Capítulo VIII - Parte I

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"Algo bom sempre irá acontecer na sua vida"
Bruna Zeferino Pereira

Boa leitura fofas e fofos ♡-♡
Espero que gostem :)
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" - Você tem visita - ela disse.

Senti a minha cabeça girar, como assim visita? Eu não tinha nenhum parente vivo até que eu me lembrei do que o médico disse que eu tinha um parente vivo, mas não tinha condições de cuidar de mim. Mas por que aparecer agora? Se ficou escondido por todo esse tempo."

Olhei para a mulher na minha frente e fiquei a encarando por um tempo. Ela começou a andar e eu a segui para uma sala que tinha ali perto, ela abriu a porta e eu entrei. Parece até que eu estou em uma cadeia, pensei e olhei para uma senhora que estava sentada em um sofá.

Ela tinha os cabelos grisalhos, usava uns trajes surrados. Ela olhou para mim e sorriu me assentei ao seu lado no sofá e olhei para ela mais uma vez. Eu não sei por que, mas eu praticamente tenho certeza de já ter visto essa senhora alguma vez.

- Você está tão bonita - ela disse sorrindo e passou a mão no meu cabelo.

- Quem é a senhora? - perguntei e olhei para o lado.

- Eu me chamo Alicia Hunter - ela disse.

Congelei quando eu ouvi aquelas palavras, eu sabia que eu tinha um parente vivo, mas era estranho escutar um desconhecido pronunciar o meu sobrenome Hunter. Olhei para a mulher mais uma vez.

- Eu sou a sua avó - ela sussurrou.

Eu tenho uma avó viva, mas por que eu estou nesse orfanato?

A minha cabeça agora estava completamente confusa. Como assim uma avó? E por que ela só apareceu agora? Onde ela esteve esse tempo todo?

- Por que eu nunca conheci a senhora?

- Eu não queria provocar um desgosto para os seus pais - ela disse cabisbaixa.

- Por que você provocaria um desgosto?

- Eu nunca tive uma vida boa - ela disse com a voz embargada - Sempre fui muito pobre... Talvez vocês não fossem gostar de ter uma avó assim.

- Você nos julgou de uma maneira - falei olhando para ela - Então por que aparecer agora?

- Eu não queria que você se sentisse sozinha - ela falou e passou a mão outra vez no meu cabelo.

- Você foi ao enterro dos meus pais? - perguntei esperançosa.

- Sim... - ela sussurrou.

- Eu quero visita-los no cemitério - falei olhando para o chão - A senhora pode me levar?

- É claro querida.

- Obrigada - falei.

- Eu te levo na próxima semana - ela disse e me abraçou.

- Você vai me tirar daqui? - perguntei retribuindo o abraço.

- Eu não posso.

- Por que não? - perguntei me soltando dos seus braços.

- Eu quero que você tenha uma vida boa - ela disse - O pouco dinheiro que eu tenho é só para pagar as minhas contas. Eu não tenho condições de me responsabilizar por você.

- Ah... - murmurei - É bom saber que eu tenho uma avó viva - falei sorrindo.

- Eu tenho que ir agora - ela disse e me abraçou mais uma vez.

Desperta-me | Livro 1 - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora