Taínos: os herdeiros da invasão - WATTS2019

Quisqueya: mãe de todas as terras

(Uma nota sobre o povo e o lugar onde habitavam) 

Eles vieram de longe, de terras que ficam ao sul, de lugares que margeiam o Orinoco, rio que serpenteia a grande floresta. Foram passando por tantos territórios, de ilha em ilha, através do mar azul de águas cristalinas, até chegarem ali, um lugar lhes dado pelos deuses.

Chamaram a ilha Quisqueya, que em sua língua significa "Mãe de todas as terras"; ou Bohio, "Lugar das cabanas feitas de madeira, coberta por ramos ou sapé". Finalmente um lugar para chamar de seu.

Se autodenominavam Taínos, eram uma nação pacífica, povo dedicado à agricultura, cultivavam a mandioca, o milho, a batata-doce, o inhame, dentre outros. Também praticavam a pesca e a caça.

Se organizavam em Yucayeque, organização política e territorial constituída por um chefe denominado cacique.  A ilha Quisqueya era dividida em cinco grandes Yucayeques:  Marién, Maguá, Higuei, Maguana e Jaraguá.     

A sociedade Taína era dividida em casta, sendo que Cacique era o nome dado ao chefe que governava uma determinada unidade territorial. Dentro da estrutura social Taino, o chefe ocupava o topo da pirâmide social.

A segunda classe social eram os Bohíque. Estes eram pessoas que comandavam as artes religiosas, podendo ser feiticeiro, bruxos e médicos. O Bohíque era necessário dentro da comunidade e ocupava uma posição privilegiada na estrutura social, localizada imediatamente após os chefes e Nitainos.

Dentro da organização da sociedade Taina, os Nitainos eram os que desfrutavam de uma posição hierárquica elevada, subordinada somente ao Cacique, seriam os nobres do clã. Os guerreiros pertenciam a essa classe. 

Na última classe social se encontrava os Nabória, a classe de trabalhadores. Não eram necessariamente escravos, mas serviam os Caciques.