Nunca Mais vou beber

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Acordei com disposição e decidi fingir que a noite anterior nunca existiu. Agora estou pensando no que fazer já que ficarei com o dia livre, isso se o capeta não resolver que quer alguma coisa. Está chovendo, então nada de conhecer a cidade hoje... Queria que minha purpurina estivesse aqui com a Gabi, uma tequila com meus amores me faria bem. Ligo do telefone do meu quarto para a minha purpurina.

Ligação on:

- Amor, como estão as coisas aí? - Sorrio ao escutar a voz do Vic.

- Um tédio! Você deveria estar aqui, preciso dos seus drinks mágicos e dos seus babados diários. - Ele sempre tem as histórias mais doidas.

- Eu sei que faço falta, sou incrível demais para você viver sem euzinho na sua vida. - Reviro os olhos.

- Bicha convencida... - Dou risada.

- Também te amo, mas me conta como está o nosso chefe pecado? - Chefe o quê?

- Quem? - Que não seja aquele idiota egocêntrico...

- O delicia também conhecido como Damon Salvatore. - Ele suspira e eu reviro os olhos. Achar ele gostoso é fácil, quero ver conseguir conviver com aquele enviado do coisa ruim por mais de duas horas.

- Ele é o capeta isso sim, ontem ele deu um show no jantar que nem te conto... - Lógico que contei tudo com detalhes.

- Gata ele tá tão na sua! Mas agora me conta desse pedaço de mau caminho, Stefan. - Sorrio pensando que o ponto alto da minha noite foi conhecer ele.

- O Stefan é legal, é engraçado, me tratou bem, pegou meu telefone e nem se importou com o ataque do Salvatore, pensando bem, não sei como ele pode ser amigo do idiota. - Vic ri.

- Não ameaça o chefe pecado, precisamos dele inteiro. - Faço uma careta.

- Fale por você. Talvez eu o jogue do avião na volta se ele me irritar muito. - Sorrio imaginando a cena.

- Desisto de você, mas como alguém disse um dia: o pior cego é aquele que não quer ver. - Reviro os olhos outra vez.

- Você é louco. Como está a doida da Gabi? - Mudo de assunto na cara de pau mesmo.

- Viajou de novo, mas está bem. E eu percebi que você mudou de assunto amor.

- Não sei do que está falando. - Essa purpurina inventa cada uma.

- Agora tenho que ir, mas essa conversa ainda não acabou, amanhã eu te ligo. Beijo na bunda. - Que insistente.

- Te amo, beijo na bunda!

- Também te amo. - Sorrio

Ligação off.

Definitivamente passar o dia nesse hotel não estava nos meus planos, olho em volta e percebo que não tem nada realmente bebível nesse quarto. Uma pessoa normal ligaria para o serviço de quarto e pediria algum drink, mas eu não sou tão normal assim e também tem o fato de que qualquer coisa que eu pedir vai entrar na conta da empresa. Isso significa que o meu ex-chefe saberia, tudo o que eu não preciso agora é dar motivos para ele encher o pouco da paciência que me resta, ficar lembrando do momento estranho no elevador já é bem mais que o suficiente.

Tomo um banho quente e desço até a recepção, como não conheço nada na cidade ainda, vou precisar de ajuda.

- Bom dia... - Leio o crachá da recepcionista que por coincidência é a mesma do check-in do hotel. - Kelly. - Tento ser amigável.

- Bom dia senhorita, precisa de algo? - Matar o enviado do coisa ruim sem ir parar na cadeia depois.

- Sim, preciso ir ao mercado, tem algum por perto? - Que não seja longe porque terei que ir andando mesmo.

O Lutador - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora