É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor e senhor da caça e das matas, cujos segredos sabe e defende.
Na descrição mais comum, é um anão de Cabelos Vermelhos, com Pelo e Dentes verdes ou azuis. Como protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir os agressores da Natureza e o caçador que mate por prazer. Se diz que é muito poderoso e forte.
Seus pés voltados para trás, serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caipora. Para os Índios Guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
A função do Curupira é proteger as florestas. E todo aquele que derruba, ou por algum outro motivo estraga inutilmente as árvores, é punido por ele com a pena de ficar perdido por dias dentro dos bosques, desorientado, sem saber nem o próprio nome, incapaz de acertar o caminho de volta para casa e sem a lembrança de quem são seus parentes, ou onde mora. O Curupira também persegue os caçadores em casa com seus assobios. Para fazer ele calar-se basta bater-se em um pilão.
É crença entre os selvagens e moradores dos campos e florestas, que quando alguém avista o Curupira, pode ter certeza de uma coisa, a partir daquele momento, a infelicidade o acompanhará por um bom tempo, e todo empreendimento no qual se aventure, terá grandes chances de dar errado.
Dizem que quando o indivíduo vê-se perdido no mato, encantado pelo Curupira, para quebrar o encanto que o faz esquecer completamente o caminho de volta para casa e por vezes a própria identidade, deve fazer três cruzes com gravetos e colocá-las no chão em forma de triângulo. Pode ainda fazer outras tantas rodinhas de cipó que colocará também no chão e que o Curupira dá-se ao trabalho de desfazer. Pode-se ainda fazer pequenas cruzes de Cauré (leguminosa de casca aromática, empregada em banhos medicinais) que irá atirar pelas costas.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, relatava: "Aqui, há certos demônios a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante".
Os índios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores. De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para agradá-lo, caso o encontre.
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ALGUMAS HISTÓRINHAS
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