Capítulo Onze - Cecilia

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James me deixou ofegante, suada, cansada e muito satisfeita; Ter o seu corpo em cima de mim, me 'amando' e engolindo todos os meus gemidos com beijos ardentes, foi algo de outro mundo.

Seus dedos criam formas aleatórias em minha pele exposta, suas carícias suaves me arrepiam por inteiro.

-- James?? -- Falo baixinho.

-- Humm? -- Ele resmunga e se mexe.

-- Posso te perguntar uma coisa?

-- Claro. -- Sua voz me mostra que ele está bem acordado. Levanto a cabeça para olhá-lo e sua mão descansa em minha cintura.

-- Por que você ficou daquele jeito mais cedo? Eu fiz algo de errado?

-- Não, você não fez nada de errado. É só que... -- Ele solta um longo suspiro e se cala.

-- É só que??? Você sabe que pode desabafar comigo. -- Incentivo-o.

-- São coisas do passado, apenas. Você deve estar cansada, durma. -- Seus lábios tocam minha testa com carinho e com isso ele põe um ponto final na conversa.

Me aninho ao seu corpo e o abraço, confortável e quentinha fecho os olhos, tento assimilar o jeito que ele estava a algum acontecimento que eu saiba, mas nada vem a minha mente. Cansada de maquinar sobre suposições, deixo o sono me vencer.

Rolei de um lado ao outro, esperando sentir o corpo quente de James junto a mim, mas isso não acontece. Abro os olhos e me vejo sozinha no quarto, bufo frustrada e me levanto da cama.  Pego um short e uma blusa qualquer nas gavetas e sigo para o banheiro; a água quente faz minha pele sensível queimar, apesar de não conseguir regular a água, tomei um banho gostoso mas rápido. Segui para o andar de baixo, devidamente vestida, e acabei encontrando tudo silencioso e vazio. Olhei para o pequeno relógio que tinha perto da televisão e conferi as horas, oito e meia.

Já que pelo visto ninguém havia acordado, fui para a cozinha tomar o café da manhã. Esquentei dois pedaços pizza e peguei um copão de refrigerante; segui para a varanda e quase cai dura no chão ao me assustar com James na rede. Deixei meu café na mesa de madeira e voltei para a rede, ele dormia tranquilamente, mas seu semblante estava carregado.

Por que ele está aqui fora?

Tentei acorda-lo e minhas tentativas foram em vão. O sono dele estava pesado e ele estava cansado, apesar de ficar com dó de vê-lo dormindo nessa rede desconfortável, sabia que era melhor deixá-lo dormir, pois se o acordasse, ele não voltaria a dormir tão cedo.

Tomei o meu café ali fora mesmo, e como o sol estava muito bom e me sentia bem, peguei meu caderno e lápis no quarto, é sempre bom deixar a minha mente fluir, voltei ao ar livre e deixei meus rabiscos tornarem formas no papel branco.

-- Bom dia, princesa! -- Papai me dá um beijo no rosto. -- O que você está fazendo?

-- Bom dia. -- Sorrio. -- Nada de importante. -- Fecho o caderno. -- Como foi a noite?

-- A sua mãe é incrível! -- Ele fecha os olhos, relembrando algo, e um sorriso brota em seu rosto.

-- Pai!!! Não. -- Fecho os olhos e balanço a cabeça. -- Eu vou ficar pensando em vocês. Argh!! -- Faço uma careta.

-- Foi inevitável, desculpa. Mas não leve para o lado sexual, é coisa do coração! -- Ele me abraça. -- Você vai entender isso quando achar a pessoa certa. -- Ele dá um sorriso apaixonado.

-- Como eu vou saber que é coisa do coração, sendo que, eu não posso nem mesmo namorar. Imagina só quanto vai demorar pra sentir algo assim. Vou ter cinqüenta anos e ainda vou estar solteira. -- Digo e meu pai cai na gargalhada. -- Para!!! Tô falando sério. Vou ficar pra titia.

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora