindo-a chorar e gritar sobre o que aconteceu, então eu corri pra cá e não consegui mais dormir.
- Eu vou te ajudar a dormir - apaguei o abajur e a abracei ainda acariciando seus cabelos.
- Obrigada, tia Lauren. Eu te amo - ela disse me abraçando e eu sorri de verdade, pela primeira vez naquela madrugada.
Após ela dormir eu fiquei divagando, era incrível sua capacidade mental e inteligência. E era triste a nossa situação, pois com apenas nove anos ela já havia perdido o pai e pelo jeito sua mãe estaria chorando de mais para conseguir consolar a si mesma e a filha, claro que ela tentaria e disso eu não duvidaria, Lize era como uma segunda mãe pra mim.
Quando ela começou a namorar o meu irmão eu tinha em torno de uns cinco anos e eu achava que ela era uma princesa da Disney de tão linda. Sem contar que ela havia prometido me dar uma sobrinha, quando isso realmente aconteceu eu era claramente a criança de sete anos mais feliz do mundo.
Eu sabia que nós todos sofreríamos e acho que nenhuma dor seria pequena. Era horrível pensar que eu acabara de perder meu único irmão e que as coisas seriam horríveis dentro de casa a partir de agora. Não que minha família fosse um fracasso ou alguma coisa do tipo, mas eu imagino a dor da minha mãe e consigo imaginar a dor que sinto multiplicada, sei que ela está sofrendo e eu realmente estava com medo dela acabar desenvolvendo alguma crise psicológica como a depressão.
A princípio, depois do meu nascimento ela acabou tendo uma complicação na recuperação e isso afetou muito nas porcentagens de ela poder engravidar novamente, isso não seria um problema, pelo menos era o que ela me dizia. Descobri sobre isso quando eu tinha em torno de uns 10 anos quando vivia enchendo a paciência dos meus pais pedindo uma irmã para poder brincar comigo, mas a resposta era sempre a mesma, não.
Porém em uma das noites que eu pedi isso novamente e recebi as mesmas respostas de alguns dias anteriores, eu acabei passando em frente ao quarto deles e ouvi minha mãe dizendo isso. Se eu não fosse uma criança curiosa e que não adorasse ouvir as coisas por de trás da porta, talvez nunca soubesse sobre isso.
Tudo estava bagunçado e talvez algumas coisas nunca iriam se consertar. Mas sempre dizem para termos esperanças, não é? Afinal, tudo terminaria bem, não como começou, porém terminaria.
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Amor a distância {BOOK ¹}
FanfictionO que uma viagem de amigas poderia mudar na vida de todas essas garotas? Como um amor era capaz de mudar duas pessoas e cruzar seus destinos para sempre? Camila teria de saber equilibrar tudo em sua vida naquele exato momento e manter a calma o temp...