O Melhor Amigo Do Meu Irmão

Capítulo Sete - Cecilia

Olha como eu sou boazinha...

Demorou pouco tempo até chegarmos à casa do lago; saímos do carro feito dois loucos pronto para a briga. Batemos as portas do carro e adentramos a casa ruidosamente.

- Pronto, estamos aqui. - James bate a porta com força. - Fala logo de uma vez.

- O que quer saber? - Cruzo os braços.

- Sobre a porra da sua noite! - Ele passa a mão no cabelo, desalinhando os fios.

- Não é da sua conta, e eu não quero saber como foi a sua, com aquela loira ridícula. Então não espere que eu fale.

- O assunto aqui, não é com quem transo ou deixo de transar e sim sobre sua falta de senso. Você é uma irresponsável! Se entrega para o primeiro que apareceu.

- Mentira!!! Você não me quis.

- E isso é motivo para se jogar nos braços de outro? - Ele pergunta e eu o ignoro.

- Você quer todos os detalhes ou só a parte que interessa? - Digo cínica e ele olha dentro dos meus olhos. - O Adrian...

- Adrian de quê? - Ele me interrompe.

- Hum?

- Sobrenome!

- Isso interessa?

- Com certeza! Quero o nome para ir atrás do filho da puta que tocou em você. - Ele diz e eu suspiro, lembrando da pegada do Adrian. James se aproxima de mim, ferozmente. - Agora vai ficar soltando suspiros apaixonados, porra?

- Para de agir como um babaca! E meus suspiros são de boas lembranças. - Provoco.

- Lembranças, Cecilia?

- Sim, o jeito que ele me pegou, como suas mãos tocavam o meu corpo. - Digo e vejo o rosto de James ficar vermelho. - Nossa! Dá até um calor. - Me abano teatralmente.

- Dá calor, Cecilia? - Ele se aproxima. Encaro esses lábios e inevitavelmente umideço os meus. Seus olhos verdes estão tão intensos.

- Muito. - Solto outro suspiro. Ele agarra o meu braço e me arrasta para dentro da casa. Ele abre uma porta qualquer e me pega no colo, me debato em seus braços. - O que você vai fazer?? - Ouço o barulho do registro e logo de água caindo.

- Apagar o seu fogo! - Dito isso, ele me coloca no chão de baixo do jato de água fria.

- Desgraçado!!!! - Eu grito e tento sair da água, mas ele está me prendendo contra a parede. - Me solta, James!

- Você ainda está esquentadinha. - Ele provoca.

- E daí? Você está tentando apagar um fogo que ainda sinto. - Esfrego as pernas e ele olha para baixo, e sua atenção é desviada, aproveito para puxá-lo para debaixo d'água.

- Caralho!!! - Ele passa a mão no rosto, limpando a água. - Me solta, Cecilia!

- Não! - Ergo o meu olhar e o encaro.

- Cecilia... - Ele tenta me empurrar e num impulso, agarro-o com minhas pernas, prendendo-as em suas pernas. Ele espalma as mãos em minha bunda e me ergue. Ele está tão perto.

- Foda-se, James! - Avanço para cima dele, beijando-o. Quem esse idiota pensa que é? Ficou todo puto da vida, por saber que passei -- Lê-se: transei -- com um cara. Nesse beijo, descontamos toda a raiva sem sentido, pois ele não tinha o direito de se intrometer em um assunto que não é de sua conta e nem eu tenho direito em me intrometer nas escolhas dele.