Capítulo 6

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Confuso.

***

"Tryna fit your hand inside of mine. When we know it just don't belong.

There's no force on Earth, could make me feel right."

- James Bay

- James Bay

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Drew


Minha cabeça doía, meu corpo todo doía, parecia que eu havia sido atropelado por um caminhão. Meus sentidos estavam voltando aos poucos, a dor foi a primeira coisa que senti. Claro.

Em seguida tentei abrir meus olhos, mas o esquerdo estava inchado e doía pra caralho. Olhei ao redor, apurando agora a minha audição. Aquilo não parecia um hospital, mas também não era o céu ou o inferno, vai saber. Na verdade, parecia muito com o meu quarto. O meu bom e velho quarto. Tentei me sentar, tudo doía. Porra, se o cara não fosse tão maior que eu!

- Merda. – reclamei, sentindo a porcaria da dor. Pode me chamar de frouxo, fracote ou sei lá. Mas não me chame de medroso, afinal, eu enfrentei aquela jamanta. Só não calculei na hora da raiva, que ele dando dois de mim, me derrotaria fácil.

- Deita aí de novo, seu bunda mole. – ouvi a voz de Jack e virei o rosto, o encontrando parado perto da porta do meu quarto com um cobertor em mãos.

- Vai se foder. – reclamei, tinha um corte na minha boca também e o meu nariz parecia estar quebrado, mas aparentemente não tinha perdido nenhum dente, por milagre.

- Pra xingar você tá bom, né pilantra. – ele riu se aproximando da minha cama, depositando o cobertor aos meus pés. Ficou sério de repente ao parar ao meu lado. – Cê tá legal, cara? Porra, por que foi se meter com aquele cara? Tu não tens tamanho pra isso, mini Rocky Balboa. – ele tentava ser sério, mas até nessas horas me zoava sem perceber. Idiota.

- Tive meus motivos. – resmunguei, gemendo de dor novamente e ignorando suas piadinhas idiotas.

- Sei bem que motivo foi: uma loirinha irritada que tá lá na cozinha preparando uma sopa pra você. – ele disse e eu o encarei surpreso, Jack logo me presentou com um sorriso maroto. – Gostou de saber que ela tá aqui não é?

- Ela me trouxe pra cá? – perguntei, ignorando a sua insinuação.

- Não, ela ligou pro Liam, a propósito, ele tá louco pra te dar um sermão de pai e eu já fiz a pipoca pra assistir. – ele disse e eu taquei um travesseiro na cara feia dele. – Fique calmo aí, Romeo. Enfim, o Liam foi te buscar e a Lola veio junto dizendo que era médica e que você precisava de cuidados. Eles te levaram para o hospital, fizeram uns exames, tiraram algumas radiografias. Você tinha desmaiado após levar um soco e bateu a cabeça. Graças a Deus vaso ruim não quebra e seus ossos da costela tão intactos e a cabeça só ganhou um galo. De resto, você teve apenas alguns cortes e hematomas. Ah! Não podemos nos esquecer do nariz, esse não teve jeito. Mas era feio mesmo, então dá pra tu ajeitar agora. – ele riu e se preparou pra apanhar no ar o segundo objeto que lancei nele - nem vi o que era - continuando o relatório dos meus danos corporais em seguida. - Você acordou na hora reclamando de dor e te deram remédio pra dormir e analgésicos. Depois a Lola conseguiu que te dessem alta pela manhã, quando ela afirmou que cuidaria de ti em casa, já que os ferimentos não eram tão sérios pra te manter internado no hospital por mais tempo. A porrada foi tão forte que tu não lembra? – ele perguntou, e alguns flashes surgiram na minha cabeça no momento.

Quando conheci você.Onde histórias criam vida. Descubra agora