Capítulo 15

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Dia 2 parte II

Estávamos chegando ao centro do vilarejo,não existiam árvores, era um campo limpo, com a floresta só em volta. Esse vilarejo me remete a idade média, ouço música vindo do centro onde tem uma grande fonte e bancos em volta. Vejo pessoas sentadas, conversando, a música me parece alegre, é Sélta como nas histórias de criaturas místicas.

Em volta da fonte e dos bancos existem lojas variadas. Mercados, padarias, lojas de roupas e acessórios e até sapatos.
É como uma cidade de humanos, normal como eu estava acostumada só que com um toque medieval.
Fiquei encantada, fui direto para a fonte, passei meus dedos pela água. A escultura da fonte eram pequenos Anjos Querubins, eles sorriam e pareciam brincar, tudo ali era feliz e parecia brincar. As ruas eram limpas, as pessoas conversavam umas com as outras, notei que a maioria das pessoas tinham os cabelos ruivos ou castanhos claro. Max me explicou que ali naquele reino a maioria das pessoas veio da Holanda.
Alguns deixaram suas famílias lá, e vieram para se acharem.

__ Se acharem? Pergunto olhando para um casal de jovens sentados em um banco

__ Se acharem, encontrarem seu verdadeiro. Muitos são descendentes de bruxas, sereias, magos e etc.
Eles querem viver com pessoas como eles, e acabam vindo para cá. Diz Max

__ Oque está achando Ana? Pergunta Stev

__ Eu gostei. Digo sorrindo para uma menina que sorriu para mim
__ Meninos, uma coisa que eu não entendi. Começo a dizer
Onde vocês ficaram na cidade no tempo da escola, se vocês escolharam a floresta não podem voltar a cidade. Digo ficando de frente para os dois

__ Quem disse que nós escolhemos um lugar ainda? Disse Max.
Minha mãe escolheu ficar na cidade com meu pai.

__ Eu não escolhi ainda Anjo.
Max olha em meus olhos enquanto passa a mão em meus rosto
__ Como assim não escolheu ainda? Achei que...

__ Shhh, não diga nada.
Nós que não decidimos podemos sair e entrar da floresta a hora que quisermos. Só quando se escolhe um lugar é que não podemos sair.
Diz Max por fim

__ Mas Max, isso é errado.
As pessoas aqui tem família, eles sentem falta eles tem que saírem as vezes para visitá-os. Digo

__ Eu sei disso, já falei com Vera. Mas ela diz que não podemos fazer nada. E sim falar com Morgana, mas ela dúvida que Morgana mude alguma coisa.

__ Pois está feito. Quando o sétimo dia chegar e Morgana me procurar vou falar com ela sobre isso.

E então paramos de conversar sobre isso é fomos procurar o Stev que tinha desaparecido dentro de um mercado.
O encontramos uns minutos depois fazendo as compras da listinha. Já estava no caixa pagando tudo, então não demoramos muito ali. Saímos do mercado e decidimos passear pela cidade.

Passamos por uma padaria grande e muito bonita, com mesas e cadeiras na frente.
Entramos e pedimos milkshak e nos sentamos em uma mesa em um canto.

__ Está gostando? Max pergunta
__ A cidade não é muito grande mas é acolhedora

__ Eu adorei a cidade. Sabe que eu gosto de um lugar mais tranquilo. Digo passando os dedos no cabelo do Max

Nossos milkshaks chegaram e ficamos ali até acabarmos.
Depois saímos em direção a casa de Vera pois já era umas onze horas e ela precisava fazer o almoço. Quando estávamos no meio do caminho Lyra e Raquel vieram até nós, Anne tinha ficado com a mãe em casa e eu tinha percebido que ela sempre ficava muito quieta, quando eu chegasse em casa iria falar com ela.

__ Vocês não vão acreditar em quem passou pelo rio montado em um cavalo. Falou Lyra dando pulinhos de alegria

__ Oliver. Todos falaram em uníssono

__ Uhum, ele mesmo. Ele ainda desceu do cavalo e veio conversar com nós. Disse Raquel

__ Ele estava tão lindo com aqueles cabelos dourados bagunçados. Ele disse que eu era doce. Disse Lyra colocando as mãos no coração em um suspiro apaixonado

__ Lyra, vocês se gostam? Pergunto

__ Ai Ana, eu o amo. Nós éramos muito amigos antes dele se tornar um solado de Morgana.
Não sei se ele gosta de mim do mesmo jeito que eu. Lyra diz olhando para baixo

__ Não fica assim, tenho certeza que ele vai perceber o quanto gosta de você.falei

Chegamos na casa de Vera e deixamos as compras na mesa.
Eu fui direto procurar Anne e a encontrei sentada nós fundos da casa perto da fonte.

__ Oi! Disse sentando ao lado dela
__ Oi! Disse ela olhando para mim

__ Anne, oque você tem? Está sempre quieta e não fala com nós. Pergunto

__ Não é nada!

__ Não é nada? Eu não caio nessa Anne, pode desabafar comigo. Digo calmamente

__ Ana, você não entende, sinto muita falta dele. Nós éramos melhores amigosele me entendia. Anne deitou a cabeça em meu colo e naquele momento senti que seríamos grandes amigas

__ Shhh está tudo bem Anne, pode chorar. Chorar alivia a alma. Fiquei acariciando seus cabelos e ela ficou me contando tudo que faziam juntos. Acho que a deixou melhor porque ela sentou-se no banco de novo, limpou as lágrimas e me abraçou.

__ Obrigada Ana. Eu farei o possível para socializar mais com vocês. ela disse

__ Anne, quando você precisar eu estarei aqui. A abracei de volta e então nos dirigimos para dentro de casa.

A floresta perdida de Black WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora