Capítulo VI

744 68 23
                                    

"Na solidão você também pode ter a esperança de um dia voltar a ser feliz"
Bruna Zeferino Pereira

Boa leitura fofas e fofos ♡-♡
Espero que gostem :)
*Amy na mídia
------------------

Abro os meus olhos e olho ao meu redor. Eu estou em um hospital! Olhei para as minhas mãos e vi que elas estavam com pequenos arranhões. O que eu estou fazendo aqui?

- Você acordou - um médico entrou no quarto acompanhado de uma enfermeira.

- O que eu estou fazendo aqui? - perguntei e me sentei na cama.

- Você não se lembra de nada? - o médico perguntou.

Forcei a minha mente para lembrar o que havia acontecido. Lembrei-me dos meus pais saindo do meu quarto e depois começou um incêndio e eu pulei da janela. Eu pulei do quarto andar?

- Como eu não morri? - sussurrei para mim mesma.

- Desculpe, mas eu não ouvi - o homem disse.

- Eu me lembro - falei - E os meus pais? A minha irmã? Eu quero vê-los.

- Desculpe ter que lhe dar essa informação, mas os seus pais e a sua irmã inalaram muita fumaça - ele disse.

- Eu quero vê-los.

- Querida eles estão mortos - ele disse baixinho.

Agarrei-me na cama e comecei a chorar, eu soluçava em meio ao choro. Não pode ser, pensei. Tentei me levantar, mas o médico não deixou.

- NÃO! - gritei em meio ao choro.

- Se acalme - a enfermeira disse passando a mão no meu cabelo.

- Como você quer que eu me acalme? - gritei e a empurrei.

- Eu quero a minha família - falei soluçando e chorando sem parar.

- Você tem que se acalmar - a enfermeira disse outra vez.

- Por que eu não morri? - perguntei em meio ao choro.

- Não diga uma coisa dessas - o médico disse.

- Mas eu não pulei do quarto andar? - falei.

- Por milagre você só teve pequenos arranhões - ele disse - Você vai ficar aqui até amanhã em observação. Talvez depois de amanhã você tenha alta.

- Mas para onde eu vou? - perguntei.

- Você só tem um parente vivo - ele disse - Mas ela não tem possibilidade para cuidar de você. Então, você ira para um orfanato.

- Eu não quero que ninguém me adote! - gritei.

- Por enquanto você irá dormir - ele disse e a enfermeira me deu um remédio.

- Eu quero a minha família - fiquei repetindo baixinho enquanto as lágrimas rolavam pelo o meu rosto.

Tudo escureceu e eu entrei em um sono profundo. Eu sentia uma dor enorme no meu coração, parecia que havia arrancado ele de mim. As únicas pessoas que eu tinha ido embora. Eu estava sozinha na minha escuridão.

Não tinha razão para eu viver. Eu não quero mais viver. Eu só quero me juntar a minha família, ficar ao lado deles agora. Eu deveria ter morrido quando eu me joguei do quarto andar. É injusto só eu ter sobrevivido.

Mesmo que a Susan tenha aprontado tanto eu ainda a amo. Ela é a minha irmã, eu deveria ter ido junto com eles. Esse mundo não me pertence mais. Eu deveria ter feito os meus pais ter desistido de se mudar. Mas agora já é tarde. Tarde demais, eles se foram e me deixaram na eterna solidão. Eu estou sozinha nesse mundo horrível. Para sempre.

Desperta-me | Livro 1 - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora