Caixa Misteriosa

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— Isso é uma piada. Como assim esposa?! – Sério, a voz dela é extremamente irritante.

— Esposa, sabe quando as pessoas se casam. – Debocho.

— Eu não estou falando com você, coisinha. – Minha Nossa Senhora das boas meninas tá vendo que eu estou tentando manter a calma.

— O que você ainda tá fazendo aqui? Só some de uma vez, você atrapalhou uma coisa importante. – Damon parece querer que ela vá embora logo, isso é bom, ponto para ele.

— Eu já entendi a brincadeira, você teve um casinho com essazinha e agora ela está te chantageando? Não se preocupa amor, eu vou dar um jeito nisso e... – Damon a interrompe.

— Que porra. Cala essa maldita boca, meu casamento, assim como a minha vida, não é da sua conta Cindy. Agora caí fora, antes que eu perca aminha paciência e nunca mais me chame de amor. – Começo a fechar a porta, mas ela coloca o pé no caminho. Talvez eu o arranque fora...

— Fala sério, Damon! Então só pode ter sido uma porcaria de aposta. Foi isso, não foi? – Como é? Olho na direção do Damon esperando que ele negue, mas estranhamente ele não a responde de imediato. – Agora tudo faz sentido, só assim para você me trocar por essa coisinha sem sal e má educada. - Ainda estou processando o fato dele não ter negado a acusação, quando me assusto com seu tom de voz alterado.

— CALA A PORRA DA BOCA, CINDY! – Observo que ele tenta se acalmar. - Nunca mais na sua existência inútil fale assim da minha mulher. Para o seu bem é melhor que nem se aproxime dela. – Ele falou calmo demais e uma vozinha na minha consciência me diz que eu deveria ficar com medo quando ele parece tão calmo por fora, quando é evidente que está muito irritado.

— Inútil? Você não achou inútil nas noites que passamos juntos, amor. Eu sei que você me ama, pode estar com essa... Com ela, mas vai voltar para mim assim que se cansar do brinquedinho. – Antes que eu a responda, quem ela pensa que é para me chamar de brinquedinho, Damon está quase ao meu lado com um olhar que até eu teria medo.

— É a última vez que vou mandar você calar a porra da boca e sair da minha casa. Megan é a mulher que eu quero e você não passou de uma transa fácil, assim como todas as outras. – Ela olha para o chão e sei que não deveria, mas uma parte de mim se sente mal por ela. Ninguém merece ser tratada como um objeto.

— Isso não é verdade! Nós transamos muitas vezes e todo mundo sabe que você nunca tinha repetido com ninguém antes. – Mais rápido que eu possa processar ela entra correndo e quando percebo está com a boca colada nos lábios do Damon.

Sinto meu sangue ferver, toda minha parte racional me abandona quando ele a afasta e quando dou por mim já estou puxando seus cabelos enquanto a arrasto na direção da porta. Ela tenta resistir, mas acho que minha raiva é maior. Em pensar que por um momento me senti mal por ela, isso é falta de respeito.

— Você vem na minha casa, me insulta e acha mesmo que pode agarrar o meu homem? – Quando a solto ela tropeça em um degrau e acaba caindo do lado de fora.

— Eu vou acabar com você sua secretária de merda! O DAMON ME AMA E ELE VAI SER MEU! – Reviro os olhos.

— Por um momento, eu senti por você. Obviamente você foi usada e descartada da pior maneira possível, ninguém merece ser tratada assim. Mas além de oferecida, você não tem um pingo de amor próprio, pelo amor ele deixou claro que te usou e você tá aí me ameaçando como se eu tivesse culpa de alguma coisa. – Ela parece me olhar com mais raiva ainda, ser legal não está adiantando. – Não volte a aparecer na minha casa, não dê em cima do meu marido, porque se acontecer de novo eu não respondo por mim.

O Lutador - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora