- Sim Juliane, sou eu. - ele respondeu de forma indiferente e um tanto sarcástica.
- O que está fazendo aqui?
- Vim te visitar. - ele respondeu como se fosse óbvio.
- Mas eu não me lembro de ter te convidado para vir a minha casa.
Meu término com Patrick não foi nada amigável, nós discutimos muito e nos ofendemos várias vezes, então acho que tenho meu motivos para trata-lo assim.
- Bem, não vai me convidar para entrar?
Abri a porta e entrei, deixando a mesma aberta como sinal de que ele poderia entrar, ele entrou.
- O que você quer? - perguntei sem rodeios.
- Conversar.
- Patrick, eu recebi uma tarde de folga e tinha em mente ir a procura de trabalho, então se não for incomodo eu gostaria que você deixasse essa conversa para outra hora, em outro lugar.
- Calma Juju, eu não pretendo demorar. - ele falou se aproximando.
Dei um passo pra trás e o encarei com raiva.
- Não me chame de Juju e fale logo.
- Enzo.
Paralisei, Patrick era muito ciumento, eu não podia ter amigos homens que ele surtava e como ele não gostou muito da nossa separação, eu não quero nem pensar o que ele pode ter feito.
- O que tem Enzo?
- Não se faça de sonsa, você anda saindo com ele.
- E DESDE QUANDO ISSO É DA SUA CONTA PATRICK? - perguntei já alterada, eu não gosto que se metam na minha vida.
- Não grite comigo.
- Patrick, eu vou perguntar só uma vez, o que você fez com Enzo?
- Só o comuniquei do que acontece com quem mexe com o que é MEU.
Comecei a rir.
- Com o que é seu? Patrick por favor não se faça de sonso, eu não sou sua, nunca fui, sempre fui minha e sempre serei.
- Não use seus argumentos feminazi.
- Você está na minha casa, então me respeite.
- Te respeitar? Você não merece respeito, mal terminamos e já está saindo com outro. Tu és uma VAGABUNDA!
E aquilo pra mim foi a gota d' água.
- Escute bem o que eu vou lhe dizer, EU não posso fazer nada se você é infeliz e não consegue viver bem sem humilhar meio mundo. EU não posso fazer nada se você não valorizou enquanto tinha. EU não posso fazer nada se você é um MERDA que não sabe limpar nem as próprias calças. E EU quero que você saia da minha casa agora.
- Me obrigue.
Apontei o dedo para a porta e ele chegou mais perto.
- Patrick, não me faça chamar a polícia.
E ele chegou mais perto ainda.
- Patrick saia já daqui.
E então quando tínhamos apenas alguns centímetros de distância ele sussurrou no meu ouvido:
- Você não consegue resistir a mim.
E então eu dei-lhe uma joelhada entre as pernas e o tirei para fora da minha casa. Quando ele saiu, tranquei a porta e fui tomar um banho, para tentar relaxar.
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Traz Mais Um Café!
RomanceSinopse: "Estava eu mais uma vez na mesma cafeteria de sempre, bebendo o mesmo café de sempre, sozinha, como sempre. Minha vida tem se resumido nisso, acordo, coloco qualquer roupa que aparecer pela frente e vou até a Cafeteria Energiza, tomo meu ca...