CAPÍTULO SETE

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- Sim Juliane, sou eu. - ele respondeu de forma indiferente e um tanto sarcástica.

- O que está fazendo aqui?

- Vim te visitar. - ele respondeu como se fosse óbvio.

- Mas eu não me lembro de ter te convidado para vir a minha casa.

Meu término com Patrick não foi nada amigável, nós discutimos muito e nos ofendemos várias vezes, então acho que tenho meu motivos para trata-lo assim.

- Bem, não vai me convidar para entrar?

Abri a porta e entrei, deixando a mesma aberta como sinal de que ele poderia entrar, ele entrou.

- O que você quer? - perguntei sem rodeios.

- Conversar.

- Patrick, eu recebi uma tarde de folga e tinha em mente ir a procura de trabalho, então se não for incomodo eu gostaria que você deixasse essa conversa para outra hora, em outro lugar.

- Calma Juju, eu não pretendo demorar. - ele falou se aproximando.

Dei um passo pra trás e o encarei com raiva.

- Não me chame de Juju e fale logo.

- Enzo.

Paralisei, Patrick era muito ciumento, eu não podia ter amigos homens que ele surtava e como ele não gostou muito da nossa separação, eu não quero nem pensar o que ele pode ter feito.

- O que tem Enzo?

- Não se faça de sonsa, você anda saindo com ele.

- E DESDE QUANDO ISSO É DA SUA CONTA PATRICK? - perguntei já alterada, eu não gosto que se metam na minha vida.

- Não grite comigo.

- Patrick, eu vou perguntar só uma vez, o que você fez com Enzo?

- Só o comuniquei do que acontece com quem mexe com o que é MEU.

Comecei a rir.

- Com o que é seu? Patrick por favor não se faça de sonso, eu não sou sua, nunca fui, sempre fui minha e sempre serei.

- Não use seus argumentos feminazi.

- Você está na minha casa, então me respeite.

- Te respeitar? Você não merece respeito, mal terminamos e já está saindo com outro. Tu és uma VAGABUNDA!

E aquilo pra mim foi a gota d' água.

- Escute bem o que eu vou lhe dizer, EU não posso fazer nada se você é infeliz e não consegue viver bem sem humilhar meio mundo. EU não posso fazer nada se você não valorizou enquanto tinha. EU não posso fazer nada se você é um MERDA que não sabe limpar nem as próprias calças. E EU quero que você saia da minha casa agora.

- Me obrigue.

Apontei o dedo para a porta e ele chegou mais perto.

- Patrick, não me faça chamar a polícia.

E ele chegou mais perto ainda.

- Patrick saia já daqui.

E então quando tínhamos apenas alguns centímetros de distância ele sussurrou no meu ouvido:

- Você não consegue resistir a mim.

E então eu dei-lhe uma joelhada entre as pernas e o tirei para fora da minha casa. Quando ele saiu, tranquei a porta e fui tomar um banho, para tentar relaxar.

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