nova escola (segunda-feira)

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Hoje, ja está fazendo uma semana que eu vi a mensagem do Gabriel.

Tentei descobrir oque era, más ele não me contou nada.

Agora estou tomando banho pra ir pro colégio. Tomei um banho bem rápido pois já estava atrasada. Fiz uma maquiagem simples so pra disfarçar a cara de sono.

Peguei minha bolsa e desci as escadas. Eu estava com o uniforme, que é uma saia preta um pouco acima do joelho, e uma camiseta branca. Deixei meu cabelo solto. Estava com uma sapatilha creme com rendas. No uniforme tem uma gravata feminina vernelha. Mas hoje eu nao quis ir com ela.

O Thaylor estava lá, me esperando. Ele tinha que ir comigo até na escola, segundo o Gabriel, era pra minha segurança. Ja estou acostumando com essa nova vida. O Thailor e bem gente boa. Ele esta mais para amigo doque para segurança.

-- Oi, vamos? --falei pro Thaylor que estava sentado no sofa conversando com o motorista do Gabriel.

-- vamos. --ele falou se levantado. Fomos pro carro ele abriu a porta pra mim como sempre, deu a volta e entrou no lado do motorista. Eu sempre ia no banco da frente com ele.

Liguei o radio e estava tocando umas músicas que eu e o Thailor estavamos cantando esses dias. Ele toca violão, e eu gosto de cantar, então numa tarde nos nao tinhamos onde ir, ele falou que ia tocar violão pra mim. Ele tambem canta. Mas diz que gosta mais de tocar o violão.

Mas voltando pra realidade de hoje. Ele começou a cantar e eu acompanhei ele.

--chegamos--ele falou me olhando. --eu vou ter que falar com a diretora. --ele falou. --espere eu descer. --ele falou abrindo a porta do carro.

Ele desembarcou, e foi ate o meu lado e abriu a porta pra mim.

--porque fez isso? --perguntei descendo do carro. Olhei pra ele e sorri.

--eu mandei você esperar porque eu sei que voce sempre sai antes que eu abra a porta pra voce.

Sorri pra ele. Fiquei olhando para aquele prédio, estava cheio de gente no pátio. Era meu primeiro dia de aula. A semana passada eu não vim pro colégio porque o Gabriel nao tinha feito a minha matricula ainda. E quinta e sexta era feriado.

--vamos?--ele falou pra mim e segurou a minha mão. Na hora eu senti meu rosto corar. Senti um calor subir pelo meu corpo. Eu estava mesmo com muita vergonha.

Olhei pra ele e ele sorriu pra mim.

--porque tudo isso?-- Falei olhando para as nossas mãos.

-- é so meu dever. --ele falou e piscou pra mim.
Senti meu rosto queimar denovo. Olhei pro chão tentando disfarçar o meu rosto corado.

-- olhe aqui. --ele disse. Eu olhei pra ele e ele começou a rir. --você tá corada.?!-- ele falou rindo ainda mais. Acompanhei ele em um riso sem graça.

Entramos no colegio e todos ficaram olhando.

Fiquei pensando oque tinha de tão importante em nós. Cheguei mais perto do Thailor e perguntei.

--porque todos estão olhando!? --perguntei fazendo uma careta.

--talvez por causa do seu irmão, ou porque eu ja estudei aqui. --ele fala olhando pra mim. --eu estudei aqui o ano passado. Conheço quase todos aqui. --ele fala e passa um grupo de meninas que ficaram olhando e rindo pra ele.

--o que tem meu irmão que todos conheçem ele? --passamos por um grupo de caras gatos, que acho que eram populares, eles comprimentaram o Thailor.

--talvez por ele ser o maior traficante da regiao. --na hora que ele falou isso eu parei de andar. Fiquei olhando pra ele com cara de surpresa.

--como assim?--perguntei assustada.

--ele nao havia te contado ainda? -- ele fala assustado como se tivesse falado alguma coisa que nao devia.

--ele me falou que era traficante.... mas não que era "importante" no tráfico! --falei fazendo aspas com as mãos no importante.

--não devia ter falado nada. --ele falou baixo, mas o suficiente pra mim ouvir. --vamos? --ele falou rapido, disfarçando oque ele tinha acabo de falar.

Na hora que eu ia pedir explicasões para ele, o sinal tocou avisando que iria começar as aulas.

Logo começou a surgir alunos de todos os lados. Eu fiquei paralizada ali no meio daquela bagunça de pessoas. Tinha pessoas gritando, falando, correndo, se beijando, e fazendo outras coisas que eu nao prestei atenção, pois alguem pegou na minha mão. Olhei para o lado e era o Thailor, denovo.

Ele olhou pra mim, e percebeu que eu estava asssutada e confusa. Eu nao era acostumada com escolas tão lotadas. A minha escola la no Brasil era grande mas tinha um limite de alunos.

-- calma, ja acaba tudo isso.--ele falou passando o braço pela minha cintura para nao deixar eles me derrubarem, pois estavam me empurrando. Até que era comfortante ficar ali, nos braços fortes dele.
Mas ai lembrei que ele era meu segurança e eu não posso ficar imaginando nada. (Eu nao estava imaginando nada mesmo).

Quando acabou aquela bagunça, eu e oThailor fomos ate a sala do diretor.

Fiquei na sala de espera ate o Thailor ir falar com o diretor. Fiquei ali na sala de espera sentada em uma poltrona que tinha ali. Olhei o whatsapp que estava cheio de mensagens pois eu nao tinha entrado hoje ainda.

Logo o Thailor veio junto com um homem alto, meio careca.

--oi, senhorita Alana. Eu sou o diretor Luiz. --ele fala o homem, com a mão estendida há minha frente.
Apertei sua mão, educadamente, e respondi um "oi" bem falso. -- a sua sala é a numero 129, no quarto andar. --ele falou me entregando a autorização para eu entrar na sala.

-- vamos? --o Thailor falou pra mim. O diretor falou um até logo que ninguem respondeu. Começamos a subir as escadas, no segundo andar eu ja estava cansada.

Porque esse colegio nao tem elevador? Parei no meio da escada entre o segundo e terçeiro andar, senti na escada. Eu quase nao conseguia respirar. O Thailor olhou para mim e começou a rir.

-- você é fraca!--ele falou rindo. --ja cansou, precida fazer mais exercicios de resistencia.

--fica quieto. --foi a única coisa que eu consegui falar. Ele se sentou ao meu lado e ficou me olhando. Desviei o olhar, isso era dificil, desviar o olhar daqueles lindos olhos.

Quando consegui recuperar o minha respiração, levantei para continuar. O Thailor pegou a minha bolsa e levou.

Chegamos no ultimo andar e la tinha três salas com números. As outras eram laboratórios e salas de imformatica. (Estava escrito na porta)

Olhei nos numeros das portas e achei a que tinha o numero 129. As outras salas eram o número 128 e 130.

Bati na porta com os nós dos meus dedos. Um homem do cabelo esprtado, abriu a porta. Pedi licença e entrei na sala.
Entreguei a autorização para ele. Ele leu e olhou pro Thailor. O Thailor entrou e entregou um papel para o professor.

O professor olhou o papel que o Thailor havia entregado há ele.

--podem sertar-se voces dois.--olhei pro Thailor e me segurei para nao rir do jeito que o professor falou. Ele tinha um sotaque muito estranho. E ainda falou "sentar-se", acho que nem existe essa palavra.

Procurei um carteira que estivesse desocupada pra eu se sentar. Achei, perto da janela, nao era muito no fundo da sala e nem muito na frente. O Thailor sentou atraz de mim, pediu um caderno emprestado e uma caneta.

Fiquei pensando, porque o Thailor veio junto comigo ate aqui na sala?

Escrevi na primeira folha do caderno que iria emprestar pro Thailor:
" porque você entrou aqui na sala? Voce nao deveria ficar lá fora? "

Passei o caderno para traz, onde ele estava sentado. Logo escutei a folha do caderno sendo arrancada.
Ele passou a papel para mim, estava todo dobrado.

O professor estava passando um poema no quadro. Nao sei nem que aula era. Acho que era de português. Abri o bilhete que o Thailor havia me mandado:
"Ordem do seu irmão. E para eu ficar junto com você ate na sala de aula. "

Peguei a caneta para responder ele. Mas o sinal avisou que ja tinha acabado a aula.

Meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora