Quero Matar Meu Chefe

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Era uma vez em uma cidade chamada Rio de Janeiro, uma cidade perigosa para se viver, porém muito bela se você souber onde ir. Nessa cidade morava uma mulher de 21 anos que vivia muito feliz em seu apartamento bom e em seu emprego bom, onde o seu chefe era como seu segundo pai de tão bondoso, até que um dia um homem mau resolveu assumir os negócios da família e transformar a vida da bela mulher em um inferno, foi então que começou a era sombria, trabalho escravo, estresse desnecessário, e uma vontade insana de cometer um assassinato por pelo menos nos últimos três meses. O desfecho dessa história se aproxima pois agora ela está prestes a ser presa porque irá mata-lo e viver feliz para sempre. Fim.

Okay, eu não vou matá-lo, pelo menos não ainda, antes vou torturar e fazer ele me pagar todas as rugas que irei ganhar por causa de toda a raiva que esse idiota, troglodita, imbecil me faz passar. Só de imaginar o dia em que irei dar uma machadada em sua cabeça já me faz sorrir...

— Sonhando acordada no horário de serviço novamente, senhorita Foster? - E essa é a voz do capeta, admito que é imponente e bonita, mas vamos fingir que eu nunca pensei isso. — A senhorita é muito bem paga para trabalhar e não ficar tendo suas fantasias em horário de trabalho. – Quem o escuta falando, nem imagina que sou eu quem faz a maior parte do trabalho desse idiota!

— E você é um imbecil folgado...- Oh merda eu realmente disse isso em...

— O que você disse? – Que merda.

— Quem? Eu? – Me faço de desentendida. - Nada senhor Salvatore. - Negarei até a morte.

— Foda- se. Quero você na minha sala em trinta minutos! - Arrogante desgraçado.

— Na minha sala daqui trinta...- Sim, eu imitei meu chefe com uma voz irritante. Muito madura eu sei.

Trinta minutos depois estou entrando no inferno (também conhecido como sala do chefe idiota), faço a minha prece silenciosa de sempre, Deus me defenderei da ira do coisa ruim, vulgo Damon Salvatore, amém.

— Sente-se senhorita Foster.- Reviro os olhos, sempre tão mandão.— E não revire os olhos para mim.- Faço uma careta pois eu tenho certeza que ele estava concentrado em seu computador.

— Do que precisa? - Pergunto, afinal sou paga para isso não é?

— Preciso que a senhorita remarque todos os meus compromissos para daqui duas semanas. - O QUÊ? O demônio vai tirar férias? Acho que sorri demais, já que agora ele está olhando para mim como se eu fosse uma idiota. O que talvez eu seja.

— Sim senhor... Precisa de mais alguma coisa? - Posso jurar que vi a sombra de um sorriso o que só pode significar que estou louca já que ele sempre está de mau humor, a não ser quando ele dorme com alguma das suas fodas casuais.

— Viajaremos sexta-feira para Miami, faça suas malas com apenas o necessário. - Ele abre um pequeno sorriso o que o deixa minimamente mais atraente, não que eu seja daquelas que fica secando o chefe discretamente.

— Ah sim... Espera aí o que o senhor disse?!- Ele só pode estar brincando comigo.

— Está com problema de audição senhorita Foster? Iremos para Miami na sexta à noite, agora quero você fora da minha sala. – Arrogante filho da mãe.

— E o que eu vou fazer ? - Ele parece estar se controlando.

— O que você acha? Trabalhar senhorita Foster! Agora fora da minha sala. - Grosso!

— Grosso! - Não consegui evitar. — Já estou de saída Senhor Salvatore.- Saí e bati a porta. Que foi? Ele pode ser o capeta, mas não vou aturar desaforos. Ainda ouvi ele gritar algo como "não tem porta em casa não?!".

Digamos que meu chefe parece ter como objetivo pessoal me irritar ao extremo para depois ficar com aquela cara de "eu sou o dono do mundo", mal sabe ele que estou planejando uma morte bem dolorosa para ele... Céus eu tô assistindo muito filme, acho que assistir aquele "Quero matar meu chefe" não foi uma ideia saudável para minha imaginação.

O Lutador - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora