O Melhor Amigo Do Meu Irmão

Capítulo Um - Cecilia

Graças ao senhor, a sexta feira chegou! Isso significa:

F-É-R-I-A-S.

Esse ano foi muito puxado, ajudar minha mãe e minha avó com a escola, é muito cansativo e trabalhoso, mas gratificante.

Agora estou aqui, sentada no pátio enquanto as últimas crianças saem acompanhada de seus pais ou responsáveis. Eu adoro esse lugar, passo a maior parte do meu tempo aqui.

Foi aqui em que ele fez meu coração bateu mais forte. Ele defendeu de um colega de classe, que havia puxado minhas tranças, ele me abraçou forte enquanto eu chorava, desde então esse é o meu lugar favorito.

- Venha Cecilia! - Minha mãe, Candice, me chama. Levanto-me e limpo a calça, e caminho em sua direção.

- Cadê a vovó? - Pergunto assim que a alcanço.

- Ela irá ficar até mais tarde. - Minha mãe avisa enquanto entramos no carro. - Tem reunião com os funcionários.

- E por que você não vai ficar? - Pergunto.

- Já se esqueceu, Cecilia? - Minha mãe me olha indignada.

- Não, mãe! É só sobre isso que falamos. - Reviro os olhos, sem que ela veja. Meu pai diz, que quando faço isso, fico a cara da minha mãe, mas eu não acho que somos parecidas, nossa única semelhança é a pele bem branquinha.

- Arrumou as malas? - Ela pergunta, mantendo os olhos na estrada.

- Sim, ontem de noite. - Respondo olhando pela janela.

- E você irá levar aquele vestido preto?

- Vou, mas não quero usá-lo, ele fica indecente. Nunca mais deixo você e a tia Lil comprarem roupas para mim.

- Não fica. Deixa de bobeira, o vestido é lindo e você também é. - Minha mãe me dá um sorriso cheio de dentes. - Eu acho que o James vai gostar. - Ela balança as sobrancelhas.

- Mãe!!! Não começa, por favor. - Passo a mão no rosto, já sei onde isso vai dar.

- Filha, eu acho que... - E lá vamos nós. Minha mãe começa a falar de como o James é bonito, inteligente, bom rapaz, e que me trata muito bem, e que eu devia dar uma chance a ele. E blá blá blá.

E você acha que eu nunca pensei nisso?

Claro que pensei, penso nisso praticamente as vinte e quatro horas do dia, mas o bonitão, me vê apenas com a Ceci, irmã do Brad. E isso não é muito legal. Entendo que o JJ tem um código com o meu irmão e tal, mas poxa, quando ele vai entender que talvez eu seja quem ele procura para finalmente amar de verdade e...

- Você está pensando nele!! - Minha mãe acusa.

- Não tô, não! - Minha voz sai fina. Droga! Ela sabe que eu estou mentindo.

- Eu te conheço com a palma da minha mão e seu sorriso te condena. - Ela solta uma risadinha. Eu estava sorrindo enquanto pensava nele? - Dá um beijo nele, se ele não toma o primeiro passo, tome você.

- Mãe, você é péssima em dar conselhos! E eu não vou tomar o primeiro passo de nada. Isso não vai rolar, desiste. - Suspiro cansada disso. Toda vez é a mesma coisa. - E a senhora tem que entender, que, eu sou intocável. - digo e nós duas rimos.

- Você ainda não se acostumou? - Nego, e ela suspira. - Gatinha, seu irmão e o seu pai, são dois idiotas, mas eles querem o seu bem.

- Eu sei, eu sei, mas não precisa dessa proteção toda, eu não sou de vidro, não quebro fácil. - Respondo. - Os caras nem chegam perto de mim, meu pai, Brad e JJ andam comigo como se fossem meus seguranças. Isso é uma droga.