A quintessência da vida não é resumível, não é palpável, não está na distância percorrida, ou quantas experiências viveu ou deixou de viver, na quantidade de amigos, na qualidade dos sorrisos, ou mesmo no extrato da conta corrente. A quintessência da vida é algo mais simples, delicado, que só os sentidos mais apurados podem perceber. Está no ir e vir das ondas, no vento que sopra arrancando o medo de seus cabelos, num selinho sem pretensão de acontecer, no jantar cheio de barulhos em torno da mesa com seus familiares, no degustar de um sorvete em uma tarde bem quente de verão ou num simples copo de água gelada em que as gotas de água transpiram pelo copo e escorrem entre os seus dedos. Está nas partículas frias que caem do céu enquanto você dança durante uma chove torrencial, no olhar do seu animal estimação, numa música que te faz explodir de alegria ou num filme que te faz chorar litros ou rir até não aguentar mais. Está no prazer de rir acompanhado sem parar, sem ninguém ao teu lado entender o que se passa, está no prazer de se sentir vivo a cada segundo, mesmo sabendo que nosso único destino comum é padecer. A quintessência é a parte mais pura de um todo, o que se é de verdade, que há de principal, de melhor em sua vida.
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Delírios poéticos
PoesiaPara cada momento que pensei em você, sem ser correspondido. Para cada lágrima que escorreu pelos meus olhos sem que ninguém tenha visto. Para cada noite fria em um inverno rigoroso que não passa. Mas, também para cada raio de luz que possa vir a me...