Capítulo Seis - Cecilia

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A batida da música é envolvente, danço com os olhos fechados e com um sorriso nos lábios, nunca dançei assim. E estou adorando.

Estou envolta em uma sensação tão gostosa.

Por incrível que pareça não chegou nenhum cara, se esfregando em mim, os dois que conversei foram gentis comigo, chegaram no meu ouvido e me pediram para dançar com eles. Foi divertido não ter nenhuma interrupção.

Sai da pista, pois o calor estava demais; encontro James conversando com uma loira. Normal. Eu aqui, pensando que talvez, ele quisesse ficar comigo mas me enganei. Saio do bar rapidinho e me deparo com a grande praça, cheia.

Caminho sem destino certo, vejo uns bancos de cimento e é para lá que eu vou. Esses saltos idiotas ficam agarrando nessas pedras então o melhor que faço é ficar sentada. Esse é o meu planejamento por toda a noite.

- O que uma moça tão bonita faz aqui, sozinha? - Uma voz masculina diz, atrás de mim.

- Estou descansando e tomando um ar. - Sorrio, e o estranho vem e senta do meu lado.

- Como se chama? - O moreno bonito, pergunta.

- Cecilia e você?

- Adrian. - Ele responde sorrindo.

- Hum, belo nome. - Digo, desviando o olhar para os meus pés.

- Quais os planos para a noite? - Ele quer saber.

- Ficar sentada, curtindo esse banco. - Digo, meio irritada. Eu sou uma idiota, devia voltar naquela merda de bar e fazer o idiota do James ficar comigo e não com a loira siliconada.

- Topa passear?

- Quê? - Pergunto ao notar que ele ainda está falando comigo.

- Passear. Dar uma volta pela praça.

- Eu não sei.

- Tudo bem, podemos curtir o banco. - Ele se encosta no banco, relaxando.

- Como é? Você vai ficar aqui?

- Vou, algum problema?

- Não, nenhum.

- Que bom, passarei a noite ao seu lado. - Ele diz, e eu mordo o lábio inferior para tentar conter um sorriso.

Adrian, o estranho do banco, é super legal e meio doido. Fala sobre tudo e é muito curioso.

- E a propósito, adorei sua dança. - Ele fala enquanto caminhamos pela calçada. - Me ensina aquele passo?

- Qual?

- Um que você fazia um negócio assim! - Ele começa a 'dançar' e eu me acabo de rir. - Sabe qual é?

- Não. - Digo em meio ao riso.

- Poxa! - Ele faz uma carinha de cachorrinho que despencou da mudança. - Acho que estou tímido, quando estivermos à sós, você vai saber do que estou falando. - Eu arregalo meus olhos e Adrian ri. - Isso não é uma proposta indecente, a não ser que você queira. - Ele pisca pra mim.

Jesus!

- Vou pensar! - Faço charme e ele sorri, exibindo seus dentes branquinhos.

- Tudo bem, agora vamos, temos muitas coisas para vermos. - Ele pega minha mão e juntos caminhamos pela praça.

Ela é maior do que realmente imaginei. Adrian, me levou para comprar comida, ele ficou surpreso em saber que venho aqui desde sempre e nunca havia vindo à festa ou comido algo típico daqui.
Nós dividimos um hot-dog enorme, comemos algodão doce, pêra caramelada, e uns doces caseiros. Bebi refrigerante e até tomei um gole de uma bebida docinha, feita de frutas e álcool.

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora