Capítulo 23

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Dia 4 parte III

__ Ana, onde você esteve? Achei que era só um final de semana.
__ Maximilian, você deveria ter cuidado da minha filha.
Vamos conversar lá dentro, seu pai já estava louco. Mamãe estava brava, e com razão.. .Passei mais dias longe que o previsto

__ Ana, minha filha. Meu pai me abraça forte me tirando do chão
__ Onde você esteve? Faz favor de me explicar. Droga...Meu pai também estava bravo

__ Mãe. *Comecei a falar* Eu estava na casa da vovó, mas aconteceu tantas coisas relacionadas a mim e ao meu passado.

__ Filha, seu passado é com nós seus pais, com a sua família. Minha mãe disse calmamente

__ Eu sei mãe, mas vocês são meus pais "Adotivos" e eu descobri coisas sobre minha verdadeira família

Meus pais congelaram com oque eu acabára de dizer.

__ Ana, por favor. Deixe isso para trás. Nós somos seus pais, nós criamos você. Disse meu pai

__ Senhor John, escutem oque Ana tem a dizer. Max salta do meu lado

__ Cale-se menino, ninguém pediu sua opinião. Você é um mal exemplo pra minha filha.
Viu Jhon? Eu avisei desde o início, esse garoto não é pra nossa filha. Minha mãe falou deixando Max sem resposta alguma

__ Mãe, para e me escuta.
Eu vou falar logo isso, vocês acreditando ou não.
Eu descobri na floresta uma tia e uma prima, as duas adoráveis.
Não sei se conto ou não conto, mas esses são meus pais, não tenha medo, não minta, você já se decidiu e vai ficar na floresta e eles tem que aceitar

__ Mãe, olha só. Minha verdadeira mãe era uma bruxa, de uma linhagem Wicca. Se lembra quando estudei sobre elas? Bom minha família por parte de mãe são bruxas e meu pai era humano. Minha mãe tinha poderes, ela controlava os quatro elementos e dela herdei o poder de controlar o ar.

Os dois me olhavam boquiabertos, eles estavam acreditando? Não sei,mas continuei contando toda a história

E tem mais, meu pai estava lutando contra os humanos, e ele para me defender me entregou pra vovó que morava perto da floresta, minha mãe morreu jovem e triste pela filha que sumiu, papai morreu deixando-me enfim órfã.
Se lembra do Stev? Meu melhor amigo? Bom ele é um Metamórfo e pode se transformar no que quiser, mas ele ama se transformar em dragão.
O Max * dei batidinhas nas costas dele* ele é filho de um fauno e de uma humana, tenho duas amigas Sereias que ao sair da água se transformam em humanas e minha tia e prima que contei no começo são bruxas como eu e podem controlar o fogo e a água.

Fiquei olhando para os dois, tentei contar o mais lento que pude mas as palavras saíram voando da minha boca.
Papai olhava dentro dos meus olhos, mamãe estava com uma cara assustadora e então peguei na mão do Max e percebi que eles me achavam louca.

__ John, p-p-por favor, liga para a doutora Taissa e pergunta se ela pode trazer reforços urgente.
E pergunta também se ela tem vaga na clínica. Mamãe estava olhando para o papai
Suas palavras passaram como uma navalha, percorrendo e abrindo todo o meu corpo. As lágrimas inundaram meus olhos, não as consegui conter, Max me abraçou forte e sussurrou no meu ouvido: _ Tranquila, está tudo bem. Mas agora quero que você suba e pegue a maior mochila que tiver, coloque suas coisas dentro e vamos embora, eu distraio sua mãe.
Max então sentou-se ao lado da mamãe, saí da sala e ouvi papai falando com alguém no telefone: Nos ajude, ela não sabe oque diz, eu te falei Taissa, deveríamos ter internado Ana a tempos.
Eu não podia acreditar que meu pai não acreditava em mim, e eles me colocariam em um hospício se eu não fosse rápida e saísse dali com minhas coisas.

Sem pensar duas vezes, subi correndo para meu quarto peguei minha mochila de acampamento e enchi com minhas roupas, sapatos, meias e tudo oque via pela frente. Peguei meu álbum de fotos, minha única lembrança de tempos bons.
Passei os olhos pelo quarto, a procura de mais alguma coisa. Não faltava nada, desci correndo as escadas, meu pai estava na sala abraçado a minha mãe, Max estava na porta me esperando.
Quando ele me viu saiu pro carro abrindo a porta para mim entrar, olhei para meus pais mais uma vez : __ Eu amo vocês. Foi a última palavra minha para eles, saí correndo e entrei no carro com os olhos inchados de tanto chorar. Antes de Max acelerar pude ver meu pai na porta espantado, virei o rosto para não chorar mais e então o carro acelerou e saímos em disparada para algum lugar.

__ Max! porque isso teve que ser assim? Droga, porque eles não me ouviram? Eu já não podia abrir os olhos, se os abrisse mais lágrimas rolariam

__ Fica calma ta? Tudo vai ficar bem. Seus pais não acreditaram porque é algo novo para eles.
Max falava e eu não conseguia digerir ainda
Paramos em uma lanchonete, Stev saiu para trazer nossos lanches, eu já estava melhor e disse as meninas que falaríamos disso em casa, elas concordaram e não demorou muito quando Stev trouxe a comida.
Saímos rumo a floresta, comendo em silêncio, uma vez ou outra que Lyra dizia algo engraçado e eu tinha quer rir. Ela queria deixar as coisas ruins para trás, ela queria me distrair e estava conseguindo, então chegamos em casa e tudo voltou a tona.

A floresta perdida de Black WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora