Believe in Yourself ♡ (Fanfic The Vamps)

It will be.

Finalmente o período mais terrível do ano se inicia: À volta as aulas. Acordo com minha mãe me chamando ao lado de minha cama:

-Ei Liz, filha acorda, estou te chamando a mais de dez minutos.

-Que horas são? Pergunto, confusa.

-07h03min. O Nick passou aqui um pouco mais cedo e disse que te esperaria, mas o mandei ir na frente. Não sabia se você iria para o colégio hoje. -Respondeu ela. Nick é o meu melhor amigo desde os seis anos de idade, e sempre nos demos muito bem. Um sempre dormiu na casa do outro, passando tardes comendo pipoca e assistindo a filmes que somos fãs. Nós somos praticamente irmãos. Nunca nos separamos, e eu espero que seja assim para o resto da vida.

Mas, deixe eu me apresentar direito. Sou Elize Lincoln e tenho dezessete anos. Tenho 1.58 de altura, cabelos pretos, lisos e repicados nos ombros, olhos verdes, e minha pele é muito branca e alva, motivo suficiente para que Nick me chame de "Branca de Neve". Moro no Brasil, na cidade de São Paulo, e sinceramente, eu não sou nada feliz aqui. Meu maior sonho é morar em Londres, descolar uma grana, e sair pelo mundo viajando por todos os lugares possíveis. Mas, não me iludo facilmente. Sou a nerd da classe, a intelectual, esquisita, de jaqueta xadrez em uma tarde de verão. Aquela que todos ignoram. Aquela que não é nada popular. Esse futuro não pertence a mim. Mas, acalme-se. Eu não sou nenhuma rockeira gótica que frequenta a cemitérios. Sou uma garota qualquer, normal, que é loucamente apaixonada por livros e música. Ahh, música..Automaticamente limpo minhas lágrimas, para que minha mãe não as perceba.

Despertando de meus devaneios, me levanto correndo, escolho uma roupa qualquer, pego meus fones de ouvido, e é claro, minha agenda pessoal. Veja bem, ela não é apenas uma simples agenda, é "A Agenda, mega, super, pessoal, que ninguém, nunca, jamais, deve ler, ou até mesmo tocar". Entenda, não é um diário. Já passei dessa fase.

Desço correndo as escadas e pergunto à minha mãe se alguma correspondência foi entregue para mim.

-Não minha querida.-Diz ela, com pesar nos olhos. - Mas não se preocupe, tenho certeza de que você foi ótima!

À exatamente 47 dias estou esperando ansiosamente o resultado do Vestibular da EF, que é uma das melhores companhias de intercâmbio do País. E como um dos meus maiores sonhos sempre foi viajar para o exterior, a minha tutora de inglês, Mery, que me dá aulas particulares, trabalha na EF. Portanto, ela conseguiu uma vaga para que eu pudesse ao menos fazer a prova. E a partir de então, tenho esperado o resultado.

Tento dar um sorriso falso para que minha mãe não perceba a decepção estampada em meus olhos, dou um beijo em sua bochecha e saio de casa para mais um dia naquele inferno chamado escola. Já deu para perceber que eu odeio aquele lugar, tanto quanto odeio os rótulos formados por aqui e ali. São sempre os mesmos grupos e sempre as mesmas pessoas. E esse é o maior motivo para que eu queira ir embora o mais rápido possível.

Chegando ao portão do colégio já consigo avistar Camila e Rosie. Veja bem, eu odeio essas duas, odeio como se não houvesse coisa pior para odiar. Sabe aquele tipo de patricinha imprestável que enche a paciência de qualquer ser humano normal? Bom, essas são elas. E é claro que eu quero ser odiada por aqui, com minhas calças skinnies, camiseta dos Beatles, uma jaqueta jeans surrada, e um all star velho. Passo por elas e consigo dar o sorriso mais cínico que alguém poderia querer.

Entro no colégio e ando até o meu armário. Chegando até lá vejo Nick encostado no seu (que a propósito é ao lado do meu) e ele está conversando com Anne, uma garota meio alta, com um corpo escultural e que tem cabelos ruivos de dar inveja em qualquer morena como e. Eles estão saindo juntos, por um tempo, e duvido muito que eles ainda não tenham ficado. Odeio essa garota. Quando chego em frente ao armário, comprimento os dois.

- Oi Nick, tudo bem? Obrigado por me esperar..

-Não me culpe pelos seus atrasos, Branca..-diz Nick com uma cara de bravo, mas logo me dá um sorriso.

- Ah você sabe muito bem como eu sou né Nickito- digo com uma cara de sínica.

-Alguma noticia da EF, Liz?- pergunta Anne.

-Até agora nada Ann, mas assim que souber de algo juro que te conto.
Pego meus livros no armário e saio dali, antes que o sinal bata e eu fique pra fora da sala pela 3° vez nesta semana.

Entro para a aula de Artes Modernas e a professora está falando sobre Plabo Picasso, e sinceramente eu adoro as aulas da senhora Morgan, mas eu estou com tanto sono que acabo dormindo durante a maioria das aulas. Só acordo quando sinto meu celular vibrando em meu bolso. Quando ligo o visor, falto cair da cadeira. Meu Deus, já são 10h37min. Isso explica o por que da sala estar tão vazia e silenciosa. A maioria deve estar a quadra de Basquete. Porcaria, vou ficar de recuperação em Educação Física de novo. Obrigado mais uma vez, Nick. Mas pensando bem, ele nem teve aula comigo hoje. O celular toca de novo e quem está me ligando é a Mery. Mas que estranho, ela nunca me ligaria assim, principalmente em horário de aula. Estranho. Saio da sala de aula e atendo à sua ligação.

-Oi Mery, porque está me ligando uma hora dessas? Está tudo bem com você? E o bebê?

Mery está gravida de 2 meses. O pai da criança é um inútil, e a abandonou, quando soube que ela estava gravida. Considerando o fato de sermos muito amigas, e o imprestável do pai da criança ser meu tio, desde então ficamos muito próximas e ela é como uma mãe para mim. Portanto, é minha obrigação se preocupar com qualquer tontura que ela sentir.

- Oi Liz, está tudo bem comigo e com o bebê. Na verdade está tudo ótimo! Mas eu tenho uma coisa muito importante pra te contar. Venha para o shopping, estou te esperando na praça de alimentação, tudo bem?

-Okay Mery, estou indo pra aí..Beijos.

Mas o que será que aconteceu? Será que ela já descobriu o sexo da criança? Ou resolveu finalmente entrar na justiça para conseguir pelo menos uma pensão do meu tio (que afinal de contas é bem rico)? Não sei.. Levanto-me da carteira, junto todo o meu material, e saio da escola, indo direto ao shopping, pois a curiosidade está me matando.